Terror e resistência no Xingu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639740 |
Resumo: | Orientador: Mauro William Barbosa de Almeida |
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Terror e resistência no XinguTerror and resistance in XinguUsina Hidrelétrica de Belo MonteCamponeses - Amazônia - Aspectos sociaisMigração forçadaDireitos humanosTecnologia - Aspectos políticosPeasants - Amazon - Social aspectsForced migrationHuman rightsTechnology - Political aspectsOrientador: Mauro William Barbosa de AlmeidaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências HumanasResumo: Em meados de 2015 os moradores das ilhas e margens do rio Xingu foram expulsos de seu território para dar lugar ao reservatório principal da usina hidrelétrica de Belo Monte. As casas foram demolidas, a vegetação cortada, as ilhas alagadas, a pesca deixou de ser uma atividade lucrativa e mesmo de garantir seu sustento. O deslocamento forçado provocou dispersão social, ruptura econômica e violação de direitos que, associados às transformações ecológicas e espaciais, resultaram na desfiguração do mundo, o que implica em pensar o deslocamento em sua dimensão ontológica. Nesse contexto, respostas à catástrofe e mecanismos de resistência foram estruturados a partir de dois caminhos distintos e complementares: a busca cotidiana por apoio institucional e a reestruturação da vida social a partir das redes preexistentes. Esta tese é uma etnografia do esforço cotidiano dos ribeirinhos, ao longo dos últimos cinco anos, para reconstruírem sentidos, redes sociais e possibilidades de futuro. Descrevo como os dispositivos do deslocamento usados pelo Estado e pela empresa foram incorporados e subvertidos em tecnologias políticas de resistência por meio das quais ¿ reuniões, listas e mapas ¿ se tornaram estratégias de cuidado, construção coletiva e organização política que levaram à criação do Conselho Ribeirinho e à inclusão de um Território Ribeirinho como mecanismo de reparação e condição legal para o funcionamento da usina de Belo MonteAbstract: In 2015 dwellers of the islands and banks of Xingu River were evicted from their territory for the flooding of the main reservoir of the Belo Monte hydroelectric plant. The houses were demolished, the vegetation cut off, the islands flooded, fishing ceased to be a profitable activity and even to guarantee their livelihood. The forced displacement caused social dispersion, economic disruption and violation of rights which, associated with ecological and spatial transformations, resulted in the defacement of the world, that implies in think the displacement in its ontological dimension. In this context, responses to catastrophe and mechanisms of resistance were structured based on two distinct and complementary ways: the daily seek for institutional support and the restructuring of social life based on preexisting networks. This thesis is an ethnography of the daily effort of "ribeirinhos", the riverside dwellers, over the past five years, in reconstructing meanings, social networks and possibilities of future. I describe how displacement devices used by the state and by the company were incorporated and subverted in political technologies of resistance ¿ meetings, lists and maps ¿ that became strategies of care, collective construction and political organization that resulted in the creation of the "Conselho Ribeirinho" and the inclusion of a Riverine Territory as a reparation mechanism and a legal condition for the operation of the Belo Monte planDoutoradoAntropologia SocialDoutora em Antropologia SocialCAPES001[s.n.]Almeida, Mauro William Barbosa de, 1950-Magalhães, Sônia BarbosaCaiuby Novaes, SylviaLima, Tania StolzeGodoi, Emília Pietrafesa deUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Antropologia SocialUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASDe Francesco, Ana Alves, 1982-20202020-06-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online ( 276 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639740DE FRANCESCO, Ana Alves. Terror e resistência no Xingu. 2020. 1 recurso online ( 276 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1639740. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1149348Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-09-30T07:44:26Zoai::1149348Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2020-09-30T07:44:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
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