Construções identitárias de estudantes de farmácia no trote universitário: questões de gênero e sexualidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Siqueira, Vera Helena Ferraz
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Fonseca, Marina Cardoso Gondin, Sá, Márcia Bastos, Lima, Ana Cristina Moreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pro-Posições (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8642892
Resumo: Este artigo, embasado nos estudos culturais e em noções pós-estruturalistas sobre identidade, poder, sexualidade e gênero, apresenta estudo empírico baseado na ideia de que em espaços não formais da universidade ocorrem processos importantes de construção identitária. O contexto do estudo foi uma universidade pública, e os dados foram obtidos principalmente pela observação de atividades do trote universitário e por entrevistas com estudantes do curso de Farmácia. Evidenciamos como o ritual do trote universitário, por meio de várias atividades, constitui tecnologia contemporânea de poder. Identificamos situações no trote em que sexismo, significados homofóbicos e assédio moral prevalecem, sempre travestidos como brincadeiras. Significados sobre a sexualidade estão imbricados com questões de gênero e de consumo: os corpos são expostos e assujeitados em processos que excluem o que foge da norma e reforçam identidades hegemônicas. Esses discursos e práticas, construtores de conhecimentos e significados sociais, deveriam ser considerados pela universidadeAbstract: This article, based upon the idea that in non formal University spaces important processes of identity construction take place, presents an empirical study conducted in consonance with notions of the cultural studies, in relation to the issues of identity, power, sexuality and gender. The context of the study was a public university and the data was obtained mainly through the observation of hazing activities and interviews conducted with Pharmacy students. We have evidenced ways through which hazing constitutes a modern power technology. Situations were identified in which sexism, homophobe meanings and moral harassment prevail, always represented as jokes. Meanings on sexuality were found intertwined with gender and consumerism aspects: the bodies were exposed and subjected to processes which exclude what was seen as “not normal”, reinforcing the hegemonic identity. Such discourses and practices build knowledge and social meanings and should receive greater attention by the University. Key words: educational background; sexuality; gender; hazing; identities.
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