Letramento, heterogeneidade e alteridade: análise de narrativas orais produzidas por uma mulher não-alfabetizada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tfouni, Leda Verdiani
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Pereira, Anderson de Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Alfa (São José do Rio Preto. Online)
Texto Completo: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1369
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar narrativas orais produzidas por uma mulher não-alfabetizada do ponto de vista da instalação da heterogeneidade discursiva. A heterogeneidade é vista e detectada em uma dimensão constitutiva e em uma dimensão mostrada. A discussão baseia-se ainda no conceito de letramento, e, partindo do pressuposto de que existe uma interpenetração do discurso da oralidade e do discurso da escrita, procura detectar como, nas narrativas analisadas, esta alteridade constituída por quem sabe ler e escrever, é indiciada no discurso do não-alfabetizado. As narrativas apresentadas - “As três estrelas de ouro na testa” e “A Branca Flor de Antuninho”- foram produzidas por Madalena de Paula Marques: uma mulher não-alfabetizada e moradora da periferia de Ribeirão Preto-SP-Brasil. A análise procura mostrar que, ao jogar com os dois tipos de heterogeneidade citados, a narradora assegura um fluxo narrativo coerente concorde à função de autoria, conforme propõe a teoria de letramento que embasa o trabalho. Apontamos ainda aqui na direção de afirmar que estas narrativas, mesmo sendo orais, apresentam marcas de escrita constituída pela heterogeneidade.
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