PROTOCOLO DE SEGURANÇADE MANEJO DA SEDE: ASSOCIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE SEGURANÇA NÃO ATINGIDOS COM A PERIODICIDADE DE SUA APLICAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Stefania Tagliari de
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: NASCIMENTO, Leonel Alves do, FONSECA, Ligia Fahl
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2392
Resumo: O temor de bronco aspiração perpetua o jejum prolongado no Pós-Operatório Imediato aumentando a incidência e intensidade da sede. Com o intuito de avaliar a segurança na administração de um método de alívio da sede, construiu-se e validou-se o Protocolo de Manejo Seguro da Sede (PSMS) que avalia cinco critérios clínicos de segurança: Nível de Consciência, Reflexos Protetores de Vias Aéreas (tosse e deglutição) e náuseas e vômitos. Este estudo tem como objetivo avaliar a aplicabilidade e periodicidade do PSMS no paciente cirúrgico. Estudo descritivo, transversal, exploratório, com análise quantitativa. A pesquisa foi realizada na sala de recuperação anestésica (SRA) de um Hospital Universitário de grande porte do Norte do Paraná, enquanto os pacientes se recuperavam na SRA, que tivessem idade entre 16 e 65 anos, aceitar participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O período de coleta foi de julho a setembro de 2013, por meio de um instrumento composto por três partes: dados de identificação, informações do procedimento anestésico-cirúrgico e PSMS. A aplicação do PSMS foi realizada a cada 15 minutos durante uma hora. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (CAAE 02299412.6.0000.5231). A amostra constitui-se de 109 pacientes, com predomínio do sexo feminino 57,8% (n= 63) e idade média de 42 anos (DP 16,4), variando de 16 a 80 anos. Em relação à clínica cirúrgica, 37,6% (n=41) pertenciam a Ginecologia e Obstetrícia, seguidos pela Ortopedia com 22,9% (n=25) e Urologia 16,5% (n=18). Na classificação anestésica predominou-se ASA 1 com 51,4% (n=55) e ASA 2 com 38,3% (n=41) dos pacientes.O procedimento anestésico foi dividido em três grupos: Anestesia Geral 40,4% (n=44); Bloqueios Associados a Sedação 39,4% (n=43) e somente Bloqueio 20,2% (n=22). O tempo de jejum pré-operatório variou de 8 a 64 horas, com média de 17 horas e 15 minutos (DP 7:05). A intensidade da sede foi medida por meio de uma escala analógica numérica (1-10), com média de 6,38 (DP 2,42). O percentual de reprovações na avaliação do PSMS diminuiu conforme o período de aplicação (50%; 41%; 32%; 23% e 22%). No primeiro momento pacientes submetidos a anestesia geral apresentaram maior reprovação (72%), sendo os critérios nível de consciência (45,9%) e o de tosse (24,8%) os dois maiores responsáveis pela reprovação. Observou-se relação entre a utilização de algumas drogas anestésicas e a reprovação na avaliação do PSMS, tais como o atracúrio, fentanil, propofol e rocurônio (Fisher Exact Test, p< 0,05). A utilização do PSMS permitiu avaliar que até 30’ de recuperação anestésica, as drogas utilizadas no procedimento anestésico cirúrgico ainda possuem ação residual, interferindo na avaliação dos critérios estabelecidos pelo PSMS. Após este período observou-se que porção significativa dos pacientes (69%) apresentou condições seguras para a administração de um método de alívio da sede, fato que sem a avaliação estes pacientes permaneceriam com este desconforto na SRA. O uso do PSMS contribui favoravelmente para o estabelecimento de um cuidado de enfermagem específico no manejo da sede no POI, garantindo uma recuperação segura e livre de desconfortos.
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