A CARACTERIZAÇÃO DA LÓGICA PELA FORÇA ASSERTÓRICA EM FREGE. RESPOSTA A MARCO RUFFINO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Greimann, Dirk
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Manuscrito (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8641997
Resumo: Segundo a caracterização padrão da lógica nos escritos fregeanos, a palavra “verdadeiro” indica a essência da lógica, assim como a palavra “bom” indica a essência da ética e a palavra “belo” a essência da estética. Num escrito póstumo de 1915, porém, Frege afirma que é a força assertórica, e não a palavra “verdadeiro”, que indica a essência da lógica. Prima facie, esta correção está em conflito com a crítica fregeana à concepção psicologista da lógica. Pois, segundo esta crítica, a lógica não é a ciência das leis “do ser tomado como verdadeiro”, mas a ciência das leis “do ser verdadeiro”, ao passo que a força assertórica expressa o ser tomado como verdadeiro. Em escritos anteriores, tentei resolver este conflito por uma reconstrução da concepção fregeana da verdade baseada na tese fregeana de que verdade é expressa na linguagem natural pela “forma da sentença assertórica”. A meta do presente trabalho é defender esta interpretação contra as objeções recentemente feitas por Marco Ruffino. Abstract:According to the standard characterization of logic in Frege’s writings, the word “true” indicates the essence of logic, as the word “good” indicates the essence of ethics and the word “beautiful” the essence of aesthetics. In a posthumous writing from 1915, however, Frege says that it is the assertoric force, and not the word “true”, which indicates the essence of logic properly. Prima facie, this correction is in conflict with Frege’s criticism of the psychologist conception of logic. For according to this  criticism, logic is not the science of the laws of “being taken as true”, but the science of the laws of “being true”, while the assertoric force expresses being taken as true. In previous writings, I tried to resolve this conflict by a reconstruction of Frege’s conception of truth that is based on his thesis that truth is expressed in natural language by the “form of the assertoric sentence”. The goal of this paper is to defend this interpretation against the objections recently made by Marco Ruffino.Keywords: Frege. Essence of logic. Truth. Assertoric force.
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