Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Grigolon, Ana Kuasne
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Duarte, Caroline, Oraggio, Júlia Verginassi, MARSON, Renata, Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178
Resumo: Esta pesquisa, de origem qualitativa, teve como objetivos identificar a concepção que os alunos de Ensino Fundamental I e II têm a respeito da construção de regras, além de analisar semelhanças e diferenças entre as concepções dos sujeitos de escola pública e particular. A escola, visando a uma melhor organização e convivência social em seu cotidiano, cria inúmeras normas, na maior parte das vezes com o objetivo de favorecer o bem-estar coletivo e atingir suas metas educacionais. O que se averigua, entretanto, é que, de modo recorrente, os estudantes não as cumprem. Acredita-se com isso que a concepção dos alunos sobre a construção dessas regras é a de que elas são construídas em bases hierárquicas, ou seja, provém da autoridade, o que faz com que eles desco-nheçam os princípios morais que as embasam e o objetivo de cumpri-las. Agindo dessa maneira, a escola perde a oportunidade de auxiliar o aluno a desenvolver um pensa-mento autônomo. Constitui-se, assim, uma obediência superficial e heterônoma que, quando se efetiva, ora se dá pelo medo de punições, ora pela expectativa de recompen-sas. A amostra compõe-se de uma turma de 2º, uma de 5º, e uma de 8º anos de uma escola particular e de duas escolas públicas, selecionadas por conveniência em uma cidade do interior paulista. Foram entrevistados quatro alunos de cada classe, escolhi-dos aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, baseadas no método clínico, que foram gravadas para serem posterior-mente transcritas. A análise dos dados foi baseada na perspectiva construtivista piage-tiana. Os resultados da pesquisa apontaram que as regras, na maioria das vezes, são impostas pela autoridade e não fundamentadas em princípios morais, o que conse-quentemente gera a recusa dos alunos em cumpri-las, com isso desencadeia o aumento de novas regras como meio de controle de condutas.
id UNESP-35_8f5b98e0344ada105ff9a824d5dc9aff
oai_identifier_str oai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/3178
network_acronym_str UNESP-35
network_name_str Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
repository_id_str
spelling Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e IIRegras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral.Esta pesquisa, de origem qualitativa, teve como objetivos identificar a concepção que os alunos de Ensino Fundamental I e II têm a respeito da construção de regras, além de analisar semelhanças e diferenças entre as concepções dos sujeitos de escola pública e particular. A escola, visando a uma melhor organização e convivência social em seu cotidiano, cria inúmeras normas, na maior parte das vezes com o objetivo de favorecer o bem-estar coletivo e atingir suas metas educacionais. O que se averigua, entretanto, é que, de modo recorrente, os estudantes não as cumprem. Acredita-se com isso que a concepção dos alunos sobre a construção dessas regras é a de que elas são construídas em bases hierárquicas, ou seja, provém da autoridade, o que faz com que eles desco-nheçam os princípios morais que as embasam e o objetivo de cumpri-las. Agindo dessa maneira, a escola perde a oportunidade de auxiliar o aluno a desenvolver um pensa-mento autônomo. Constitui-se, assim, uma obediência superficial e heterônoma que, quando se efetiva, ora se dá pelo medo de punições, ora pela expectativa de recompen-sas. A amostra compõe-se de uma turma de 2º, uma de 5º, e uma de 8º anos de uma escola particular e de duas escolas públicas, selecionadas por conveniência em uma cidade do interior paulista. Foram entrevistados quatro alunos de cada classe, escolhi-dos aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, baseadas no método clínico, que foram gravadas para serem posterior-mente transcritas. A análise dos dados foi baseada na perspectiva construtivista piage-tiana. Os resultados da pesquisa apontaram que as regras, na maioria das vezes, são impostas pela autoridade e não fundamentadas em princípios morais, o que conse-quentemente gera a recusa dos alunos em cumpri-las, com isso desencadeia o aumento de novas regras como meio de controle de condutas.Faculdade de Filosofia e Ciências2022-02-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/317810.36311/1984-1655.2013.v5n1.p96-127Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; v. 5 n. 1 (2013); 96-127Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 No. 1 (2013); 96-127Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 Núm. 1 (2013); 96-1271984-165510.5555/repeg.v5i1reponame:Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticasinstname:Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178/2489Copyright (c) 2013 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticashttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BRinfo:eu-repo/semantics/openAccessGrigolon, Ana KuasneDuarte, CarolineOraggio, Júlia VerginassiMARSON, RenataDedeschi, Sandra Cristina de Carvalho2022-02-03T18:39:27Zoai:ojs.www2.marilia.unesp.br:article/3178Revistahttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/schemePUBhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/oaischeme.marilia@unesp.br1984-16551984-1655opendoar:2022-02-03T18:39:27Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
title Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
spellingShingle Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
Grigolon, Ana Kuasne
Regras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral.
