TESTES SOROLÓGICOS PARA A DETECÇÃO DE SÍFILIS CONGÊNITA – UMA REVISÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Nathália Rosa da Silva
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: MELLA JUNIOR, Sidney Edson, BUZZO, Álida Mariana dos Reis, FRANCO, Emanuelle Tramonte
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7589
Resumo: A sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema palidum (TP). O TP apresenta longo período de replicação, sendo necessário um longo tratamento para a sua eliminação, caso haja uma cronificação da doença. Sua transmissão pode se dar pelo ato sexual, pela exposição parenteral a sangue ou a instrumentos contaminados, e pela disseminação hematogênica transplacentária, a qual é responsável pela sífilis congênita. O TP pode cruzar a barreira placentária em qualquer fase da sífilis na dependência direta da espiroquetemia, sendo a transmissão bem maior nas fases iniciais da doença, decrescendo com sua evolução. A ocorrência da doença em mulheres grávidas pela transmissão vertical pode resultar em prematuridade e óbito intra-útero, além do quadro clínico específico no recém nato. Quando acomete o feto precocemente, resulta em aborto. As lesões fetais não são clinicamente aparentes até a 15a a 18a semanas de gestação, porque só a partir dessa idade gestacional o feto exibe competência imunológica, podendo apresentar quadro inflamatório reacional da sífilis congênita. As manifestações clínicas resultam da interação do TP com o organismo humano e da resposta imunológica desencadeada. Fatores como virulência da cepa infectante, forma de contaminação, ou reinfecção, influenciam nas formas através das quais a doença se manifesta. As taxas de sífilis congênita ainda são elevadas. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2003, 4233 casos foram confirmados no Brasil, sendo 99 no estado do Paraná. A ausência de diagnóstico da sífilis em gestantes no exame pré-natal é um dos principais fatores para a ocorrência destes casos, havendo a necessidade de utilização mais abrangente de testes sorológicos para a caracterização da doença. Objetivo: Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre os testes sorológicos na prevenção e diagnóstico da sífilis congênita. Metodologia: A pesquisa foi elaborada através de estudos bibliográficos em artigos e livros da área. Os textos foram estudados e selecionados para subsidiar a elaboração do trabalho abordando o tema em questão. Resultados e Conclusão: O diagnóstico de sífilis (adquirida ou congênita) continua fortemente alicerçado no teste de VDRL devido a sua alta sensibilidade. Os testes treponêmicos são confiáveis na determinação de uma infecção sifilítica presente ou passada, para a confirmação de infecção sifilítica em pacientes com sorologia inespecífica positiva, ou em suspeita de resultado falso negativo em exame não treponêmico, não servindo para acompanhamento de cura. Tendo em vista o grande numero de gestantes com sífilis, suas repercussões na morbimortalidade materna e dos respectivos recém-nascidos, torna-se necessária uma ampla compreensão dos métodos diagnósticos pelos profissionais de saúde, além de ações governamentais que possibilitem um aumento da inserção dos testes de detecção da sífilis no exame pré-natal.
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