Pressão arterial e manipulação tubular renal de sódio em um modelo de septicemia em ratos
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1591179 |
Resumo: | Orientador: José Antonio Rocha Gontijo |
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Pressão arterial e manipulação tubular renal de sódio em um modelo de septicemia em ratosSepticemiaChoque sépticoÓxido nítricoInsuficiencia renal agudaOrientador: José Antonio Rocha GontijoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A insuficiência renal aguda é uma complicação freqüente em pacientes sépticos associada com uma alta taxa de mortalidade. Uma característica importante é um decréscimo na taxa de filtração glomerular, presentes em situações onde o fluxo sangüíneo precisa ser mantido. Prevalecendo a hipótese na qual a patogênese da insuficiência renal sugere uma liberação não controlada e inapropriada de vários mediadores inflamatórios. Na septicemia dominante, com ou sem choque séptico o tratamento proposto pode ser extremamente dificultado pelo déficit clínico. Esta bem claro que os antibióticos são freqüentemente inadequados em hospedeiros imunocomprometidos embora sejam mantidos como terapia inicial. Adicionalmente, o controle nutricional, da pressão arterial, e uma adequada administração de fluídos e de eletrólitos são críticos na manutenção de pacientes com septicemia. Um dos modelos de septicemia freqüentemente utilizado é o da ligadura e perfuração cecal em ratos. Este modelo é semelhante a sepse humana em vários aspectos importantes, tal como uma fase precoce da septicemia hiperdinâmica e hipermetabólica, seguido de uma fase tardia da septicemia hipodinâmica. O abscesso intra-abdominal causador desta condição e a desvitalização de tecidos, sendo também fontes comuns de septicemia em pacientes. Estudos recentes também sugerem o envolvimento do óxido nítrico (NO), gerado pela óxido nítrico sintase induzível (iNOS), na patogênese da insuficiência renal endotoxina-induzida. Vários estudos demonstram que administração a curto prazo de Nw-Nitro-L-Arginine Methyl Ester (L-NAME), um inibidor da óxido nítrico sintase (NOS), resulta em um aumenta imediato da pressão arterial em ratos, coelhos e cães. O aumento imediato da pressão arterial reflete principalmente em um aumento do tônus do músculo liso vascular, com uma consequente queda da NO sintase. Uma atividade aumentada do nervo simpático renal tem sido descrita após a inibição aguda da NO sintase, sugerindo que os mecanismos neurogênicos podem contribuir na elevação da pressão arterial. A administração de um adequado volume de fluído é importante para a resposta hiperdinâmica e também para a manutenção do controle do estado hemodinâmico após a ligadura e perfuração cecal (CLP) nos ratos. No presente estudo, 3 mililitros por 100 gramas de peso corporal de uma solução de NaCl 0,15M foram administrados via subcutânea imediatamente após CLP, como recomendado previamente. O presente estudo foi desenvolvido para comparar o comportamento da pressão arterial e da manipulação tubular renal de sódio em três grupos (grupo experimental versus controle, n=10 cada) de ratos Wistar-Hannover, masculinos, adultos (pesando entre 250-300g) as 3, 6, 12 e 18 horas após ligadura e perfuração cecal (CLP): Ratos: 1) CLP e sham-operados veículo-tratado, 2) CLP e sham-operados L-NAME-tratados, e 3) CLP e sham-operados 0,15M NaCl-tratados. Três séries de experimentos foram desempenhados entre 3 e 18 horas, uma vez que a maioria dos animais morreram depois de 24 horas após a CLP. A pressão arterial e a avaliação da função renal foram realizados às 3, 6, 12 e 18h após CLP em ratos conscientes através do método cauda-manguito e os testes da função renal realizados em gaiolas metabólica individuais através dos clearances renal de creatinina e lítio no 7º dia seguinte ao início da administração de L-NAME (60mg/kg/dia) e as 3, 6, 12 e 18h, e após administração de 3ml/100g de peso corporal de NaCl 0,15M sendo que a pressão arterial foi progressivamente aumentada de 127±3,5mmHg para 149±13,0mmHg (P<0.05%) no grupo sham-operado e a pressão arterial significativamente decresce para 96±8,0 mmHg, 18h depois da CLP. Assim, o desenvolvimento da hipotensão arterial foi significativamente lento e atenuado nos ratos sépticos L-NAME-tratados. Por volta do 7º dia de tratamento o aumento da pressão arterial foi acompanhado por uma queda não significativa do clearance de creatinina de 310±32µl/min/100g para 305±23µl/min/100g e sem alterações da fração de excreção urinária de sódio. No grupo CLP, o tratamento com L-NAME não preveniu a queda da filtração glomerular (de 294±25µl/min/100g para 185±16µl/min/100g), bem como uma rejeição proximal de sódio (de 43,7±4,4% para 53,0±3,3%) 18h após indução da septicemia. Sendo acompanhado de um aumento adicional na fração de excreção renal de potássio (de 0,15±0,04% para 0,31±0,03%) em ratos sham-operados e em ratos com septicemia, respectivamente, e uma elevação no proximal seguido por uma consecutiva queda da excreção pós-proximal do sódio comparado com a excreção urinária de sódio sem alterações no grupo sham-operado. A reposição com fluído foi realizada com o objetivo de melhorar a circulação sangüínea e a função renal em ratos sépticos. A administração de um volume adequado de fluido é importante para manutenção da estabilidade hemodinâmica após a CLP em ratos. Entretanto, no presente estudo, 3ml por 100g de peso corporal de solução de NaCl 0,15M administrada subcutâneamente não melhoraram significativamente a taxa de sobrevida e da função tubular renal. Nossos resultados sugerem que o fluído de ressuscitação promovem um decréscimo lento e atenuado da pressão arterial e da taxa de filtração glomerular, com base na compreensão corrente da fisiopatologia do balanço de fluídos, deveria ser assegurado liberação adequada da oxigenação do sangue, otimizando a pressão de perfusão e do volume circulante independentemente de um aumento adicional na reabsorção tubular de sódio nos segmentos dos néfrons. Pode-se recomendar a manutenção em níveis elevados a pressão venosa durante a administração