Cinema, Arte da Cidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pro-Posições (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8644107 |
Resumo: | o cinema é imagem e produto do viver urbano, ao falarmos em cidade falamos ao mesmo tempo em cinema. Os habitantes urbanos olham-se e se deixam olhar em imagens projetadas por sobre suas cabeças numa tela à sua frente. Não poderiam entendê-Ias, se as cidades, há muito, não se estivessem fazendo como cenário em movimento e seus habitantes como personagens de narrativas de autores distantes e anô- nimos: o capital e o estado, narradores auto-designados da ficção da Pólis. A separação gradativa entre o trabalhador e o produto e local de trabalho, a dominância da produ- ção em série, a compressão do espaço de moradia, o traçado das ruas seguindo o automóvel e o comércio, o aglomerar em seqüência de escritórios e lojas, o desvincular do tempo das estações do ano e a vinculação do tempo ao sentido do espaço das cidades para o cumprimento de tarefas urbanas comprimidas por diferentes horários, o pouco tempo para a lentidão do devaneio e da imaginação fazendo-se em meio ao tempo comprimido nos espaços andados, coordenados pelo movimento da cidade, são for- ças históricas, econômicas e sociais e bases materiais para a divisão e dispersão do homem urbano em si mesmo e entre os outros, que por isso sonha a integração e a inteireza, como angústia e utopia. |
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