O esvaziamento da relação homem-natureza : enfrentamentos ontológicos e epistemológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dal Gallo, Priscila Marchiori, 1986-
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639685
Resumo: Orientador: Antonio Carlos Vitte
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spelling O esvaziamento da relação homem-natureza : enfrentamentos ontológicos e epistemológicosThe emptying of man-nature relationship : ontological and epistemological answersRelação ontológicaEpistemologia da GeografiaRazãoSensibilidadeSubjetividadeOntological relationshipEpistemology of geographyReasonSensibilitySubjectivityOrientador: Antonio Carlos VitteTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de GeociênciasResumo: A postura moderna apoiada em uma racionalidade técnico científica arquitetada pelo Iluminismo, trouxe, sem dúvida, benefícios a humanidade, dentre eles, a revolução científica dos séculos XVI e XVII que se contrapõe concepções doutrinárias e dogmáticas. A ciência moderna por seus propósitos e métodos estabeleceu-se como força capaz de construir uma prática com base num princípio nuclear: a razão, então, instituí a aspiração pelo progresso intelectual e a crença no poder de tal progresso para construção de um sentido de humanidade e civilização. A razão determina a objetividade como chave intelectual do desenvolvimento da nova ciência, como consequência, hegemoniza a concepção de matéria do ponto de vista da mecânica a fim de definir o conhecimento a partir das margens do empirismo que inaugura visão particular da natureza e da realidade onde foi drenada da matéria qualquer princípio animador, a ciência moderna assegura que a natureza foi condicionada a uma disposição servil aos propósitos humanos. A racionalidade técnico científica no sentido de tornar a realidade cognoscível trabalha uma posição materialista cujo dualismo entre mente e matéria é central que ignora a concretude da existência e elimina a subjetividade. Em contraponto, buscamos uma racionalidade que propõe o desenvolvimento da percepção e da cognição não como um aspecto a parte da matéria, mas que reconhece a presença da subjetividade de maneira latente na realidade, visto que, toda organização se estabelece como um sistema complexo de relações capaz de processar e permutar informações externas e internas tratando-se de uma forma de racionalidade imanente, ou seja, um locus de subjetividade, ainda que não consciente. A natureza dentro de uma relação apenas epistemológica deixa de experimentar a si mesma ou dá-se sempre como um fora de si esvaziado de toda sua subjetividade, de toda sua potência auto-gestante. A busca na presente tese é por repensar o conceito de relação com a proposta de adensá-lo em sua força de realização da comum-unidade. Compreendendo a relação como o lugar necessário de todo ser, a necessária relatividade de todo existir aponta a relacionalidade como princípio da realização do real, aponta a centralidade da relação na conformação de uma realidade auto-generativa recolocando o geográfico a partir de uma visão integradora que reconhece o humano como natureza e, portanto, a relação não mais como um instrumento para religar entes, a priori, apartados. Não é somente o entendimento das ações transformativas ou da reflexão das ações sobre a natureza que instituem o sentido de geográfico, voltamos a um sentido de geográfico onde o modo de existir do humano envolve sua surpresa e reflexão sobre sua descoberta de uma grafia que possa lhe comunicar e apresentar sua inteligência de modo que a episteme seja a compreensão a partir de um desejo de familiaridade e de uma filia ao saber onde razão organize a experiência não num sentido puramente prática, isto é, não seja a interferência prática na realidade, e sim, de compreensão daquilo que existe em siAbstract: The modern stance supported by a technical scientific rationality designed by the Enlightenment, has undoubtedly brought benefits to humanity, among them, the scientific revolution of the 16th and 17th centuries that opposes doctrinal and dogmatic conceptions. Modern science for its purposes and methods established itself as a force capable of building a practice based on a nuclear principle: reason, then, instituted the aspiration for intellectual progress and the belief in the power of such progress to build a sense of humanity and civilization. The reason determines objectivity as an intellectual key to the development of the new science, as a consequence, hegemonizes the conception of matter from the point of view of mechanics in order to define knowledge from the margins of empiricism that inaugurates a particular view of nature and reality where any animating principle has been drained from matter, modern science ensures that nature has been conditioned to a servile disposition to human purposes. Technical scientific rationality in the sense of making reality knowable works a materialist position whose dualism between mind and matter is central that ignores the concreteness of existence and eliminates subjectivity. In contrast, we seek a rationality that proposes the development of perception and cognition not as an aspect apart from matter, but that recognizes the presence of subjectivity in a latent way in reality, since every organization is established as a complex system of relationships capable of processing and exchanging external and internal information, dealing with an immanent form of rationality, that is, a locus of subjectivity, even if not conscious. Nature within an epistemological relationship fails to experience itself or always gives itself as an outside of itself emptied of all its subjectivity, of all its self-gestating power. The search in the present thesis is to rethink the concept of relationship with the proposal to densify it in its strength of realization of the common-unity. Understanding the relationship as the necessary place of every being, the necessary relativity of all existence points to relationality as a principle of realization, it points to the centrality of the relationship in shaping a self-generative reality, replacing the geographical from an integrating vision that recognizes the human as nature and, therefore, the relationship no longer as an instrument to reconnect entities, a priori, apart. It is not only the understanding of transformative actions or the reflection of actions on nature that establish the sense of geographic, we return to a sense of geographic where the human's way of existence involves his surprise and reflection on his discovery of a spelling that can give him communicate and present your intelligence in such a way that the episteme is the understanding from a desire for familiarity and from a branch to know where reason organize the experience not in a purely practical sense, that is, it is not the practical interference in reality, but a understanding what is in itselfDoutoradoAnálise Ambiental e Dinâmica TerritorialDoutora em GeografiaCAPES001[s.n.]Vitte, Antonio Carlos, 1962-Nabozny, AlmirDavim, David Emanuel MadeiraSouza, André Nunes deSuzuki, Júlio CésarUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASDal Gallo, Priscila Marchiori, 1986-20202020-08-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (161 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639685DAL GALLO, Priscila Marchiori. O esvaziamento da relação homem-natureza: enfrentamentos ontológicos e epistemológicos. 2020. 1 recurso online (161 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639685. 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