Caracterização dos fatores de risco para trombose venosa profunda em pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Marisa Dibbern Lopes, 1977-
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/3384
Resumo: Orientadores: Maria Cecilia Bueno Jayme Gallani, Maria Filomena Ceolim
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spelling Caracterização dos fatores de risco para trombose venosa profunda em pacientes de uma Unidade de Terapia IntensivaFatores de riscoCuidados de enfermagemTromboemboliaUnidade de tratamento intensivoIntensive care unitsNursing careRisk factorsOrientadores: Maria Cecilia Bueno Jayme Gallani, Maria Filomena CeolimTese aguardando autorização para liberação do texto completo no Repositório da Produção Científica e Intelectual da UNICAMPDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias MedicasResumo: A Trombose Venosa Profunda (TVP) tem como complicações: a embolia pulmonar (potencialmente fatal) e a insuficiência venosa crônica (com elevado custo social). O diagnóstico impreciso da TVP e da embolia pulmonar aponta para a importância de sua prevenção. A estratificação de risco é a estratégia que permite determinar a profilaxia da TVP adequada a cada caso. Este estudo que se insere na linha de pesquisa Processo de Cuidar em Saúde de Enfermagem, teve como objetivos identificar a prevalência dos FR para TVP numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital escola; verificar a distribuição dos pacientes de acordo com o grau de risco para a doença, com o uso de três escalas de estratificação de risco para TVP (Escala de Autar. escala da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Escala de Weinmann e Salzman); avaliar a concordância entre três escalas quanto ao nível de risco para TVP; e, verificar se existe associação entre o nível de risco identificado e o emprego de profilaxia adequada. Foram sujeitos do estudo 152 pacientes internados na UTI do HC-Unicamp, no período de dezembro de 2004 a junho de 2005. Durante um período de sete dias a partir da internação na UTI (ou período menor, no caso de alta ou óbito) foi realizado registro diário dos FR para TVP. Os FR foram elencados a partir das três escalas de classificação de risco, com acréscimo de fatores comprovadamente relacionados ao desenvolvimento de TVP. Os dados coletados foram submetidos à análise descritiva, teste de associação (qui-quadrado e teste exato de Fisher), coeficiente Kappa ponderado para análise de concordância da classificação de risco dada pelas três classificações e análise de regressão logística para determinação dos fatores indicativos da classificação de risco. Observou-se no grupo estudado média de 5.2 FR associados, sendo os mais prevalentes: imobilização severa (95,4%), presença de um cateter venoso central (90,1%). cirurgia maior que 60 minutos (86.2%) e idade igual ou superior a 60 anos (46,7%). A classificação de Weinmann e Salzman não permitiu classificar o risco em 19,8% dos casos e classificou a maioria dos pacientes (52.6%) como risco moderado. A escala de Autar classificou 48.7% dos pacientes como risco moderado. Na classificação da SBACV, 90.8% dos sujeitos foram categorizados como de alto risco. Não houve concordância na classificação dada pelos três modelos (kappa: 0.04 a 0,34). A profilaxia farmacológica isolada ou em associação com medidas não-farmacológicas foi observada em 42,1% e 8.5% dos casos, respectivamente. A profilaxia mecânica isolada foi observada em somente 15.8% dos casos. Apesar da variabilidade na classificação de risco pelos modelos, foi constatado que aproximadamente metade do grupo estudado (43,4 a 59.0%) recebeu menor profilaxia do que seria necessário. Conclui-se que: os pacientes estudados apresentam freqüência elevada dos FR para TVP; os três modelos de classificação de risco não contemplam todos os FR observados na população em estudo, além de não serem concordantes entre si quanto ao grau de risco estimado para cada paciente: e. a profilaxia para TVP observada esteve aquém do que seria determinado como adequado, por qualquer uma das classificações empregadas no estudo. Os dados obtidos sugerem a necessidade de estudos futuros que permitam rever os critérios para estratificação de risco para TVP em pacientes de UTI e reforçam a necessidade do desenvolvimento e implementação de estratégias que estimulem a adesão dos profissionais de saúde na adoção da profilaxia adequada para TVP. Palavras-chave: cuidados de enfermagem, fatores de risco, tromboembolismo. unidades de terapia intensivaAbstract: Deep Venous Thrombosis (DVT) has as complications: pulmonary embolism - potentially fatal - and venous insufficiency, with high social cost. The inexact diagnosis of DVT and pulmonary embolism points to the importance of their prevention. Classification of risk level is the strategy that allows determining the appropriate prophylaxis for DVT in each case. The aims of this study developed under the research field Caring Process in Nursing and Health were: to identify the prevalence of risk factors (RF) for DVT in an Intensive Care Unit (ICU) of an university hospital; to verify the distribution of patients according to the degree of risk, using three DVT risk assessment scales (Autar's scale. Brazilian Society of Angiology and Vascular Surgery's scale and Weinmann and Salzman's scale); to evaluate the agreement among the three scales: and. to verify' the association between risk level and use of adequate prophylaxis. One hundred and fifty-two ICU inpatients at a university hospital in Brazil were followed for the period of seven days (or lesser if discharge or death had occurred) since the ICU admission. The RF for DVT were registered daily, according to each of the three risk assessment scales, plus other factors related to the development of DVT mentioned in international literature. Data were submitted to descriptive analysis, association tests (Chi-square and Fisher's Exact test), weighted Kappa coefficient to verify the level of agreement among the three scales and logistic regression analysis to identify' factors indicative of risk classification. Average number of RF for DVT observed in the studied group was 5.2 (+1.4). The most prevalent RF were: severe immobility (95.4%). central venous catheter (90.1%). surgery longer than 60 minutes (86.2%) and age greater or equals to 60 years (46.7%). The Weinmann and Salzman s scale did not classified the risk of 19.8% of the cases and it classified the majority of the patients (52.6%) as moderate risk. Autar's Scale classified 48.7% of the patients as moderate risk. According to SBACV's scale. 90.8% of the subjects were classified as high risk. There was not agreement in the risk classification by the three scales (kappa: from 0.04 up to 0.34). The pharmacological prophylaxis - alone or in association with mechanical prophylaxis were observed in 42.1% and 8.5% of the cases, respectively. The use of mechanical prophylaxis was observed in only 15.8% of the cases. Despite of the variability in risk assessment by the three scales, it was shown that approximately half of the studied group (43.4-59.0%) received prophylaxis bellow the appropriate level. It is concluded that: subjects presented high prevalence of RF for DVT; the three risk assessment scales did not contemplate all RF presented by the subjects, and indeed they are not in agreement as to risk stratification. Finally, the observed DVT prophylaxis was not adjusted to the risk level, independently of the considered scale. Data suggest the need of future studies in order to revise the criteria for DVT risk assessment in ICU patients and strengthens the necessity of the development and implementation of strategies that stimulate the compliance of health professionals to the adoption of proper DVT prophylaxis. Keywords: intensive care units, nursing care, risk factorsMestradoEnfermagem e TrabalhoMestre em Enfermagem[s.n.]Gallani, Maria Cecilia Bueno Jayme, 1966-Ceolim, Maria Filomena, 1962-Baruzzi, Antonio Claudio do AmaralGuirardello, Edinêis de BritoUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCorreia, Marisa Dibbern Lopes, 1977-20062006-02-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf148 p. : il.https://hdl.handle.net/20.500.12733/3384CORREIA, Marisa Dibbern Lopes. Caracterização dos fatores de risco para trombose venosa profunda em pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva. 2006. 148 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/3384. Acesso em: 27 fev. 2025.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/397687porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-03T12:10:38Zoai::397687Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2022-10-03T12:10:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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