Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas |
Texto Completo: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178 |
Resumo: | Esta pesquisa, de origem qualitativa, teve como objetivos identificar a concepção que os alunos de Ensino Fundamental I e II têm a respeito da construção de regras, além de analisar semelhanças e diferenças entre as concepções dos sujeitos de escola pública e particular. A escola, visando a uma melhor organização e convivência social em seu cotidiano, cria inúmeras normas, na maior parte das vezes com o objetivo de favorecer o bem-estar coletivo e atingir suas metas educacionais. O que se averigua, entretanto, é que, de modo recorrente, os estudantes não as cumprem. Acredita-se com isso que a concepção dos alunos sobre a construção dessas regras é a de que elas são construídas em bases hierárquicas, ou seja, provém da autoridade, o que faz com que eles desco-nheçam os princípios morais que as embasam e o objetivo de cumpri-las. Agindo dessa maneira, a escola perde a oportunidade de auxiliar o aluno a desenvolver um pensa-mento autônomo. Constitui-se, assim, uma obediência superficial e heterônoma que, quando se efetiva, ora se dá pelo medo de punições, ora pela expectativa de recompen-sas. A amostra compõe-se de uma turma de 2º, uma de 5º, e uma de 8º anos de uma escola particular e de duas escolas públicas, selecionadas por conveniência em uma cidade do interior paulista. Foram entrevistados quatro alunos de cada classe, escolhi-dos aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, baseadas no método clínico, que foram gravadas para serem posterior-mente transcritas. A análise dos dados foi baseada na perspectiva construtivista piage-tiana. Os resultados da pesquisa apontaram que as regras, na maioria das vezes, são impostas pela autoridade e não fundamentadas em princípios morais, o que conse-quentemente gera a recusa dos alunos em cumpri-las, com isso desencadeia o aumento de novas regras como meio de controle de condutas. |
id |
UNESP-35_8f5b98e0344ada105ff9a824d5dc9aff |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/3178 |
network_acronym_str |
UNESP-35 |
network_name_str |
Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas |
repository_id_str |
|
spelling |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e IIRegras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral.Esta pesquisa, de origem qualitativa, teve como objetivos identificar a concepção que os alunos de Ensino Fundamental I e II têm a respeito da construção de regras, além de analisar semelhanças e diferenças entre as concepções dos sujeitos de escola pública e particular. A escola, visando a uma melhor organização e convivência social em seu cotidiano, cria inúmeras normas, na maior parte das vezes com o objetivo de favorecer o bem-estar coletivo e atingir suas metas educacionais. O que se averigua, entretanto, é que, de modo recorrente, os estudantes não as cumprem. Acredita-se com isso que a concepção dos alunos sobre a construção dessas regras é a de que elas são construídas em bases hierárquicas, ou seja, provém da autoridade, o que faz com que eles desco-nheçam os princípios morais que as embasam e o objetivo de cumpri-las. Agindo dessa maneira, a escola perde a oportunidade de auxiliar o aluno a desenvolver um pensa-mento autônomo. Constitui-se, assim, uma obediência superficial e heterônoma que, quando se efetiva, ora se dá pelo medo de punições, ora pela expectativa de recompen-sas. A amostra compõe-se de uma turma de 2º, uma de 5º, e uma de 8º anos de uma escola particular e de duas escolas públicas, selecionadas por conveniência em uma cidade do interior paulista. Foram entrevistados quatro alunos de cada classe, escolhi-dos aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, baseadas no método clínico, que foram gravadas para serem posterior-mente transcritas. A análise dos dados foi baseada na perspectiva construtivista piage-tiana. Os resultados da pesquisa apontaram que as regras, na maioria das vezes, são impostas pela autoridade e não fundamentadas em princípios morais, o que conse-quentemente gera a recusa dos alunos em cumpri-las, com isso desencadeia o aumento de novas regras como meio de controle de condutas.Faculdade de Filosofia e Ciências2022-02-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/317810.36311/1984-1655.2013.v5n1.p96-127Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; v. 5 n. 1 (2013); 96-127Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 No. 1 (2013); 96-127Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 Núm. 1 (2013); 96-1271984-165510.5555/repeg.v5i1reponame:Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticasinstname:Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178/2489Copyright (c) 2013 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticashttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BRinfo:eu-repo/semantics/openAccessGrigolon, Ana KuasneDuarte, CarolineOraggio, Júlia VerginassiMARSON, RenataDedeschi, Sandra Cristina de Carvalho2022-02-03T18:39:27Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/3178Revistahttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/schemePUBhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/oaischeme.marilia@unesp.br1984-16551984-1655opendoar:2022-02-03T18:39:27Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
