"MORTE DE DEUS": CONSIDERAÇÒES SOBRE MODERNIDADE E DEICÍDIO NA OBRA NIETZSCHEANA

• Autor(a) principal: RIBEIRO, Valéria Pedrochi
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: DAVID, Solange Ramos de Andrade
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7841
• topic: Nietzsche; Século xix; Modernidade

Buscamos por intermédio de nossa pesquisa investigar o sentimento religioso do homem do século XIX tendo como objeto de estudo a obra <i>A gaia ciência<i>, de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Percebemos que durante a fase histórica por nós estudada, a modernidade, há grandes avanços no campo científico e instaura-se a idéia de que a ciência explicaria fenômenos antes restritos ao campo religioso. Diante deste cenário de soberania da ciência muitos intelectuais passam a refutar manifestações religiosas. Por meio da parábola do homem louco Nietzsche funda a idéia da "morte de Deus". Para ele a imagem do Deus distante e transcendente colocava o homem numa posição de inferioridade e isto não respondia mais aos anseios do homem da modernidade. Pensada desta maneira a idéias de entidade divina humilha o homem ao colocá-lo numa posiçào de inferioridade conforme as regras ditadas pela moral cristã. Neste sentido o deicídio é visto como ponto de partida para uma sociedade melhor, uma fase superior na história humana.Nietzsche dirige uma dura crítica ao mundo em que vive. Para ele o homem moderno vive segundo normas amparadas em preceitos morais de origem religiosa nos quais não mais acreditam, tornando-se algo contraditório viver sobre bases cristãs, se a ciência que então permeia todo viver humano, contradiz e anula qualquer valor cristão. No decorrer da pesquisa percebemos como o discurso nietzscheano deixa transparecer e elucida questões de sua época ao mesmo tempo que contribui significativamente para o entendimento de assuntos que concernem também a outros períodos históricos .