MUSICOTERAPIA UMA ALTERNATIVA NO TRATAMENTO DE TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO: ESTUDO DE CASO

• Autor(a) principal: RIBAS, Solange Viana da Costa
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: COLLI, Talita Ribeiro, ROMANO, Yara Cristina, MAINARDES, Sandra Cristina Catelan
• Tipo de documento: Artigo
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br//handle/123456789/3099
• topic: Metilfenidato; Musicoterapia; TDA

O Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) traz consigo diversos fatores que comprometem a vida familiar, escolar, social e psíquica dos escolares. O diagnóstico de TDA deve ser realizado de modo diferencial, com base nos critérios descritos nos manuais nosológicos, onde são discorridos sinais e sintomas que identificam o transtorno. Crianças que apresentam problemas comportamentais têm sido diagnosticadas com TDAH e segundo os manuais, para que um indivíduo seja diagnosticado com TDA é imprescindível que seis ou mais sintomas se apresentem pelo tempo mínimo de seis meses. O diagnóstico deve ser realizado de forma multiprofissional - pedagogos, psicólogos, neurologistas, neuropsicólogos - visto que este transtorno altera as estruturas neuroanatômicas do cérebro, nas regiões neurofrontais, subcorticais e límbica. O cloridato de metilfenidato é um dos medicamentos mais requeridos e utilizados como forma de tratamento para tal transtorno, contudo, vale ressaltar que esta droga, pode apresentar efeitos colaterais como distúrbios do sono e alimentares. A proposta deste projeto é trazer uma nova metodologia de tratamento do transtorno utilizando métodos musicais. A música é um instrumento melódico e harmonioso, presente nos vários aspectos do cotidiano, proporciona relaxamento, estimula os pensamentos e reflexões, consola e acalma. Não obstante sua aparente simplicidade, as composições melodiosas possuem complexas estruturas e organização, que segundo pesquisadores podem ser comparadas à organização cerebral. As reações produzidas pela música atuam positivamente em muitas áreas cerebrais (hipocampo, córtex motor, corpo caloso e córtex frontal, pré-frontal e outras áreas). A musicoterapia é uma ciência emergente, porém ainda não muito estudada e utilizada como forma de tratamento, todavia as técnicas de neuroimagem comprovam as alterações significativas no cérebro de quem pratica música, seja ela de forma ativa (instrumento/canto) ou passiva (ouvinte) os resultados apresentados das sessões musicoterápicas estimulam a concentração, organizam as atividades, melhoram a memória, mantêm a atenção e a organização sequencial da experiência. O uso da música clássica como instrumento da sessão musicoterápica nos remete a harmonia semelhante ao ritmo cerebral e devido a este fato o uso da mesma em forma de terapia pode ocasionar melhoramento atencional e cognitivo da criança diagnosticada com TDA. Hoje, como alternativa de tratamento para o TDA é apresentado apenas o uso de medicamentos, todavia é preciso inovar e promover novos métodos de aprimoramento das habilidades comprometidas pelo transtorno.