A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mac Cord, Marcelo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista UNIABEU (2010)
Texto Completo: https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/62
Resumo: Ao final da Guerra do Paraguai, o governo imperial procurou fomentar uma política de “instrução popular”. No bojo deste debate, as elites letradas e proprietárias pernambucanas planejaram a criação do Liceu de Artes e Ofícios do Recife. Apesar do esquecimento historiográfico, outras personagens, oriundas das classes subalternas, também participaram ativamente da criação da escola profissionalizante. Em especial, um grupo de mestres de ofício, descendentes de africanos ou não, conseguiu impor suas demandas e protagonizar aquele processo de implementação. Associados em uma mutualista fundada em 1841 por artífices pretos e pardos ligados às edificações, eles tinham orgulho de suas profissões, acumulavam grande experiência na instrução artística de trabalhadores e compartilhavam forte senso identitário, pois eram herdeiros da cultura corporativa. Apesar de conviverem com todos os estigmas reputados aos artistas mecânicos, eles lutaram cotidianamente por seu reconhecimento social.
id UNIABEU-1_1ae5511320ee4988b97da3aa9d629eee
oai_identifier_str oai:ojs2.abeu.local:article/62
network_acronym_str UNIABEU-1
network_name_str Revista UNIABEU (2010)
repository_id_str
spelling A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do RecifeHistóriaHomens livres pobres. Elites. Modernização. Indústria. Educação. Etnicidade.Ao final da Guerra do Paraguai, o governo imperial procurou fomentar uma política de “instrução popular”. No bojo deste debate, as elites letradas e proprietárias pernambucanas planejaram a criação do Liceu de Artes e Ofícios do Recife. Apesar do esquecimento historiográfico, outras personagens, oriundas das classes subalternas, também participaram ativamente da criação da escola profissionalizante. Em especial, um grupo de mestres de ofício, descendentes de africanos ou não, conseguiu impor suas demandas e protagonizar aquele processo de implementação. Associados em uma mutualista fundada em 1841 por artífices pretos e pardos ligados às edificações, eles tinham orgulho de suas profissões, acumulavam grande experiência na instrução artística de trabalhadores e compartilhavam forte senso identitário, pois eram herdeiros da cultura corporativa. Apesar de conviverem com todos os estigmas reputados aos artistas mecânicos, eles lutaram cotidianamente por seu reconhecimento social.Revista UniabeuMac Cord, Marcelo2010-10-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/62Revista Uniabeu; v. 3, n. 5 (2010): Revista UNIABEU-ISSN 2179-5037; 153-1772179-5037reponame:Revista UNIABEU (2010)instname:Uniabeu Centro Universitário (UNIABEU)instacron:UNIABEUporhttps://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/62/88info:eu-repo/semantics/openAccess2010-11-18T00:41:19Zoai:ojs2.abeu.local:article/62Revistahttps://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RUPUBhttps://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/oaiweb@uniabeu.edu.br||shirley.carreira@uniabeu.edu.br||shirleysgcarr@gmail.com || alan.jeferson@uniabeu.edu.br2179-50372179-5037opendoar:2010-11-18T00:41:19Revista UNIABEU (2010) - Uniabeu Centro Universitário (UNIABEU)false
dc.title.none.fl_str_mv A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
title A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
spellingShingle A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
Mac Cord, Marcelo
História
Homens livres pobres. Elites. Modernização. Indústria. Educação. Etnicidade.
title_short A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
title_full A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
title_fullStr A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
title_full_unstemmed A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
title_sort A década de 1870 e as políticas de “instrução popular”: a complexa arquitetura do Liceu de Artes e Ofícios do Recife
author Mac Cord, Marcelo
author_facet Mac Cord, Marcelo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Mac Cord, Marcelo
dc.subject.por.fl_str_mv História
Homens livres pobres. Elites. Modernização. Indústria. Educação. Etnicidade.
topic História
Homens livres pobres. Elites. Modernização. Indústria. Educação. Etnicidade.
description Ao final da Guerra do Paraguai, o governo imperial procurou fomentar uma política de “instrução popular”. No bojo deste debate, as elites letradas e proprietárias pernambucanas planejaram a criação do Liceu de Artes e Ofícios do Recife. Apesar do esquecimento historiográfico, outras personagens, oriundas das classes subalternas, também participaram ativamente da criação da escola profissionalizante. Em especial, um grupo de mestres de ofício, descendentes de africanos ou não, conseguiu impor suas demandas e protagonizar aquele processo de implementação. Associados em uma mutualista fundada em 1841 por artífices pretos e pardos ligados às edificações, eles tinham orgulho de suas profissões, acumulavam grande experiência na instrução artística de trabalhadores e compartilhavam forte senso identitário, pois eram herdeiros da cultura corporativa. Apesar de conviverem com todos os estigmas reputados aos artistas mecânicos, eles lutaram cotidianamente por seu reconhecimento social.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-10-24
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/62
url https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/62
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/62/88
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Revista Uniabeu
publisher.none.fl_str_mv Revista Uniabeu
dc.source.none.fl_str_mv Revista Uniabeu; v. 3, n. 5 (2010): Revista UNIABEU-ISSN 2179-5037; 153-177
2179-5037
reponame:Revista UNIABEU (2010)
instname:Uniabeu Centro Universitário (UNIABEU)
instacron:UNIABEU
instname_str Uniabeu Centro Universitário (UNIABEU)
instacron_str UNIABEU
institution UNIABEU
reponame_str Revista UNIABEU (2010)
collection Revista UNIABEU (2010)
repository.name.fl_str_mv Revista UNIABEU (2010) - Uniabeu Centro Universitário (UNIABEU)
repository.mail.fl_str_mv web@uniabeu.edu.br||shirley.carreira@uniabeu.edu.br||shirleysgcarr@gmail.com || alan.jeferson@uniabeu.edu.br
_version_ 1788170820784226304