do fluído de ressuscitação, visto que um fluído de ressuscitação adequado poderia sustentar a função renal, e revelar ser um bom resultadoAbstract: Acute renal failure is a frequent complication in septic patients associated with a high mortality rate. An important characteristic is a decrease in glomerular filtration rate, which is even present in situations where renal blood flow has been maintained. Prevailing hypothesis on the pathogenesis of renal failure suggest an inappropriate and uncontrolled release of various inflammatory mediators. Overwhelming sepsis, with or without septic shock, can be an extremely difficult clinical trouble to treat. Antibiotics clearly are a mainstay of therapy but are often inadequate in the immunocompromised host. Additionally, an adequate nutritional, pressure, fluid and electrolyte management is critical in the care of patients with sepsis. One such septicemia model that is frequently used is cecal ligation and puncture in rats. This model resembles human sepsis in several important aspects, such as an early phase of hyperdynamic, hypermetabolic sepsis followed by a late phase of hypodynamic sepsis. An intra-abdominal abscess causes the condition and devitalized tissue, which are common source of sepsis in-patients as well. Recent studies also suggest involvement of nitric oxide (NO), generated by inducible NO synthase (iNOS), in the pathogenesis of endotoxin-induced renal failure. Several studies have shown that the short-term administration of Nw-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME), an inhibitor of nitric oxide (NO) synthesis results in a prompt increase in the arterial pressure of rats, rabbits, and dogs. The immediate increase in arterial pressure reflects principally an increased vascular smooth muscle tone as a consequence of decreased NO synthesis. Increases in sympathetic nerve activity have been described after acute inhibition of NO synthesis, suggesting that neurogenic mechanisms may contribute to the rise in arterial pressure. Administration of an adequate volume of fluid is important for the hyperdynamic response and to keep the hemodynamic steady state after cecal ligation and puncture (CLP) in rats. In the present study, 5 milliliters per 100 grams of body weight of 0.15M NaCl solution were administered via subcutaneous, immediately after CLP, as recommended previously. The present study was performed to compare blood pressure behavior and renal sodium handling in three groups (experimental versus control group, n=10 each) of adult male Wistar-Hannover rats (weighting between 200-250 g) at 3, 6, 12 and 18 hour after cecal ligation and puncture (CLP): 1) CLP and sham-operated vehicle-treated, 2) CLP and sham-operated L-NAME-treated, and 3) CLP and sham-operated 0.15M NaCl-treated rats. Three series of experiment were performed between 3 to 18 hours once most of animals died after 24 hours post CLP. Arterial blood pressure and renal function study were measured 3, 6, 12 and 18-h after CLP in conscious rats by tail-cuff method and whole kidney creatinine and lithium clearances. The arterial pressure and renal function tests were performed in individual metabolic cages 7 days after the beginning of L-NAME administration (60mg/kg/day) and 3, 6, 12 and 18-h after 5ml 0.15M NaCl administration, and progressively increased arterial pressure from 127±3.5 mmHg to 149±13.0 mmHg (P<0.05%) in the sham-operated group and a significant blood pressure decrease to 96±8.0 mmHg 18-h after CLP. So, the development of hypertension was significantly delayed and attenuated in septic L-NAME-treated rats. By the 7th day of treatment the increased blood pressure was accompanied by a non-significant fall in creatinine clearance from 310±32ml/min/100 g to 305±23ml/min/100 g and no change in fractional urinary sodium excretion. In CLP group the treatment with L-NAME did not prevent the glomerular filtration fall (from 294±25ml/min/100 g to 185±16ml/min/100 g), as well as the proximal sodium rejection (43.7±4.4 % to 53.0±3.3 %) 18-h post sepsis induction. This was accompanied by a striking additional increase in fractional renal potassium excretion from 0.15±0.04% to 0.31±0,03% in sham-operated and septic rats respectively and an enhanced proximal followed by consecutive fall post-proximal sodium excretion compared to no-changed urinary sodium excretion the sham-operated group. Fluid replacement was performed with the view of obtaining the amelioration of circulation and renal function in septic rats. Administration of an adequate volume of fluid is important for the hemodynamic stability after CLP in rats. However, in the present study, 5 ml per 100 g of body weight of 0.15M NaCl solution administered subcutaneously did not improved significantly the survival rate and renal tubular function. Our results suggest that fluid resuscitation delayed and attenuated the blood pressure and glomerular filtration rate decrease, based upon current understanding of the pathophysiology of fluid imbalance, should be to ensure adequate oxygen delivery by optimizing blood oxygenation, perfusion pressure, and circulation volume independently of an additional increase in tubule sodium reabsorption in the whole segments of nephrons. Maintenance of higher values in venous pressure during fluid resuscitation might be recommended because adequate fluid resuscitation could sustain the renal function, and result in good outcomeMestradoClínica MédicaMestre em Clínica Médica[s.n.]Gontijo, Jose Antonio Rocha, 1956-Figueiredo, Jose FranciscoFreitasAlves, Maria jose QueirozUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em Clínica MédicaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASOliveira, Paulo César de, 1948-20012001-11-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf149 p. : il.(Broch.)https://hdl.handle.net/20.500.12733/1591179OLIVEIRA, Paulo César de. Pressão arterial e manipulação tubular renal de sódio em um modelo de septicemia em ratos. 2001. 149 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1591179. 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