Belo natural e moralidade na "Crítica da faculdade do juízo"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Kant e-prints (Online) |
Texto Completo: | https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/kant-e-prints/article/view/503 |
Resumo: | O artigo pretende indicar a conexão entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Crítica da Faculdade do Juízo. Trata-se de mostrar que o sentido ético assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressão da superioridade da razão em relação à sensibilidade, a partir da noção de desinteresse, a representação da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginação e entendimento, e a sugestão de um substrato suprassensível da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto à remissão ao substrato suprassensível da natureza, será objeto do texto apontar as relações entre juízo estético e juízo telelológico, do ponto de vista da relação de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a análise de belo natural e como uma investigação sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questão do encontro entre a multiplicidade da intuição e a legalidade do entendimento, também presente na análise do juízo teleológico, será um dos temas privilegiados na exposição. Da mesma forma, como o belo natural permite a analogia com a arte e em que medida isso implica ou não a pressuposição de uma intencionalidade externa à natureza, será objeto de discussão. Por fim, no cotejo entre juízo estético e teleológico, apontaremos como as noções de organismo organizado e de causa final, causa essa requisitada pelo juízo reflexivo para explicar essas espécies naturais enquanto distintas dos mecanismos, autoriza a suposição de uma finalidade nas formas belas, o que possui certas consequências para alguns aspectos importantes da filosofia moral kantiana, as quais nos caberá expor. |
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