O orgão setecentista da Igreja do Carmo de Diamantina : seus enigmas e sua estreita ligação com o orgão de Corregos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1607826 |
Resumo: | Orientador: Edmundo Pacheco Hora |
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O orgão setecentista da Igreja do Carmo de Diamantina : seus enigmas e sua estreita ligação com o orgão de CorregosThe eighteenth-century pipe organ Carmo Curch in Diamantina : its enigmas and its close link to the organ of CorregosOrganaria colonial brasileiraOrgãos de tubosCapitania de Minas geraisBrazilian colonial organPipes organsMinas Gerais captaincyOrientador: Edmundo Pacheco HoraDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de ArtesResumo: O Órgão de Tubos da Venerável Ordem Terceira do Carmo de Diamantina sempre foi um grande enigma para organistas e organeiros. A maior incógnita seria, nesse sentido, definir seu estilo, sobretudo se corresponde à estética da escola de construção ibérica. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo inicial a busca pela identidade do Órgão do Carmo de Diamantina por meio do levantamento técnico e histórico desse instrumento. De forma complementar, verificou-se que algumas dúvidas sobre o Órgão de Diamantina também precisavam ser esclarecidas, as quais estavam correlacionadas com a base desse instrumento, a extensão e a partição do Manual, se o instrumento consiste realmente em um Órgão de Registros Partidos, a localização dos Foles (originais e atuais) e a verificação de que se tratam os Foles atuais e se todos os Tubos são originais. Com o avançar das pesquisas, abriu-se um desdobramento para uma possível relação desse órgão com o Órgão da Matriz do Distrito de Córregos, resultado da análise dos documentos da reforma do Órgão do Carmo em 1940. Levantou-se então a hipótese de que, na referida reforma, alguns Tubos do Órgão de Córregos poderiam ter sido levados para Diamantina e utilizados no Órgão do Carmo. O desafio desta pesquisa manifestou-se, a princípio, pela ausência de literatura e de uma ampla documentação sobre esses dois instrumentos e pela incipiente bibliografia específica acerca da organaria colonial brasileira. Em decorrência disso, foi desenvolvida uma extensa investigação bibliográfica dos documentos associados aos referidos órgãos e aos seus respectivos organeiros, complementada por uma viagem a Portugal (região de Braga) e a várias cidades históricas de Minas Gerais, percorrendo-se o roteiro das cidades por onde atuou José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, o primeiro organista do Órgão do Carmo, desde o Serro até o Rio de Janeiro. Iniciou-se a investigação recorrendo-se às referências na organaria portuguesa devido à tradição histórica de construção de Órgãos no Brasil Colônia e ao fato de ser o construtor do Órgão do Carmo o Padre Manuel de Almeida e Silva. Por meio dos livros da Ordem do Carmo e da Irmandade do Santíssimo Sacramento de Diamantina, foi possível um levantamento histórico do Órgão do Carmo e de seu organeiro. Os Órgãos de Diamantina e de Córregos foram documentos importantes de investigação e de solução de enigmas que existiam sobre o instrumento de Diamantina. Foi consultada uma bibliografia da musicologia histórica brasileira, de organaria e de história do Brasil e de Minas Gerais. Vários documentos da reforma do Órgão do Carmo de 1940 foram analisados, os quais conduziram a descobertas relevantes. Como conseqüência deste estudo, obteve-se uma melhor compreensão da organaria colonial mineira pela comparação entre ambos os instrumentos. Considerando-se que foram acessados todos os documentos, até então conhecidos sobre esses dois representantes da organaria colonial mineira, entende-se que resultados até este momento obtidos são bastante reveladores. Conclui-se que Órgão da Ordem do Carmo de Diamantina consiste em um instrumento com características da estética da escola de construção ibérica e com influências da escola italiana; de base 6' (seis pés); que possui um Manual com extensão: FF - f'''; cujo Teclado é dividido entre o Si2 e o Dó3 , mas não é de Registros Partidos; os Foles atuais são do tipo "Reservatório e Fole-alimentador" (reservoir and feeder-bellows); e que alguns dos Tubos do Órgão de Córregos, provavelmente, hoje fazem parte da Tubaria do Órgão de Diamantina.Abstract: The Pipe Organ of the Third Order of Carmo in Diamantina municipality, Brazil, has been a mystery to both Pipe Organ builders and