Problemas y límites del fundacionismo clásico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1991 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Manuscrito (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8666793 |
Resumo: | Este trabalho analisa alguns dos problemas centrais da justificação fundacionista do conhecimento, tais quais foram colocadas nas origens do fundacionismo clássico. Começa por uma esquematização da teoria aristotélica da demonstração científica, que toma por modelo do fundacionismo clássico, apontando seus três elementos mais importantes: a aceitação da condição de verdade absoluta do conhecimento, a postulação de princípios próprios como verdades necessárias e indemonstráveis em cada ciência, e o reconhecimento da dedução como único laço entre os enunciados de um sistema científico. Depois, examina quatro problemas essenciais que a teoria aristotélica legou à tradição: a) a descoberta dos princípios indemonstráveis; b) sua justificação; c) a falibilidade do conhecimento; d) o caráter completo do conhecimento. Estabelece-se um contraste entre as respostas a cada problema dadas por Aristóteles e pela tradição posterior, que postula uma intuição intelectual dos princípios. Passa-se então a analisar a possibilidade, assinalada por Aristóteles, mas não explorada pela tradição posterior, de elaborar um modelo de ciência que inclua apenas verdades universais e necessárias, mas que incorpore um certo tipo de enunciado contingentes que expressem regularidade. Tal modelo seria mais capaz de resolver alguns dos quatro problemas mencionados. Finalmente, avaliam-se os resultados do fundacionismo clássico diante da situação epistemológica presente. Conclui-se que as soluções clássicas aos quatro problemas básicos não são satisfatórias. A razão principal para isso está nos conceitos tradicionais de verdade absoluta e de conhecimento infalível, aos que qualquer forma aceitável de fundacionismo teria que renunciar. |
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Problemas y límites del fundacionismo clásicoFilosofia da ciênciaTeoria de AristótelesFundacionismoCiência e ceticismoEpistemologia aristotélicaEste trabalho analisa alguns dos problemas centrais da justificação fundacionista do conhecimento, tais quais foram colocadas nas origens do fundacionismo clássico. Começa por uma esquematização da teoria aristotélica da demonstração científica, que toma por modelo do fundacionismo clássico, apontando seus três elementos mais importantes: a aceitação da condição de verdade absoluta do conhecimento, a postulação de princípios próprios como verdades necessárias e indemonstráveis em cada ciência, e o reconhecimento da dedução como único laço entre os enunciados de um sistema científico. Depois, examina quatro problemas essenciais que a teoria aristotélica legou à tradição: a) a descoberta dos princípios indemonstráveis; b) sua justificação; c) a falibilidade do conhecimento; d) o caráter completo do conhecimento. Estabelece-se um contraste entre as respostas a cada problema dadas por Aristóteles e pela tradição posterior, que postula uma intuição intelectual dos princípios. Passa-se então a analisar a possibilidade, assinalada por Aristóteles, mas não explorada pela tradição posterior, de elaborar um modelo de ciência que inclua apenas verdades universais e necessárias, mas que incorpore um certo tipo de enunciado contingentes que expressem regularidade. Tal modelo seria mais capaz de resolver alguns dos quatro problemas mencionados. Finalmente, avaliam-se os resultados do fundacionismo clássico diante da situação epistemológica presente. Conclui-se que as soluções clássicas aos quatro problemas básicos não são satisfatórias. A razão principal para isso está nos conceitos tradicionais de verdade absoluta e de conhecimento infalível, aos que qualquer forma aceitável de fundacionismo teria que renunciar.Universidade Estadual de Campinas1991-10-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8666793Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia; v. 14 n. 2 (1991): out.; 73-92Manuscrito: International Journal of Philosophy; Vol. 14 No. 2 (1991): Oct.; 73-92Manuscrito: Revista Internacional de Filosofía; Vol. 14 Núm. 2 (1991): out.; 73-922317-630Xreponame:Manuscrito (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8666793/28312Argentina; ContemporâneoCopyright (c) 1991 Manuscrito: Revista Internacional de Filosofiahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessCassini, Alejandro 2022-05-16T14:58:14Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8666793Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscritoPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/oaimwrigley@cle.unicamp.br|| dascal@spinoza.tau.ac.il||publicacoes@cle.unicamp.br2317-630X0100-6045opendoar:2022-05-16T14:58:14Manuscrito (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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