Mudança de estrutura moraica do latim ao português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Alfa (São José do Rio Preto. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4741 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo investigar a evolução da estrutura moraica do latim ao português. A língua latina apresenta distinção quantitativa vocálica e consonantal: (i) sílabas leves, portadoras de uma mora (e.le.men.tum); (ii) sílabas pesadas, portadoras de duas moras (bul.ga); (iii) sílabas superpesadas, portadoras de três moras segundo a nossa proposta (paul.lum). Diacronicamente, há a perda da distintividade quantitativa dentre as vogais e, na passagem às línguas neorromânicas, a estrutura moraica tem seus efeitos. Diante desse cenário e a partir dos pressupostos da Teoria Moraica de Hayes (1989), investigamos os efeitos dessa mudança através de processos fonológicos envolvidos, tais como ditongação e monotongação. A Teoria Moraica busca caracterizar de que modo as línguas atribuem estrutura moraica e que princípios atuam nessas línguas. Hayes (1989) define mora como uma unidade de peso do tier prosódico que caracteriza o contraste entre sílabas longas e breves, além de contar como uma posição fonológica (segmento longo é representado como duplamente ligado). Propomos que as escolhas feitas pela língua portuguesa, tais como ditongação e monotongação, para lidar com a estrutura moraica latina já estão disponíveis em latim vulgar e que princípios como Stray Erasure e Parasitic Delinking, relacionados com Licenciamento Prosódico atuam na referida mudança. |
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Este estudo tem como objetivo investigar a evolução da estrutura moraica do latim ao português. A língua latina apresenta distinção quantitativa vocálica e consonantal: (i) sílabas leves, portadoras de uma mora (e.le.men.tum); (ii) sílabas pesadas, portadoras de duas moras (bul.ga); (iii) sílabas superpesadas, portadoras de três moras segundo a nossa proposta (paul.lum). Diacronicamente, há a perda da distintividade quantitativa dentre as vogais e, na passagem às línguas neorromânicas, a estrutura moraica tem seus efeitos. Diante desse cenário e a partir dos pressupostos da Teoria Moraica de Hayes (1989), investigamos os efeitos dessa mudança através de processos fonológicos envolvidos, tais como ditongação e monotongação. A Teoria Moraica busca caracterizar de que modo as línguas atribuem estrutura moraica e que princípios atuam nessas línguas. Hayes (1989) define mora como uma unidade de peso do tier prosódico que caracteriza o contraste entre sílabas longas e breves, além de contar como uma posição fonológica (segmento longo é representado como duplamente ligado). Propomos que as escolhas feitas pela língua portuguesa, tais como ditongação e monotongação, para lidar com a estrutura moraica latina já estão disponíveis em latim vulgar e que princípios como Stray Erasure e Parasitic Delinking, relacionados com Licenciamento Prosódico atuam na referida mudança. |
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