INTUIÇÕES SENSÍVEIS EM KANT: NEM CONCEITUALISMO NEM NÃO-CONCEITUALISMO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Manuscrito (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8642044 |
Resumo: | Nesse trabalho, pretendo poder mostrar que é um grave equívoco interpretarmos o papel das representações sensíveis na obra teórica de Kant como conteúdos não-conceituais (na acepção contemporânea técnica do termo “conteúdo” que, tais como dêiticos mentais, representariam o que aparece no espaço e no tempo de forma de re. A interpretação alternativa que me parece adequada é a seguinte: sem possuírem um conteúdo representacional próprio, a representação sensível deve ser entendida fundamentalmente como uma relação cognitiva entre o sujeito e as entidades objetivas no espaço e no tempo com as quais ele está contato epistêmico. Nos termos dessa relação, a referência imediata da intuição sensível ao seu respectivo objeto é entendida como uma forma de conhecimento por contato com tais entidades. Denomino a minha própria interpretação de relacionismo. Abstract: In this paper I intend to show that it’s a serious mistake to construe the role of sensible representation in Kant’s work as a nonconceptual content (on the contemporary and technical sense of “content”) which, like a mental indexical, would refer to what appears in space and time in the so-called de re form. The interpretation I advance and further support is this: without possessing a representational content, sensible representation must be understood as the basic epistemic relation between the subject and the physical entities in space and time she is acquainted with. Immediate reference of sensible intuition to their respective objects is to be understood as a form of knowledge by acquaintance . I call my own interpretation relacionalism.Keywords: Intuition. Concept. Representational content. Nonconceptual contents. |
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INTUIÇÕES SENSÍVEIS EM KANT: NEM CONCEITUALISMO NEM NÃO-CONCEITUALISMOIntuição. Conceito. Conteúdo representacional. Conteúdos Não-conceituais Nesse trabalho, pretendo poder mostrar que é um grave equívoco interpretarmos o papel das representações sensíveis na obra teórica de Kant como conteúdos não-conceituais (na acepção contemporânea técnica do termo “conteúdo” que, tais como dêiticos mentais, representariam o que aparece no espaço e no tempo de forma de re. A interpretação alternativa que me parece adequada é a seguinte: sem possuírem um conteúdo representacional próprio, a representação sensível deve ser entendida fundamentalmente como uma relação cognitiva entre o sujeito e as entidades objetivas no espaço e no tempo com as quais ele está contato epistêmico. Nos termos dessa relação, a referência imediata da intuição sensível ao seu respectivo objeto é entendida como uma forma de conhecimento por contato com tais entidades. Denomino a minha própria interpretação de relacionismo. Abstract: In this paper I intend to show that it’s a serious mistake to construe the role of sensible representation in Kant’s work as a nonconceptual content (on the contemporary and technical sense of “content”) which, like a mental indexical, would refer to what appears in space and time in the so-called de re form. The interpretation I advance and further support is this: without possessing a representational content, sensible representation must be understood as the basic epistemic relation between the subject and the physical entities in space and time she is acquainted with. Immediate reference of sensible intuition to their respective objects is to be understood as a form of knowledge by acquaintance . I call my own interpretation relacionalism.Keywords: Intuition. Concept. Representational content. Nonconceptual contents. Universidade Estadual de Campinas2015-12-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8642044Manuscrito: Revista Internacional de Filosofia; v. 33 n. 2 (2010): Jul./Dec.; 467-495Manuscrito: International Journal of Philosophy; Vol. 33 No. 2 (2010): Jul./Dec.; 467-495Manuscrito: Revista Internacional de Filosofía; Vol. 33 Núm. 2 (2010): Jul./Dec.; 467-4952317-630Xreponame:Manuscrito (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/article/view/8642044/9535Copyright (c) 2015 Manuscritoinfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Roberto Horácio de Sá2015-12-11T15:05:33Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8642044Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscritoPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/manuscrito/oaimwrigley@cle.unicamp.br|| dascal@spinoza.tau.ac.il||publicacoes@cle.unicamp.br2317-630X0100-6045opendoar:2015-12-11T15:05:33Manuscrito (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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