Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tesser,Charles Dalcanale
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Interface (Botucatu. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832006000200006
Resumo: A medicalização social destrói ou diminui a autonomia em saúde-doença das populações e gera demanda infindável aos serviços de saúde, consistindo em relevante desafio para o SUS. Este artigo discute limites dos saberes/práticas biomédicos quanto à sua contribuição para a promoção da autonomia dos usuários e propõe algumas diretrizes para o manejo desses limites. Conclui que as tecnologias de intervenção, os saberes biomédicos e suas operações cognitivas pouco contribuem para a autonomia dos doentes. Frente a tais limites, sugere uma ressignificação dos saberes biomédicos, centrada na função "curandeira" das equipes de saúde, vista como missão de reconstruir a autonomia, prevenir e curar os adoecimentos vividos, além dos diagnosticados. Defende uma reorganização de valores e metas da clínica biomédica na atenção básica, como a relativização dos diagnósticos, a desontologização das doenças e dos riscos, o fim da obsessão por controle, o combate ao autoritarismo biomédico e a priorização da terapêutica.
id UNESP-8_756fc248a9b782bbb159e9c341cebc6b
oai_identifier_str oai:scielo:S1414-32832006000200006
network_acronym_str UNESP-8
network_name_str Interface (Botucatu. Online)
repository_id_str
spelling Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básicamedicalização socialepistemologiaprograma saúde da famíliaatenção primária à saúdeclínica médicahabilidade clínicaA medicalização social destrói ou diminui a autonomia em saúde-doença das populações e gera demanda infindável aos serviços de saúde, consistindo em relevante desafio para o SUS. Este artigo discute limites dos saberes/práticas biomédicos quanto à sua contribuição para a promoção da autonomia dos usuários e propõe algumas diretrizes para o manejo desses limites. Conclui que as tecnologias de intervenção, os saberes biomédicos e suas operações cognitivas pouco contribuem para a autonomia dos doentes. Frente a tais limites, sugere uma ressignificação dos saberes biomédicos, centrada na função "curandeira" das equipes de saúde, vista como missão de reconstruir a autonomia, prevenir e curar os adoecimentos vividos, além dos diagnosticados. Defende uma reorganização de valores e metas da clínica biomédica na atenção básica, como a relativização dos diagnósticos, a desontologização das doenças e dos riscos, o fim da obsessão por controle, o combate ao autoritarismo biomédico e a priorização da terapêutica.UNESP2006-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832006000200006Interface - Comunicação, Saúde, Educação v.10 n.20 2006reponame:Interface (Botucatu. Online)instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP10.1590/S1414-32832006000200006info:eu-repo/semantics/openAccessTesser,Charles Dalcanalepor2012-08-31T00:00:00Zoai:scielo:S1414-32832006000200006Revistahttps://interface.org.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista.interface@gmail.com||intface@fmb.unesp.br1807-57621414-3283opendoar:2012-08-31T00:00Interface (Botucatu. Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
title Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
spellingShingle Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
Tesser,Charles Dalcanale
medicalização social
epistemologia
programa saúde da família
atenção primária à saúde
clínica médica
habilidade clínica
title_short Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
title_full Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
title_fullStr Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
title_full_unstemmed Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
title_sort Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na atenção básica
author Tesser,Charles Dalcanale
author_facet Tesser,Charles Dalcanale
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Tesser,Charles Dalcanale
dc.subject.por.fl_str_mv medicalização social
epistemologia
programa saúde da família
atenção primária à saúde
clínica médica
habilidade clínica
topic medicalização social
epistemologia
programa saúde da família
atenção primária à saúde
clínica médica
habilidade clínica
description A medicalização social destrói ou diminui a autonomia em saúde-doença das populações e gera demanda infindável aos serviços de saúde, consistindo em relevante desafio para o SUS. Este artigo discute limites dos saberes/práticas biomédicos quanto à sua contribuição para a promoção da autonomia dos usuários e propõe algumas diretrizes para o manejo desses limites. Conclui que as tecnologias de intervenção, os saberes biomédicos e suas operações cognitivas pouco contribuem para a autonomia dos doentes. Frente a tais limites, sugere uma ressignificação dos saberes biomédicos, centrada na função "curandeira" das equipes de saúde, vista como missão de reconstruir a autonomia, prevenir e curar os adoecimentos vividos, além dos diagnosticados. Defende uma reorganização de valores e metas da clínica biomédica na atenção básica, como a relativização dos diagnósticos, a desontologização das doenças e dos riscos, o fim da obsessão por controle, o combate ao autoritarismo biomédico e a priorização da terapêutica.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832006000200006
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832006000200006
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1414-32832006000200006
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv UNESP
publisher.none.fl_str_mv UNESP
dc.source.none.fl_str_mv Interface - Comunicação, Saúde, Educação v.10 n.20 2006
reponame:Interface (Botucatu. Online)
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Interface (Botucatu. Online)
collection Interface (Botucatu. Online)
repository.name.fl_str_mv Interface (Botucatu. Online) - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv ||revista.interface@gmail.com||intface@fmb.unesp.br
_version_ 1748958517394407424