A semântica de frames como paradigma para os estudos multilíngues: o caso dos frames SELF_MOTION e CRIMINAL_PROCESS em inglês e português
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Estudos Linguísticos |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636593 |
Resumo: | Este artigo tem por finalidade discutir a forma como a descrição do significado lexical proposto pela Semântica de Frames pode beneficiar os estudos multilíngues, principalmente no que se refere ao estabelecimento de equivalentes em diferentes línguas. Para tal, apresentamos duas análises contrastivas: uma explorando as unidades lexicais do frame Self_motion e outra destacando o frame Criminal_process. No que se refere aos verbos de movimento, constatamos que a polissemia do verbo to walk na língua-fonte pode ser constatada por meio da diversidade de equivalentes na língua portuguesa: caminhar, andar e passear. Pudemos também fazer uma aproximação entre a proposta de Talmy (1985) e o arcabouço da FrameNet, ao constatar que, no Português, os verbos que incorporam maneira de movimento na raiz do verbo são em número bem inferior ao que se constata no Inglês. No caso das unidades lexicais relacionadas ao domínio jurídico, as diferenças entre as realidades culturais geram diferentes graus de equivalência. As unidades lexicais to charge, em Inglês, e acusar, em Português, podem ser considerados equivalentes. No entanto, o conhecimento jurídico expresso por ambas as unidades lexicais é diferente. O evento jurídico representado pela unidade to charge no sistema jurídico americano não corresponde plenamente ao evento jurídico representado pela unidade acusar. Já no caso da unidade lexical arraignment, o evento jurídico expresso pela unidade lexical é tão típico do sistema jurídico norte-americano que não possui equivalente em Português. A Semântica de Frames ajuda a contrastar as diferentes realidades culturais que são evocadas pelas unidades lexicais em diferentes línguas. |
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A semântica de frames como paradigma para os estudos multilíngues: o caso dos frames SELF_MOTION e CRIMINAL_PROCESS em inglês e portuguêsSemântica de Frames. Estudos multilíngues. Análise contrastiva.Este artigo tem por finalidade discutir a forma como a descrição do significado lexical proposto pela Semântica de Frames pode beneficiar os estudos multilíngues, principalmente no que se refere ao estabelecimento de equivalentes em diferentes línguas. Para tal, apresentamos duas análises contrastivas: uma explorando as unidades lexicais do frame Self_motion e outra destacando o frame Criminal_process. No que se refere aos verbos de movimento, constatamos que a polissemia do verbo to walk na língua-fonte pode ser constatada por meio da diversidade de equivalentes na língua portuguesa: caminhar, andar e passear. Pudemos também fazer uma aproximação entre a proposta de Talmy (1985) e o arcabouço da FrameNet, ao constatar que, no Português, os verbos que incorporam maneira de movimento na raiz do verbo são em número bem inferior ao que se constata no Inglês. No caso das unidades lexicais relacionadas ao domínio jurídico, as diferenças entre as realidades culturais geram diferentes graus de equivalência. As unidades lexicais to charge, em Inglês, e acusar, em Português, podem ser considerados equivalentes. No entanto, o conhecimento jurídico expresso por ambas as unidades lexicais é diferente. O evento jurídico representado pela unidade to charge no sistema jurídico americano não corresponde plenamente ao evento jurídico representado pela unidade acusar. Já no caso da unidade lexical arraignment, o evento jurídico expresso pela unidade lexical é tão típico do sistema jurídico norte-americano que não possui equivalente em Português. A Semântica de Frames ajuda a contrastar as diferentes realidades culturais que são evocadas pelas unidades lexicais em diferentes línguas.Universidade Estadual de Campinas2013-06-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa teóricaapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/863659310.20396/cel.v55i1.8636593Cadernos de Estudos Linguísticos; v. 55 n. 1 (2013): a noção de frame; 35-50Cadernos de Estudos Linguísticos; Vol. 55 No. 1 (2013): a noção de frame; 35-50Cadernos de Estudos Linguísticos; Vol. 55 Núm. 1 (2013): a noção de frame; 35-502447-0686reponame:Cadernos de Estudos Linguísticosinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636593/4312Copyright (c) 2015 Cadernos de Estudos Lingüísticosinfo:eu-repo/semantics/openAccessChishman, RoveBertoldi, Anderson2018-08-02T09:09:50Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8636593Revistahttp://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/PUBhttp://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/oaispublic@iel.unicamp.br||revistacel@iel.unicamp.br2447-06860102-5767opendoar:2022-11-08T14:23:09.740263Cadernos de Estudos Linguísticos - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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