organists, being the major concern determining the style of such a Pipe Organ (i.e., whether it belongs or not to the Iberian style of Pipe Organ building). Against this background, this thesis first aimed at shedding light on the identity of the Pipe Organ of the Third Order of Carmo in Diamantina municipality, Brazil, by means of technical and historical survey. Additionally, it also aimed at understanding some issues related to the Diapason (fonic basis) of the Carmo Pipe Organ, the verification whether it is an Pipe Organ with Divided Stops, the Compass and division of the Manual, the location of the former and the current Wind Supply, the Mechanisms of the current Wind Supply, and whether all the current Pipes are original. Advances in research, however, pointed to some links to an Pipe Organ located in Córregos municipality, particularly as a result of the analysis of documents registering the restoration carried out in the Carmo Pipe Organ in 1940. This raised the hypothesis that some Pipes in the Carmo Pipe Organ had been replaced with Pipes from the Córregos Pipe Organ. In the face of the lack of references to both Pipe Organs under scrutiny and also to the Brazilian colonial Pipe Organ building, the answer to such a hypothesis demanded a large bibliographic research focusing on documents related to both Pipe Organs and their Pipe Organ builders, as well as a trip to Portugal (Braga region) and several historical municipalities in Minas Gerais State (i.e., from Serro municipality, in Minas Gerais State, to Rio de Janeiro municipality, in Rio de Janeiro State, Brazil), tracking back the itinerary of cities where Lobo Mesquita, the first Organist of the Carmo Pipe Organ, performed. The inception of this research consisted of finding references to and within the Portuguese Pipe Organ building, because of the historical tradition of Pipe Organ building in Colonial Brazil and also because the Pipe Organ was built by a Portuguese catholic priest, Padre Manuel de Almeida e Silva. Historical data on the Carmo Pipe Organ and its Pipe Organ builder were collected from books of both the Order of Carmo and the Mother Church of Santo Antonio in Diamantina municipality. Further, both the Carmo Pipe Organ and the Córregos Pipe Organ themselves constituted important documents resorted to find answers to several questions about the Carmo Pipe Organ. Moreover, the analysis of several documents related to the 1940 restoration, alongside a bibliography concerning the Brazilian and the so-called Minas Gerais Captaincy's musicology, Pipe Organ building, and history, also provided remarkable insights to this study. The result of this research accounts for a better understanding of the colonial Pipe Organ building in the former Minas Gerais Captaincy, primarily as a result of a pair-wise comparison between the above-mentioned instruments. Bearing in mind that every document about these instruments available up to date have been checked and revisited, the result can be fairly regarded insightful. Particularly as for the Carmo Pipe Organ, this study points out that it holds features typical of the Iberian style of Pipe Organ building, though carrying some influences of the Italian style, the Diapason is 6'- (FF Compass / Principal 6'), a Compass of 61 Notes: FF - f''', with Manual divided at b2 / c'3, even though it is not an Pipe Organ with Divided Stops; and the Wind Supply is a "Reservoir and Feeder-Bellows"; besides, this Pipe Organ probably has some Pipes removed from the Córregos Pipe Organ.MestradoMestre em Música[s.n.]Hora, Edmundo Pacheco, 1953-Kerr, Doroteia MachadoSoares, CalimerioUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de ArtesPrograma de Pós-Graduação em MúsicaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCecilio, Handel 1963-20082008-07-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf178p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1607826CECILIO, Handel. O orgão setecentista da Igreja do Carmo de Diamantina: seus enigmas e sua estreita ligação com o orgão de Corregos. 2008. 178p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1607826. Acesso em: 2 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/432193porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-02-18T05:18:18Zoai::432193Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2017-02-18T05:18:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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