Argumentação e persuasão: tensão entre crer e saber em "Famigerado", de Guimarães Rosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Beividas, Waldir
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Lopes, Ivã Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Alfa (São José do Rio Preto. Online)
Texto Completo: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/2125
Resumo: Diferentemente de outras teorias mais próximas da retórica, a semiótica da Escola de Paris nunca foi muito pródiga ao tratar dos problemas de persuasão e argumentação. A partir de uma constatação simples como essa, procuramos, neste artigo, pôr à prova certos dispositivos semióticos que têm suas consequências nesse domínio, a começar pela problemática modal do crer e do saber. Seus valores são examinados num tipo de situação específi ca, a saber, quando as personagens confrontadas se acham em circunstância de ameaça imediata a sua integridade física. Nesse sentido, discutimos três tópicos principais: (i) a interação dos valores modais do saber e do crer, componentes de um mesmo universo cognitivo; (ii) as modulações tensivas do medo e das paixões correlatas; (iii) as formas de raciocínio inferencial mobilizadas pelas personagens do relato, e notadamente as ilações abdutivas postas em cena. O texto escolhido para a verifi cação do alcance e dos limites de tais dispositivos semióticos é o conhecido conto de Guimarães Rosa, “Famigerado” (Primeiras estórias, obra originalmente publicada em 1962).
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