Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cachel, Andrea
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Kant e-prints (Online)
Texto Completo: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503
Resumo: O artigo pretende indicar a conexão entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Crítica da Faculdade do Juízo. Trata-se de mostrar que o sentido ético assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressão da superioridade da razão em relação à sensibilidade, a partir da noção de desinteresse, a representação da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginação e entendimento, e a sugestão de um substrato suprassensível da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto à remissão ao substrato suprassensível da natureza, será objeto do texto apontar as relações entre juízo estético e juízo telelológico, do ponto de vista da relação de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a análise de belo natural e como uma investigação sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questão do encontro entre a multiplicidade da intuição e a legalidade do entendimento, também presente na análise do juízo teleológico, será um dos temas privilegiados na exposição. Da mesma forma, como o belo natural permite a analogia com a arte e em que medida isso implica ou não a pressuposição de uma intencionalidade externa à natureza, será objeto de discussão. Por fim, no cotejo entre juízo estético e teleológico, apontaremos como as noções de organismo organizado e de causa final, causa essa requisitada pelo juízo reflexivo para explicar essas espécies naturais enquanto distintas dos mecanismos, autoriza a suposição de uma finalidade nas formas belas, o que possui certas consequências para alguns aspectos importantes da filosofia moral kantiana, as quais nos caberá expor.
id UNICAMP-27_036b1f27953286a1ba1d5958ac7fe02f
oai_identifier_str oai:www.cle.unicamp.br/eprints/:article/503
network_acronym_str UNICAMP-27
network_name_str Kant e-prints (Online)
repository_id_str
spelling Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"belo naturalsistematicidadejuízo teleológicoO artigo pretende indicar a conexão entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Crítica da Faculdade do Juízo. Trata-se de mostrar que o sentido ético assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressão da superioridade da razão em relação à sensibilidade, a partir da noção de desinteresse, a representação da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginação e entendimento, e a sugestão de um substrato suprassensível da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto à remissão ao substrato suprassensível da natureza, será objeto do texto apontar as relações entre juízo estético e juízo telelológico, do ponto de vista da relação de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a análise de belo natural e como uma investigação sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questão do encontro entre a multiplicidade da intuição e a legalidade do entendimento, também presente na análise do juízo teleológico, será um dos temas privilegiados na exposição. Da mesma forma, como o belo natural permite a analogia com a arte e em que medida isso implica ou não a pressuposição de uma intencionalidade externa à natureza, será objeto de discussão. Por fim, no cotejo entre juízo estético e teleológico, apontaremos como as noções de organismo organizado e de causa final, causa essa requisitada pelo juízo reflexivo para explicar essas espécies naturais enquanto distintas dos mecanismos, autoriza a suposição de uma finalidade nas formas belas, o que possui certas consequências para alguns aspectos importantes da filosofia moral kantiana, as quais nos caberá expor.Centre for Logic, Epistemology, and the History of Science (CLE)2015-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503Kant e-prints; v. 10 n. 2 (2015); 38-53Kant e-Prints; Vol. 10 No. 2 (2015); 38-531677-163Xreponame:Kant e-prints (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:Unicampporhttps://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503/398Copyright (c) 2016 Kant e-Printsinfo:eu-repo/semantics/openAccessCachel, Andrea2021-10-19T14:53:50Zoai:www.cle.unicamp.br/eprints/:article/503Revistahttps://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/PUBhttps://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/oaiclekant@unicamp.br||danielomarperez@hotmail.com||daniel.omar.perez@pq.cnpq.br1677-163X1677-163Xopendoar:2021-10-19T14:53:50Kant e-prints (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
dc.title.none.fl_str_mv Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
title Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
spellingShingle Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
Cachel, Andrea
belo natural
sistematicidade
juízo teleológico
title_short Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
title_full Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
title_fullStr Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
title_full_unstemmed Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
title_sort Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
author Cachel, Andrea
author_facet Cachel, Andrea
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cachel, Andrea
dc.subject.por.fl_str_mv belo natural
sistematicidade
juízo teleológico
topic belo natural
sistematicidade
juízo teleológico
description O artigo pretende indicar a conexão entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Crítica da Faculdade do Juízo. Trata-se de mostrar que o sentido ético assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressão da superioridade da razão em relação à sensibilidade, a partir da noção de desinteresse, a representação da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginação e entendimento, e a sugestão de um substrato suprassensível da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto à remissão ao substrato suprassensível da natureza, será objeto do texto apontar as relações entre juízo estético e juízo telelológico, do ponto de vista da relação de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a análise de belo natural e como uma investigação sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questão do encontro entre a multiplicidade da intuição e a legalidade do entendimento, também presente na análise do juízo teleológico, será um dos temas privilegiados na exposição. Da mesma forma, como o belo natural permite a analogia com a arte e em que medida isso implica ou não a pressuposição de uma intencionalidade externa à natureza, será objeto de discussão. Por fim, no cotejo entre juízo estético e teleológico, apontaremos como as noções de organismo organizado e de causa final, causa essa requisitada pelo juízo reflexivo para explicar essas espécies naturais enquanto distintas dos mecanismos, autoriza a suposição de uma finalidade nas formas belas, o que possui certas consequências para alguns aspectos importantes da filosofia moral kantiana, as quais nos caberá expor.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503
url https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503/398
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Kant e-Prints
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Kant e-Prints
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Centre for Logic, Epistemology, and the History of Science (CLE)
publisher.none.fl_str_mv Centre for Logic, Epistemology, and the History of Science (CLE)
dc.source.none.fl_str_mv Kant e-prints; v. 10 n. 2 (2015); 38-53
Kant e-Prints; Vol. 10 No. 2 (2015); 38-53
1677-163X
reponame:Kant e-prints (Online)
instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:Unicamp
instname_str Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron_str Unicamp
institution Unicamp
reponame_str Kant e-prints (Online)
collection Kant e-prints (Online)
repository.name.fl_str_mv Kant e-prints (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
repository.mail.fl_str_mv clekant@unicamp.br||danielomarperez@hotmail.com||daniel.omar.perez@pq.cnpq.br
_version_ 1754842243330473984