A VALORIZAÇÃO DOS SABERES: UMA POSSIBILIDADE DE VOLTA DO TRABALHO AO TRABALHADOR?
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Org & Demo (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/5526 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é analisar a inserção da noção de competências em políticas de gestão de pessoas nas organizações. Tendo como base uma perspectiva de Zariian (2001, 2003) que airma que as competências é uma forma de valorização dos trabalhadores e que pode trazer de volta o trabalho ao trabalhador, tenta-se identiicar e problematizar esta questão tomando como base o trabalho como elemento fundante da práxis social, na concepção de Luckács (2010), e os aspectos contraditórios do sistema capitalista de produção, delineados por Boltanski e Chiapello (2009). O estudo aplicado foi realizado em uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, por meio de uma pesquisa qualitativa, usando como método para coleta de dados, os documentos da empresa e entrevistas semi-estruturadas. Nesse sentido, observou-se, não deinitivamente, que o processo de inserção das competências na gestão de pessoas, na empresa estudada, que, de certa forma, valoriza o trabalhador, pode produzir um maior engajamento individual, e que mesmo superando a fragmentação do trabalho, afasta ainda o trabalhador de uma percepção de autor coletivo e de ser pertencente a uma classe social. Em outras palavras, percebe-se que há uma mudança na percepção do trabalhador quanto ao conhecimento do processo do trabalho, entretanto, isso não se dá de forma coletiva, pois o modelo de gestão em questão propõe ações individuais que fortalece o modelo taylorista/fordista de produção. Pode-se airmar que enseja um trabalho menos alienado no processo, na execução das atividades, entretanto, mais abstrato quando o trabalho é analisado no âmbito coletivo, pois a divisão exacerbada do trabalho prevalece na indústria. |
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