“Não sendo os africanos libertos nascidos no Brasil...”: a legislação antiafricana na Bahia do século XIX (1824-1835)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa Filho, Fábio Ramos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Estudos Linguísticos
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8649748
Resumo: Busca-se neste trabalho, a partir da leitura de um conjunto heterogêneo de documentos, compreender a relação entre o poder político baiano e os africanos escravos e libertos na Bahia do século XIX. O recorte temporal que nos interessa é, sobretudo, o período entre 1824 (ano de outorga da primeira Constituição brasileira) e 1835, quando a “revolta dos Malês” se institui como argumento categórico à composição de um corpo legal ostensivo e intolerante com a presença africana na Província da Bahia e, de modo geral, no resto do Brasil. Nessa conjuntura, os sentidos de “africano” funcionam fora do puro campo da evidência toponímica, dando visibilidade a uma rede de discursividades que se atravessam e determinam os sentidos de “nação”, “Império”, “cidadão” e “brasileiro”. Assim, os sentidos de “africano” entram no campo do litígio, desorganizando/reorganizando o discurso jurídico dos oitocentos e dando, ao mesmo tempo, visibilidade às contradições e limites políticos da formação social baiana diante de uma alteridade inegociável e insuportável face ao projeto nacional e modernizador no Brasil.
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