A diacronia das clivadas e pseudo-clivadas: implicações da gramática V2 nas estruturas de foco
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Estudos Linguísticos |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8649152 |
Resumo: | Esta pesquisa busca investigar diacronicamente as sentenças utilizadas para focalizar constituintes sintáticos, as clivadas e pseudo-clivadas. Tais sentenças caracterizam-se pelas sequências Cópula+Foco+que+IP (clivadas canônicas) e SentençaWh+Cópula+Foco (pseudo-clivadas canônicas). O período considerado para a busca dessas sentenças é o que se estende do século XVI ao XIX, indo do Português Médio ao Português Moderno. Seguindo a argumentação de diversos autores, assumo que, até o início do século XVIII, o português tem um funcionamento de língua V2, ou seja, licencia o movimento do verbo para uma posição alta na periferia esquerda da sentença. De acordo com Kato e Ribeiro (2005/2006) e Kato (2009), o único padrão de clivadas que inexistia no período em que o português era uma gramática V2 seria o canônico, por restrição desse sistema gramatical. O que é feito neste estudo é, portanto, observar a ocorrência das estruturas clivadas ao longo do tempo, através de textos que compõem o Corpus Histórico do Português Tycho Brahe, e apresentar evidências de que a ausência das clivadas de cópula inicial não ocorre por restrição para seu licenciamento, mas por opção do falante, uma vez que a sua língua disponibiliza de outro recurso gramatical de focalização. |
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A diacronia das clivadas e pseudo-clivadas: implicações da gramática V2 nas estruturas de focoConstruções clivadas. Gramática V2. Mudança sintática.Sintaxe diacrônicaEsta pesquisa busca investigar diacronicamente as sentenças utilizadas para focalizar constituintes sintáticos, as clivadas e pseudo-clivadas. Tais sentenças caracterizam-se pelas sequências Cópula+Foco+que+IP (clivadas canônicas) e SentençaWh+Cópula+Foco (pseudo-clivadas canônicas). O período considerado para a busca dessas sentenças é o que se estende do século XVI ao XIX, indo do Português Médio ao Português Moderno. Seguindo a argumentação de diversos autores, assumo que, até o início do século XVIII, o português tem um funcionamento de língua V2, ou seja, licencia o movimento do verbo para uma posição alta na periferia esquerda da sentença. De acordo com Kato e Ribeiro (2005/2006) e Kato (2009), o único padrão de clivadas que inexistia no período em que o português era uma gramática V2 seria o canônico, por restrição desse sistema gramatical. O que é feito neste estudo é, portanto, observar a ocorrência das estruturas clivadas ao longo do tempo, através de textos que compõem o Corpus Histórico do Português Tycho Brahe, e apresentar evidências de que a ausência das clivadas de cópula inicial não ocorre por restrição para seu licenciamento, mas por opção do falante, uma vez que a sua língua disponibiliza de outro recurso gramatical de focalização.Universidade Estadual de Campinas2017-09-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa Histórica; Revisão de Literatura; Pesquisa Empíricaapplication/pdfapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/864915210.20396/cel.v59i2.8649152Cadernos de Estudos Linguísticos; v. 59 n. 2 (2017); 267-287Cadernos de Estudos Linguísticos; Vol. 59 No. 2 (2017); 267-287Cadernos de Estudos Linguísticos; Vol. 59 Núm. 2 (2017); 267-2872447-0686reponame:Cadernos de Estudos Linguísticosinstname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8649152/16605https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8649152/20048Copyright (c) 2017 Cadernos de Estudos Linguísticosinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilveira, Damaris Matias2018-01-25T10:18:28Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8649152Revistahttp://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/PUBhttp://revistas.iel.unicamp.br/index.php/cel/oaispublic@iel.unicamp.br||revistacel@iel.unicamp.br2447-06860102-5767opendoar:2022-11-08T14:23:54.642759Cadernos de Estudos Linguísticos - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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