ALIMENTAÇÃO E MORFOLOGIA TRÓFICA DE DUAS ESPÉCIES DE CASCUDOS (LORICARIIDAE, HYPOSTOMUS) EM RIACHOS DA REGIÃO DE MARINGÁ, PR

• Autor(a) principal: BONATO, Karine Orlandi
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: ARAÚJO, Maria Isabel de, DELARIVA, Rosilene Luciana
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6691
• topic: Peixes de riacho; Loricariidae; Dieta

A ampla variedade morfológica dos peixes faz com que estes ocupem uma imensa variedade de nichos ecológicos. A ordem dos Siluriformes abrange a família Loricariidae que constitui a segunda maior família de peixes neotropicais em número de espécies. Os loricarídeos têm comportamentos bentônicos, ou seja, vivem em fundos lodosos, rochosos e possuem características específicas para obterem o alimento desses microhabitats. Para o conhecimento da estrutura trófica de um ecossistema é de fundamental importância à análise da alimentação e morfologia trófica dos peixes a fim de esclarecer sua auto-ecologia, colaborando no desenvolvimento de estratégias que visem à utilização sustentável de ecossistemas. Buscando-se entender as interações biológicas (predação, competição, etc.), faz-se necessário o conhecimento da alimentação de peixes de riacho, bem como os recursos e a influência do espaço e tempo sobre essas comunidades. O estudo da alimentação e morfologia trófica de peixes é imprescindível para que se compreenda como as diferenças morfológicas entre espécies são definidas por fatores ambientais e biológicos aos quais esses animais foram e estão submetidos, podendo-se determinar quais os impactos que a mudança de oferta de alimentos em uma determinada região poderia ocasionar a essas espécies. Sendo assim, os objetivos desse trabalho são analisar o conteúdo estomacal e descrever a morfologia trófica de duas espécies de Loricariidae (Hypostomus) de riachos da região de Maringá – PR. Assim, os itens alimentares destas duas espécies serão identificados a partir de peixes coletados em vários locais durante um ano. As coletas serão feitas bimestralmente de agosto de 2007 a junho de 2008 e serão definidos diferentes pontos de coleta. Nestes pontos serão realizadas coletas de 20 minutos de esforço, sendo coletados durante 15 minutos iniciais, interrupção de 20 minutos e mais 5 minutos (tentativas adicionais para capturar exemplares remanescentes), delimitando em cada ponto uma extensão de 50 metros entre as redes de bloqueio. Para coletar os peixes serão utilizadas redes de arrasto e peneiras. O número de exemplares será no mínimo 50 e os animais coletados serão fixados em formol 10%, em seguida conservados em álcool 70%. Estes serão conduzidos para o laboratório e identificados, onde cada exemplar terá seus dados biométricos e de peso tomados. Também será feita a evisceração e o aparelho trófico será retirado para análise do conteúdo estomacal sob microscópio estereoscópio e a morfologia das estruturas desenhadas sob câmara clara. As informações obtidas serão analisadas segundo pacotes estatísticos. Os resultados esperados visam identificar os itens alimentares das espécies de Loricariidae sendo que as diferenças alimentares e tróficas entre as espécies serão correlacionadas com os diferentes recursos alimentares existentes ao longo do curso dos rios e nas diferentes épocas do ano.