title_short Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
title_full Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
title_fullStr Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
title_full_unstemmed Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
title_sort Regras Escolares:: O que Pensam os Alunos de Ensino Fundamental I e II
author Grigolon, Ana Kuasne
author_facet Grigolon, Ana Kuasne
Duarte, Caroline
Oraggio, Júlia Verginassi
MARSON, Renata
Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho
author_role author
author2 Duarte, Caroline
Oraggio, Júlia Verginassi
MARSON, Renata
Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Grigolon, Ana Kuasne
Duarte, Caroline
Oraggio, Júlia Verginassi
MARSON, Renata
Dedeschi, Sandra Cristina de Carvalho
dc.subject.por.fl_str_mv Regras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral.
topic Regras Escolares, Ambiente Democrático, Ensino Fundamental, Desenvolvimento Moral.
description Esta pesquisa, de origem qualitativa, teve como objetivos identificar a concepção que os alunos de Ensino Fundamental I e II têm a respeito da construção de regras, além de analisar semelhanças e diferenças entre as concepções dos sujeitos de escola pública e particular. A escola, visando a uma melhor organização e convivência social em seu cotidiano, cria inúmeras normas, na maior parte das vezes com o objetivo de favorecer o bem-estar coletivo e atingir suas metas educacionais. O que se averigua, entretanto, é que, de modo recorrente, os estudantes não as cumprem. Acredita-se com isso que a concepção dos alunos sobre a construção dessas regras é a de que elas são construídas em bases hierárquicas, ou seja, provém da autoridade, o que faz com que eles desco-nheçam os princípios morais que as embasam e o objetivo de cumpri-las. Agindo dessa maneira, a escola perde a oportunidade de auxiliar o aluno a desenvolver um pensa-mento autônomo. Constitui-se, assim, uma obediência superficial e heterônoma que, quando se efetiva, ora se dá pelo medo de punições, ora pela expectativa de recompen-sas. A amostra compõe-se de uma turma de 2º, uma de 5º, e uma de 8º anos de uma escola particular e de duas escolas públicas, selecionadas por conveniência em uma cidade do interior paulista. Foram entrevistados quatro alunos de cada classe, escolhi-dos aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, baseadas no método clínico, que foram gravadas para serem posterior-mente transcritas. A análise dos dados foi baseada na perspectiva construtivista piage-tiana. Os resultados da pesquisa apontaram que as regras, na maioria das vezes, são impostas pela autoridade e não fundamentadas em princípios morais, o que conse-quentemente gera a recusa dos alunos em cumpri-las, com isso desencadeia o aumento de novas regras como meio de controle de condutas.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-02-03
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178
10.36311/1984-1655.2013.v5n1.p96-127
url https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178
identifier_str_mv 10.36311/1984-1655.2013.v5n1.p96-127
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/scheme/article/view/3178/2489
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2013 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BR
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2013 Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/deed.pt_BR
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências
dc.source.none.fl_str_mv Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; v. 5 n. 1 (2013); 96-127
Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 No. 1 (2013); 96-127
Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas; Vol. 5 Núm. 1 (2013); 96-127
1984-1655
10.5555/repeg.v5i1
reponame:Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
instname:Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
collection Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
repository.name.fl_str_mv Schème : Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv scheme.marilia@unesp.br
_version_ 1797049037819478016