As idéias abstratas, a particularidade das percepções e a natureza do projeto filosófico em Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Klaudat, André Nilo
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Manuscrito (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8665376
Resumo: O tema das “idéias abstratas” ou “gerais” é importante para Hume aos seus próprios olhos. Ele reconhece, por um lado, o fenômeno do uso de nossas ideias “para além de suas naturezas”. Mas por outro lado, sua filosofia esta comprometida com a visão de que tudo na natureza é individual, inclusive o que esta nas nossas mentes. Hume ataca, portanto, a concepção das ideias como itens gerais na mente e sustenta que a chamadas “ideias abstratas” são em si mesma “individuais”. Ele oferece, no entanto, uma explicação de como elas se tornam gerais na maneira em que representam. Resumidamente, elas são “anexadas a um termo”, uma palavra, que lhes dá uma “significação extensa”. Eu mostrarei neste artigo que a explicação de Hume da “significação extensa” de certas ideias não e convincente e que ela não trata de muitas questões crucias na filosofia de Hume. Estas questões são cruciais porque até mesmo a aparente efetividade da explicação associacionista se baseia implicitamente em respostas a elas. Como consequência, eu proponho que a visão de um Hume como cientista do funcionamento da mente passiva seja abandonado, dado que por trás das suas ideias existem outras considerações, que são muito mais promissoras.
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