Utilização do farelo de arroz industrial : composição e valor nutriente em dietas recuperativas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torin, Hilda Rosa
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575986
Resumo: Orientador : Jaime Amaya-Farfan
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spelling Utilização do farelo de arroz industrial : composição e valor nutriente em dietas recuperativasFarelo de arroz - NutriçãoAlimentos - NutriçãoOrientador : Jaime Amaya-FarfanDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de AlimentosResumo: O presente trabalho teve como objetivo estudar algumas propriedades nutricionais do farelo de arroz através de análises químicas e ensaios de crescimento em ratos recém-desmamados e ratas em gestação e aleitamento. A matéria-prima, negativa ao teste de aflatoxinas de Romer mostrou níveis insignificantes de atividade antitríptica e hemaglutinante. Entretanto, elevadas concentrações de ácido fítico ( %3 foram encontradas. O farelo apresentou teores de aproximadamente 13 % de proteína; 31 a 34 % de fibra alimentar, da qual 3 a 4% é fibra solúvel; 8 % de cinzas, sendo que Zn, Mn, Cu e Fe estão presentes em concentrações de 89, 134, 19 e 194 µg/g, respectivamente, suficiente para garantir os requerimentos do rato em todas as dietas preparadas. A proteína do farelo apresentou escore químico de 62,7 sendo lisina o primeiro aminoácido limitante e um quociente de eficiência protéica (PER) 2,86 contra 3,40 da caseína. O crescimento de animais recém-desmamados foi praticamente independente da proporção de farelo que variou entre 30 e 70 %, utilizada para complementar uma dieta basal de arroz branco. De igual forma, o melhoramento da quantidade e da qualidade proteica com aumentos crescentes de caseína em dietas isocalóricas, variando seu teor protéico entre 8 e 16%, sugeriu que outras classes de nutrientes diferentes das proteínas têm prioridade na limitação do valor nutritivo do farelo. Com o objetivo de avaliar a importância relativa entre as classes vitamínica e mineral, projetou-se um experimento com ratos recém-desmamados, que foram ali montados durante 21 dias com uma das seguintes dietas: arroz branco com 8 % de óleo (B), B + farelo (BF), BF + mistura mineral (BFM), BF + mistura vitamínica (BFV) e BF + as duas misturas (BFMV) As relações entre as taxas de crescimento e consumo alimentar foram, correspondentemente 0,06; 0,12; 0, 20; 0,19 e 0, 24, onde foi observado que somente a diferença a entre BFM e BFV não foi significativa. Neste experimento o valor nutritivo do farelo está limitado em 50 % do seu potencial máximo pela deficiência de minerais e vitaminas e as contribuições destas duas classes de nutrientes são aditvas porém de forma não linear. Na avaliação da capacidade recupsrativa do farelo utilizaram-se 6 grupos de animais recém-desmamados que foram alimentados durante 14 dias com uma dieta basal (B) igual à do ensaio anterior. Findo o período de estresse, os grupos passaram a receber as seguintes dietas por 21 dias: R-O (basal); R-1 (B + mistura mineral + mistura vitamínica); R-2 (B + farelo) ; R-3 (R-2 + mistura mineral + mistura vitamínica); R-4 (B + caseína) e R-5 (R-4 + mistura mineral + mistura vitamínica), obtendo-se taxas de crescimento (g/rato/dia) de 0,85 (basal, período de depleção); -0,17 (R-0); 2,25 (R-1); 1,00 (R-2); 3,39 (R-3); 0,16 (R-4) e 5,40 (R-5). Estes resultados mostram que, embora o farelo de arroz possua um poder recuperativo em ratos jovens, a simples suplementação da dieta de arroz branco com as misturas mineral e vitamínica produziu um ganho de peso médio de 2,25 g/rato/dia contra um ganho nulo ou negativo obtido com o arroz polido. Por outro lado quando o farelo foi complementado com as misturas mineral e vitamínica a taxa de crescimento melhorou em 50 %. O estudo da influência das diferentes dietas maternas no crescimento dos filhotes, através do ganho de peso dos mesmos indicou que a taxa de crescimento é melhorada em 148 % (0,52 para 1,29 g/animal/dia) com a simples complementação da dieta basal com 33 % de farelo. Posterior enriquecimento desta última com misturas vitamínica e mineral resultou em aumento da taxa de crescimento para 1,38 g/animal/dia o que foi estatisticamente não significativo (p < 0,05). Estas duas últimas representam 77,7 e 83% da taxa. obtida para um grupo controle com a dieta basal + caseína + vitaminas e minerais , respectivamenteAbstract: The