title |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
spellingShingle |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II Grigolon, Ana Kuasne Regras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral. |
title_short |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
title_full |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
title_fullStr |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
title_full_unstemmed |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
title_sort |
Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II |
author |
Grigolon, Ana Kuasne |
author_facet |
Grigolon, Ana Kuasne Duarte, Caroline Oraggio, Júlia Verginassi MARSON, Renata Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho |
author_role |
author |
author2 |
Duarte, Caroline Oraggio, Júlia Verginassi MARSON, Renata Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Grigolon, Ana Kuasne Duarte, Caroline Oraggio, Júlia Verginassi MARSON, Renata Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Regras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral. |
topic |
Regras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral. |
description |
Esta pesquisa, de origem qualitativa, teve como objetivos identificar a concepção que os alunos de Ensino Fundamental I e II têm a respeito da construção de regras, além de analisar semelhanças e diferenças entre as concepções dos sujeitos de escola pública e particular. A escola, visando a uma melhor organização e convivência social em seu cotidiano, cria inúmeras normas, na maior parte das vezes com o objetivo de favorecer o bem-estar coletivo e atingir suas metas educacionais. O que se averigua, entretanto, é que, de modo recorrente, os estudantes não as cumprem. Acredita-se com isso que a concepção dos alunos sobre a construção dessas regras é a de que elas são construídas em bases hierárquicas, ou seja, provém da autoridade, o que faz com que eles desco-nheçam os princípios morais que as embasam e o objetivo de cumpri-las. Agindo dessa maneira, a escola perde a oportunidade de auxiliar o aluno a desenvolver um pensa-mento autônomo. Constitui-se, assim, uma obediência superficial e heterônoma que, quando se efetiva, ora se dá pelo medo de punições, ora pela expectativa de recompen-sas. A amostra compõe-se de uma turma de 2º, uma de 5º, e uma de 8º anos de uma escola particular e de duas escolas públicas, selecionadas por conveniência em uma cidade do interior paulista. Foram entrevistados quatro alunos de cada classe, escolhi-dos aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, baseadas no método clínico, que foram gravadas para serem posterior-mente transcritas. A análise dos dados foi baseada na perspectiva construtivista piage-tiana. Os resultados da pesquisa apontaram que as regras, na maioria das vezes, são impostas pela autoridade e não fundamentadas em princípios morais, o que conse-quentemente gera a recusa dos alunos em cumpri-las, com isso desencadeia o aumento de novas regras como meio de controle de condutas. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-02-03 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178 10.36311/1984-1655.2013.v5n1.p96-127 |
url |
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178 |
identifier_str_mv |
10.36311/1984-1655.2013.v5n1.p96-127 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178/2489 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2013 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BR info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2013 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BR |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências |
dc.source.none.fl_str_mv |
Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; v. 5 n. 1 (2013); 96-127 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 No. 1 (2013); 96-127 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 Núm. 1 (2013); 96-127 1984-1655 10.5555/repeg.v5i1 reponame:Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas instname:Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas |
collection |
Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas |
repository.name.fl_str_mv |
Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
scheme.marilia@unesp.br |
_version_ |
1797049037819478016 |