Valor e dinheiro : a controvérsia marxista contemporânea sobre o dinheiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguena, Alexandre Caldeira, 1994-
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/14289
Resumo: Orientador: Alex Wilhans Antonio Palludeto
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spelling Valor e dinheiro : a controvérsia marxista contemporânea sobre o dinheiroValue and money : the contemporary marxist controversy about moneyMoedaValor (Economia)Economia marxistaEconomia políticaMoneyValueMarxian economicsPolitical economyOrientador: Alex Wilhans Antonio PalludetoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de EconomiaResumo: O Sistema Monetário Internacional (SMI) contemporâneo passou por mudanças significativas ao longo do último quarto de século XX. O fim do regime de Bretton Woods deu origem a um regime centrado no dólar "financeiro, flexível e fiduciário". O fim de uma determinada paridade do dinheiro no plano doméstico e internacional com o ouro teve repercussões teóricas relevantes no debate econômico. Na literatura marxista, nota-se um amplo debate sobre a teoria monetária marxiana internacional e nacional. Nesse contexto, o entendimento do que seria a forma acabada do dinheiro na obra de Marx e sua relação com os desenvolvimentos contemporâneos ganharam destaque. O objetivo dessa dissertação é apresentar um balanço crítico da literatura de inspiração marxista sobre o dinheiro, com foco em algumas contribuições representativas sobre o tema, partindo da hipótese de que as distinções que apresentam refletem formas distintas de compreender a exposição de Marx n’ O Capital e sua teoria do valor. A partir disso, busca-se apresentar de forma introdutória, algumas consequências dessas diferenças quanto a análise dos sistemas monetários contemporâneos. Com embaseamento textual n’O Capital, alguns autores identificam a teoria marxiana do dinheiro como uma teoria do dinheiro mercadoria. Desse modo, a abordagem de Marx presente n’O Capital estaria diante de uma aparente contradição frente o SMI contemporâneo. Diante isso, esses autores procuram investigar em que medida o dinheiro mercadoria ainda cumpre um papel relevante no SMI contemporâneo e na determinação do nível de preços. Um outro conjunto de autores, bastante heterogêneo na forma como abordam O Capital, adotam uma posição crítica à concepção do dinheiro mercadoria. Em geral, para esses autores é possível ter uma teoria monetária marxista não baseada numa forma de dinheiro mercadoria, sem prejuízos para a teoria do valor e as categorias construídas por Marx n’O Capital. Esses autores, ao invés de buscarem adaptar uma teoria do dinheiro mercadoria para os tempos atuais, abordam o dinheiro de crédito como uma forma do dinheiro e, a partir disso, buscam compreender a relação deste com a acumulação, o sistema bancário, o Estado e de que modo se determina seu valor e sua quantidade. Essas abordagens apresentam muitas contribuições marxistas sobre o sistema de crédito, o sistema bancário e a criação de dinheiro de crédito. Porém, avanços são necessários, pois o dinheiro ainda é considerado, em alguns momentos, no nível de determinação da circulação simples. Isso se reflete no fato de que alguns autores tiram conclusões próximas da teoria quantitativa da moeda em sua forma clássica ao abordarem a relação entre a quantidade e o valor do dinheiro de crédito. Consequentemente, raciocinam como se o dinheiro fosse apenas meio de circulação, ainda que considerem que o dinheiro de crédito possa cumprir todas as funções do dinheiro. Nesse sentido, as abordagens que entendem as categorias d’O Capital como categorias não-estáticas e definitivas, mas que se desenvolvem ao longo da exposição em direção ao real concreto se apresentam mais adequadas para romper fronteiras teóricas. Pois favorecem pensar o dinheiro para além das determinações da circulação simples, tendo implicações sobre a análise de fenômenos contemporâneoAbstract: The Contemporary International Monetary System (IMS) underwent significant changes in the 1970s. The end of the Bretton Woods regime gave rise to a new regime centered on dollar fiduciary, flexible and financial. The end of the link between money, domestically and internationally, with gold had practical consequences in terms of economic policy and theoretical repercussions in the economic debate. In marxist literature, a debate about marxian monetary theory has developed internationally and nationally. In this context, the understanding of what would be the finished form of money in Marx's work gained prominence. With a textual basis in Capital, some authors identify the, marxian theory of money as a theory of commodity money. These interpretations are theoretically supported by original approaches to Marx's work and his theory of value. In this way, the theory of capitalism present in Capital would be facing an apparent contradiction under the contemporary SMI. So, these authors seek to investigate to what extent commodity money still plays a relevant role in the contemporary SMI and in determining the price level. Another heterogeneous group of authors adopt a critical position towards commodity money. In general, for these authors, it is possible to have a marxist monetary theory not based on a commodity money form, without problems to the theory of value and the categories constructed by Marx in Capital. These authors, instead of try to adapt a theory of commodity money to current times, approach credit money as a form of money and from that, seek to understand its relationship with accumulation, the banking system, the State and what determine the value and quantity of credit money. These approaches feature many marxist contributions on the credit system, the banking system, and the creation of credit money. However, advances are necessary, as money is still considered, sometimes, at the determination level of simple circulation. This is reflected in the fact that some authors draw conclusions close to the quantitative theory of money in its classical (Ricardian) form when addressing the relationship between the quantity and value of credit money. Consequently, they treats credit money as if were only a means of circulation, even though they consider that credit money can fulfill all the functions of money. In this sense, the approaches that understand the categories of Capital as non-static and definitive categories, but which develop throughout the exposition towards the concrete reality, are more adequate to break theoretical boundaries. Because they held to think about money beyond the determinations of simple circulation, having implications for the analysis of contemporary phenomenaMestradoTeoria EconômicaMestre em Ciências EconômicasCNPQ131114/2020-4[s.n.]Palludeto, Alex Wilhans Antonio, 1986-Ferreira, Adriana NunesColombini Neto, IderleyUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de EconomiaPrograma de Pós-Graduação em Ciências EconômicasUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASAguena, Alexandre Caldeira, 1994-20232023-02-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (129 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/14289AGUENA, Alexandre Caldeira. Valor e dinheiro: a controvérsia marxista contemporânea sobre o dinheiro. 2023. 1 recurso online (129 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/14289. 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