present study addresses some basic nutritional properties of rice bran by means of chemical analyses and the growth of weaned rats as well as female rats during gestation and nursing. The raw material, which was negative to the Romer aflatoxin screening test, exhibited negligible antitryptic and haemagglutinating activities. Elevated concentrations (about 5%) of phytic acid were nonetheless found. The bran was approximately 13% protein, 31 to 34% dietary fiber of which 3 to 4% was soluble. Of the total ash content (8%), 89, 134, 19 and 194 µg/g were Zn, Mn, Cu and Fe, rospectively, sufficient to meet the rat's requirements in all diets prepared. The protein showed a chemical score of 62.7 with lysine as the first limiting amino acid and a PER value of 2.86 against 3. 40 for casein. Using a basal diet of polished rice, varying the level of bran in the diet between 30 and 70 % brought no appreciable effect in the growth rate of the animal. Likewise, improving both quality and quantity of the protein by isocailoric additions of casein to a polished rice-bran diet containing 8% up to the level of 16 % protein, suggested that, classes of nutrients other than the proteins have priority in determining the limiting nutritive factors of the rice bran. An estimate of the relative value of the vitaraina and mineral classes of nutrients was obtained through an experiment with wanling rats fed the fol1owing diets for a period of 21 days: white rice with 8 % oil (B) , B + bran (BF) , BF + mineral mixture (BFM), BF + vitamin mixture (BFV) and BF + both mixtures (BFMV). Ratios between growth rates and feed consumption which, correspondingly were 0.06; 0.12; 0.20; 0.19 and 0.24, showed that the only non-significant difference was that between BFM and BFV. The nutritive value of the bran apeared to be limited by about 50 % of its maximum potential due to the poor contributions of these two classes of nutrients, which were additive but in a non-1inear fashion. In order to evaluate the recovering power of the bran, six groups of weanling rats were first given the white rice basal diet (B) for 14 days. On the fifteenth day, the groups started to be fed the following diets for 21 days; R-0 (B); R-l (B + mineral + vitamin mixtures); R-2 (B + bran); R-3 (R-2 + mineral + vitamin mixtures); R-4 (B + casein) and R-5 (R-4 + mineral + vitamin mixtures). The growth rates observed (g/rat/day) 0.85 (B, during depletion}, -0.17 (R-0), 2.25 (R-1), 1.00 (R-2), 3.39 (R-3), 0.16 (R-4) and 5.40 (R-5), showed that although the brans exibits a certain ability to recover the animals from a nutritional stress, supplementation of the basal diet with only minerals and vitamins, yielded an average weight of 2.25 g/rat/day, against the zero or slightly negative increment obtained with white rice. On other hand, supplementing the bran with both the mineral and vitamin mixtures brought about a 50% improvement in the rate of growth. Using the rate of growth of the lactating younglets as a measure of the quality of the diet fed to the dams, it was shown that by supplementing the basal diet with 33 % bran the quality improved 148 % (from 0.52 to 1.23 g/offspring/day). Further enrichement of the latter with both mineral and vitamin mixtures, however, resulted in a growth rate (1.38 g/offspring/day) which was not significantly different from the above. The latter two rates were 77. 7 and 83 %, respectively, of that of a control group fed the basal + casein + mineral + vitaminsMestradoMestre em Ciência da Nutrição[s.n.]Amaya-Farfán, Jaime, 1941-Wilke, Berenice CunhaGaleazzi, Maria Antonia MartinsUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia de AlimentosPrograma de Pós-Graduação em Ciência da NutriçãoUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASTorin, Hilda Rosa19911991-12-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf147 f. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575986TORIN, Hilda Rosa. Utilização do farelo de arroz industrial: composição e valor nutriente em dietas recuperativas. 1991. 147 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575986. Acesso em: 2 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/37162(Publicação FEA)porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T01:58:11Zoai::37162Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T01:58:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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