Ich spreche anders, aber das ist auch deutsch: línguas em conflito em uma escola rural localizada em zona de imigração no sul do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalhos em Lingüística Aplicada (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132008000200005 |
Resumo: | O bilingüismo/multilingüismo como fenômeno social ainda é pouco reconhecido no cenário brasileiro, apesar de o tema ter conquistado espaço na academia. Em termos gerais, considera-se o Brasil um país monolíngüe, onde se fala apenas o português brasileiro. Há, no entanto, vários contextos de línguas minoritárias (grupos indígenas, grupos de imigrantes, zonas de fronteira, comunidades de surdos) em que o uso de várias línguas é a regra. Nesses contextos sociolingüisticamente complexos há relações assimétricas e de conflito entre a língua hegemônica e as línguas minoritárias, em geral estigmatizadas. O presente estudo, parte dos resultados de uma pesquisa etnográfica, focaliza o conflito lingüístico presente em uma escola rural localizada numa comunidade bilíngüe/multilíngüe em zona de imigração alemã no sul do país, onde, ainda hoje, as crianças aprendem em casa a língua de herança, empregada em âmbito familiar e social. Com suporte teórico predominantemente vindo do bilingüismo visto de uma perspectiva social e dos Estudos Culturais, o objetivo principal deste artigo é problematizar a situação de contato/conflito lingüístico existente na região alvo da pesquisa e sua interface com questões de identidades construídas nos discursos hegemônicos. Além disso, discute-se como esses conflitos emergem nas relações interacionais entre os professores e entre alunos e professores, dentro da instituição escolar. Os registros sugerem que o bilingüismo da comunidade penetra na escola e que os conflitos lingüísticos e identitários ganham ainda mais força nas interações sociais entre os sujeitos que ali convivem. |
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