O sepulcro de Julio II, de Michelangelo : o movimento reformador italiano e a definição iconográfica do monumento em San Pietro in Vincoli

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Waldemar, 1948-
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1616370
Resumo: Orientador: Luiz César Marques Filho
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spelling O sepulcro de Julio II, de Michelangelo : o movimento reformador italiano e a definição iconográfica do monumento em San Pietro in VincoliThe Tomb of Jules II, by Michelangelo : the Italian reformation movement and the iconographic definition of the monument in San Pietro in VincoliMichelangelo Buonarroti, 1475-1564Julius II, Papa, 1443-1513JustificaçãoEscultura italianaReligião - História - 1500-1560Saint Peter in ChainsReligion - History - 1500-1560Sculpture, ItalianJustificationOrientador: Luiz César Marques FilhoAcompanha volume das figurasTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: O sepulcro do Papa Júlio II foi finalizado por Michelangelo em 1545 em San Pietro in Vincoli, em Roma. O projeto final contou com 7 esculturas: 4 do artista e 3 de seus discípulos. Alguns estudiosos têm considerado que ele reuniu esculturas feitas em diversos momentos para se ver livre de uma encomenda que durou 40 anos. As recentes abordagens do significado das esculturas da Vida Ativa e da Vida Contemplativa apontam para a existência de um programa iconográfico definido. Antonio Forcellino afirma que Michelangelo se inspirou no conteúdo do livro Il Beneficio di Cristo para idealizar essas esculturas. Enrico Guidoni diz que o mestre se baseou nas iniciais de Vittoria Colonna e Faustina Mancini para concebê-las. Para Marina Gandini as duas alegorias femininas representam as formas de vida de Moisés, enquanto Maria Forcellino entende que Michelangelo teria tomado Maria Madalena e Santa Caterina como modelo ao criá-las. Quando elaborou essas esculturas, Michelangelo mantinha estreitos laços de amizade com alguns integrantes do movimento reformador italiano e comungava dos mesmos preceitos doutrinários das correntes religiosas dos valdesiani e dos "spirituali" do Circolo di Viterbo. Ao introduzir aquelas duas alegorias no monumento, o artista teria perenizado naqueles mármores a relação entre fé e obras - simbolização daquelas duas formas de vida no mundo cristão -, no tocante à justificação, tal qual essa questão era vista por aqueles reformadores, ou seja, de que apenas a fé detinha o mérito de justificar o pecador diante de Deus, sendo essa fé operadora das boas obras. Ao concebê-las o mestre não teria se baseado em qualquer escrito específico e sim em suas próprias reflexões e conversas mantidas com os interlocutores daquelas correntes sobre a questão da justificaçãoAbstract: The sepulcher of the pope Jules II was finished by Michelangelo in 1545 at the Church of Saint Peter in Chains, in Rome. The final project counted on 7 sculptures: 4 of them by Michelangelo?s own hands and 3 sculptures made by his assistents. Some Scholars have considered that him assembled sculptures made in different moments of his life to be free of an order that lasted 40 years. The recent approaches on the meaning of the sculptures of Activ Life and Contemplative Life point to the existence of an iconographic programme previously defined by the master. Antonio Forcellino says Michelangelo was inspired by the content of the little book Il Beneficio di Cristo to idealize these sculptures. Enrico Guidoni tells that the master had based on the first letters of the Vittoria Colonna and Faustina Mancini?s names to creat them. To Marina Gandini these sculptures are the two forms of the lives of Moses and for Maria Forcellino Michelangelo took Mary Magdalene and Saint Catherine as models to make them. When he worked on these sculptures Michelangelo had narrow ties of friendship with some persons of the italian reformed movement and communicated some doctrinaire ideals of the religious corrents of the valdesiani and the "spirituali" of the Circle of Viterbo. By introducing that two alegories in that sepulchral monument the artist has immortalized on that marbles the relationship between faith and good works - symbolizations of that two forms of life in the Cristian world -, concerning the justification question, like this question was seen by those reformers, that is to say, that only the faith had the merit to justify the sinner before God, being the good works operated by the faith. In creating them the master did not base in any specific written, but in both his own reflections and the talks he had with the interlocuters of those religious groups on the justification questionDoutoradoHistória da ArteDoutor em História[s.n.]Marques Filho, Luiz Cesar, 1952-Migliaccio, LucianoBerbara, Maria Cristina LouroFirpo, MassimoMattos, Claudia ValladaoUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASGomes, Waldemar, 1948-2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf2v.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1616370GOMES, Waldemar. O sepulcro de Julio II, de Michelangelo: o movimento reformador italiano e a definição iconográfica do monumento em San Pietro in Vincoli. 2011. 2v. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1616370. 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