TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CAÇÃO, Maria Izaura
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Org & Demo (Online)
Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/387
Resumo: O artigo analisa a organização do trabalho docente do magistério estadual paulista, período 1933-1990, averiguando possibilidade de considerá-la processo acabado de proletarização, adotando, como categoria de análise, a subsunção formal do trabalho docente ao capital. Pesquisadores diversos consideram os docentes submetidos a processo proletarizador imperfeitamente configurado, para outros a proletarização adquire formas específicas entre diferentes trabalhos profissionais, impedindo total assimilação desses atores pelo operariado. Considerar o professorado categoria profissional tendendo à assimilação pela classe operária é polêmico: a proletarização no ensino diferencia-se da desenvolvida na produção. Ao trabalho docente aplicar-seia limitadamente o modo de produção capitalista, dificultando completo processo de objetivação, controle e parcelarização. Análise da organização do trabalho docente nas escolas paulistas possibilita afirmar nelas coexistirem: elementos tributários ao modo de produção capitalista (assalariamento; parcelarização do trabalho; aumento de produtividade via classes superlotadas; rotatividade de mão-de-obra) e elementos de modos de produção pré-capitalistas (propriedade dos meios; autonomia pedagógica; controle do processo; não separação entre concepção/execução; não-reunião, nãofixação e não-delimitação do local de trabalho). As contradições apontadas, o fato de o trabalho docente conservar certa individualidade, polêmicas teóricas quanto à inserção trabalhista e de classe do professor e, no limite, este ser trabalhador horista, tornariam temerário concluir-se pela total inserção da categoria no proletariado, até a data pesquisada.
id UNESP-36_9620427f81078021afc28266c2430180
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.marilia.unesp.br:article/387
network_acronym_str UNESP-36
network_name_str Org & Demo (Online)
repository_id_str
spelling TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃOOrganização do trabalho docentesubsunção formal do trabalhoao capitalproletarizaçãoclasse social.O artigo analisa a organização do trabalho docente do magistério estadual paulista, período 1933-1990, averiguando possibilidade de considerá-la processo acabado de proletarização, adotando, como categoria de análise, a subsunção formal do trabalho docente ao capital. Pesquisadores diversos consideram os docentes submetidos a processo proletarizador imperfeitamente configurado, para outros a proletarização adquire formas específicas entre diferentes trabalhos profissionais, impedindo total assimilação desses atores pelo operariado. Considerar o professorado categoria profissional tendendo à assimilação pela classe operária é polêmico: a proletarização no ensino diferencia-se da desenvolvida na produção. Ao trabalho docente aplicar-seia limitadamente o modo de produção capitalista, dificultando completo processo de objetivação, controle e parcelarização. Análise da organização do trabalho docente nas escolas paulistas possibilita afirmar nelas coexistirem: elementos tributários ao modo de produção capitalista (assalariamento; parcelarização do trabalho; aumento de produtividade via classes superlotadas; rotatividade de mão-de-obra) e elementos de modos de produção pré-capitalistas (propriedade dos meios; autonomia pedagógica; controle do processo; não separação entre concepção/execução; não-reunião, nãofixação e não-delimitação do local de trabalho). As contradições apontadas, o fato de o trabalho docente conservar certa individualidade, polêmicas teóricas quanto à inserção trabalhista e de classe do professor e, no limite, este ser trabalhador horista, tornariam temerário concluir-se pela total inserção da categoria no proletariado, até a data pesquisada.Faculdade de Filosofia e Ciências2022-02-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/38710.36311/1519-0110.2007.v8n1/2.387ORG & DEMO; v. 8 n. 1/2 (2007); 151-170ORG & DEMO; Vol. 8 No. 1/2 (2007); 151-170ORG & DEMO; Vol. 8 Núm. 1/2 (2007); 151-1702238-57031519-0110reponame:Org & Demo (Online)instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/387/287Copyright (c) 2022 ORG & DEMOhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCAÇÃO, Maria Izaura2022-02-04T12:12:42Zoai:ojs.revistas.marilia.unesp.br:article/387Revistahttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemoPUBhttps://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/oaiorgdemo.marilia@unesp.br2238-57031519-0110opendoar:2022-02-04T12:12:42Org & Demo (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
title TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
spellingShingle TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
CAÇÃO, Maria Izaura
Organização do trabalho docente
subsunção formal do trabalho
ao capital
proletarização
classe social.
title_short TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
title_full TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
title_fullStr TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
title_full_unstemmed TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
title_sort TRABALHO DOCENTE NO ENSINO PÚBLICO PAULISTA E A SAGA DA PROLETARIZAÇÃO
author CAÇÃO, Maria Izaura
author_facet CAÇÃO, Maria Izaura
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv CAÇÃO, Maria Izaura
dc.subject.por.fl_str_mv Organização do trabalho docente
subsunção formal do trabalho
ao capital
proletarização
classe social.
topic Organização do trabalho docente
subsunção formal do trabalho
ao capital
proletarização
classe social.
description O artigo analisa a organização do trabalho docente do magistério estadual paulista, período 1933-1990, averiguando possibilidade de considerá-la processo acabado de proletarização, adotando, como categoria de análise, a subsunção formal do trabalho docente ao capital. Pesquisadores diversos consideram os docentes submetidos a processo proletarizador imperfeitamente configurado, para outros a proletarização adquire formas específicas entre diferentes trabalhos profissionais, impedindo total assimilação desses atores pelo operariado. Considerar o professorado categoria profissional tendendo à assimilação pela classe operária é polêmico: a proletarização no ensino diferencia-se da desenvolvida na produção. Ao trabalho docente aplicar-seia limitadamente o modo de produção capitalista, dificultando completo processo de objetivação, controle e parcelarização. Análise da organização do trabalho docente nas escolas paulistas possibilita afirmar nelas coexistirem: elementos tributários ao modo de produção capitalista (assalariamento; parcelarização do trabalho; aumento de produtividade via classes superlotadas; rotatividade de mão-de-obra) e elementos de modos de produção pré-capitalistas (propriedade dos meios; autonomia pedagógica; controle do processo; não separação entre concepção/execução; não-reunião, nãofixação e não-delimitação do local de trabalho). As contradições apontadas, o fato de o trabalho docente conservar certa individualidade, polêmicas teóricas quanto à inserção trabalhista e de classe do professor e, no limite, este ser trabalhador horista, tornariam temerário concluir-se pela total inserção da categoria no proletariado, até a data pesquisada.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-02-04
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/387
10.36311/1519-0110.2007.v8n1/2.387
url https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/387
identifier_str_mv 10.36311/1519-0110.2007.v8n1/2.387
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/orgdemo/article/view/387/287
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 ORG & DEMO
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 ORG & DEMO
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências
dc.source.none.fl_str_mv ORG & DEMO; v. 8 n. 1/2 (2007); 151-170
ORG & DEMO; Vol. 8 No. 1/2 (2007); 151-170
ORG & DEMO; Vol. 8 Núm. 1/2 (2007); 151-170
2238-5703
1519-0110
reponame:Org & Demo (Online)
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Org & Demo (Online)
collection Org & Demo (Online)
repository.name.fl_str_mv Org & Demo (Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv orgdemo.marilia@unesp.br
_version_ 1797049362386255872