Avaliação e manejo da dor baseada em neurociência em pacientes com hemofilia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Glenda Feldberg Andrade, 1974-
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/16471
Resumo: Orientador: Margareth Castro Ozelo
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spelling Avaliação e manejo da dor baseada em neurociência em pacientes com hemofiliaNeuroscience-based pain acessment and management in patients with hemophiliaHemofiliaDorDor crônicaAdaptação psicológicaTelemedicinaHemophiliaPainChronic painAdaptation, PsychologicalTelemedicineOrientador: Margareth Castro OzeloTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária decorrente da deficiência dos fatores VIII (hemofilia A) ou IX (hemofilia B). As manifestações clínicas predominantes são as hemorragias articulares (hemartroses) e musculares (hematomas). As pessoas com hemofilia geralmente começam a apresentar dor em idade precoce, que pode ser aguda, como resultado dos episódios de sangramento, ou crônica devido à artropatia secundária. A dor crônica é descrita como a principal causa de incapacidade nessas pessoas. A percepção da dor é influenciada por diversos fatores emocionais e cognitivos como hipervigilância, cinesiofobia e pensamentos catastróficos. O objetivo desse projeto é avaliar os mecanismos envolvidos na dor e dos fatores que podem influenciar sua percepção, determinar os níveis de cinesiofobia e presença de pensamentos catastróficos, além do desenvolvido de um programa de intervenção remota para pessoas com hemofilia e dor crônica, combinando exercícios físicos e estratégias de enfrentamento da dor baseadas em neurociência. Trata-se de um estudo prospectivo, longitudinal, intervencionista com participantes selecionados do Hemocentro Unicamp previamente diagnosticados com hemofilia, com idade acima de 12 anos. Os participantes realizaram inicialmente uma avaliação que incluiu: a) algômetro de pressão para avaliar o limiar de tolerância à dor diante de uma pressão mecânica aplicada em seis posições específicas para dos cotovelos, joelhos e tornozelos; b) Escore de Saúde Articular em Hemofilia (Hemophilia Joint Health Score - HJHS) c) Escore de Independência Funcional em Hemofilia (Functional Independence Score in Haemophilia - FISH); d) Escala Tampa de Cinesiofobia (Tampa Scale for Kinesiophobia - TSK); e) questionário de pensamentos catastróficos; f) questionário de qualidade de vida (Haemo-a-Qol). Os participantes foram divididos em dois grupos: "com dor crônica" e "sem dor crônica" conforme os critérios de apresentarem ou não dor persistente por mais de 3 meses. Ambos os grupos foram analisados quanto ao impacto da cinesiofobia e dos pensamentos catastróficos nos seus parâmetros clínicos. Uma nova avaliação foi conduzida no grupo com dor crônica, dessa vez de forma remota devido a pandemia, antes e ao término da fase de intervenção. Essa avaliação incluiu: a) questionário sobre experiências vividas durante a pandemia; b) Escore de Independência Funcional em Hemofilia (Functional Independence Score in Haemophilia - FISH); c) Escala Visual Analógica de Dor (Visual Analogue Scale – VAS), d) Time Up and Go Test (TUG) e Single Leg Stance Test (SLS). A intervenção remota de 8 semanas constituiu-se de 16 vídeos de 5 minutos abrangendo exercícios físicos para manejo da dor crônica e estratégias de educação em dor baseadas em neurociência. Com base nos resultados da primeira fase do estudo, foi possível observar que participantes com hemofilia que vivenciam dores crônicas apresentam acentuada tendência à cinesiofobia, bem como ao desenvolvimento de pensamentos catastróficos relacionados à dor. Esses participantes com dor crônica também apresentaram piores indicadores clínicos e funcionais, bem como menor tolerância à dor nas articulações afetadas em relação ao grupo sem dor crônica. Um programa de auto monitoramento remoto com exercícios terapêuticos, educação em neurociência da dor e estratégias de enfrentamento se mostrou valiosa durante a pandemia e pode ser promissora para futuras intervenções. Capacitar os pacientes no autogerenciamento da dor, com ênfase na aliança terapêutica, tem demonstrado melhorar a dor, a capacidade física e promover mudanças comportamentaisAbstract: Hemophilia is a hereditary bleeding disease resulting from a deficiency of factors VIII (hemophilia A) or IX (hemophilia B). The predominant clinical manifestations are joint (hemarthrosis) and muscle (bruise) hemorrhages. People with hemophilia usually begin to experience pain at an early age, which may be acute, as a result of bleeding episodes, or chronic due to secondary arthropathy. Chronic pain is described as the main cause of disability in these people. Pain perception is influenced by several emotional and cognitive factors such as hypervigilance, kinesiophobia and catastrophic thoughts. The objective of this project is to evaluate the mechanisms involved in pain and the factors that can influence its perception, determine the levels of kinesiophobia and the presence of catastrophic thoughts, in addition to developing a remote intervention program for people with hemophilia and chronic pain, combining exercises physical and pain coping strategies based on neuroscience. This is a prospective, longitudinal, interventional study with participants selected from the Unicamp Blood Center previously diagnosed with hemophilia, aged over 12 years. The participants initially underwent an assessment that included: a) pressure algometer to assess the pain tolerance threshold when faced with mechanical pressure, which had been applied in six specific positions on the elbows, knees and ankles; b) clinical assessment using the hemophilia joint health score (Hemophilia Joint Health Score - HJHS) c) functionality assessment using the functional independence score in hemophilia (Functional Independence Score in Haemophilia - FISH); d) Tampa Scale for Kinesiophobia - TSK); e) catastrophic thoughts questionnaire; f) quality of life questionnaire (Haemo-a-Qol). Participants were divided according to the criteria of whether or not they have chronic pain (persistent pain for more than 3 months). Participants were divided into two groups: "with chronic pain" and "without chronic pain" according to the criteria of whether or not they had persistent pain for more than 3 months. Both groups were analyzed regarding the impact of kinesiophobia and catastrophic thoughts on their clinical parameters. A new assessment was conducted in the group with chronic pain, this time remotely due to the COVID-19 pandemic, before and at the end of the intervention phase. This assessment included a) questionnaire about experiences during the pandemic b) Functional Independence Score in Haemophilia (FISH); c) Visual Analogue Scale (VAS), d) Time Up and Go test (TUG) and Single Leg Stance test (SLS). The 8-week remote intervention comprised a series of sixteen videos, each lasting for a duration of five minutes. These videos encompassed physical exercises designed for the management of chronic pain and educational content grounded in neuroscience-based pain management strategies. Based on the results of the first phase of the study, it was possible to observe that people with hemophilia who experience chronic pain have a marked tendency towards kinesiophobia, as well as the development of catastrophic thoughts related to pain. These people with chronic pain also presented worse clinical and functional indicators, as well as lower pain tolerance in the affected joints compared to the without pain group. Furthermore, it was observed among participants with chronic pain who underwent the remote intervention protocol, there was an improvement in pain perception and physical capacity, promoting positive behavioral changesAbertoDoutoradoClínica MédicaDoutora em CiênciasCAPES8882.434918/2019-01[s.n.]Ozelo, Margareth Castro, 1970-Mouraria, Guilherme GrisiBenites, Bruno DeltreggiaCareta, Francisco de PaulaSisdelli, Marcela GanzellaUniversidade Estadual de Campinas. 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Acesso em: 15 mai. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1377913porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-06T20:00:12Zoai::1377913Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2024-04-06T20:00:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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