TAXIDERMIA DE AVES DOMÉSTICAS GALLUS GALLUS DOMESTICUS

• Autor(a) principal: MOTTA, Danielle Antonelli
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: CABRAL, Vânia Pais, SANTOS, Rogério Camargo dos, VETORELLO, Verichi
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
• Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7043
• topic: Galinhas domesticas; Taxidermia; Anatomia

Muitas espécies de aves foram domesticadas em decorrência de alguns benefícios que proporcionaram ao homem, tais como: comunicação (pombo), vestimenta (avestruz), esporte (falcão), decoração (pavão), religião (ganso egípcio) e o companherismo (aves de gaiola). Todavia, em termos econômicos, na atualidade as aves domésticas (Gallus gallus domesticus) são mais importantes quanto à produtividade de carne e ovos, pois representam uma das espécies domésticas que possuem uma eficiente conversão de proteína por vegetal em animal . Peculiarmente, a anatomia das aves é determinada por três fatores dominantes, a saber: a descendência comparativamente dos répteis, as exigências extremamente restritivas do vôo, e a capacidade através do vôo de penetrar em cada nicho disponível do meio ambiente. As aves são constituídas por um tegumento bastante característico, possuem penas; pele; cristas e barbelas; escamas; bico e glândula uropigiana. A Taxidermia (taxi = forma; derme = cútis) comprova registros específicos da técnica desde o processo de mumificação, utilizado por populações egípcias, por há 2.500 A.C, e tem como real finalidade preservar os componentes do tegumento comum de várias espécies de animais. O atual trabalho almejou elaborar peças anatômicas taxidermizadas de galinhas domésticas destinadas às aulas práticas de Anatomia Veterinária. Foram utilizadas três aves domésticas (Gallus gallus domesticus), macho e fêmea, de aproximadamente 2,5 kg provenientes da Fazenda do Centro Universitário de Maringá (CESUMAR). Realizou-se anestesia geral inalatória utilizando-se chumaço de algodão embebido em éter nas narinas das aves. Seqüencialmente procedeu-se a eutanásia através da introdução de um conector nas regiões da língua e na cloaca para a passagem de corrente elétrica 220V. Em seguida, efetuou-se incisão cutânea longitudinal na região ventral, tendo como parâmetro anatômico o esterno e a cloaca. Divulsionou-se a cútis e o subcutâneo e procedeu-se a exérese dos esqueletos apendicular (membros torácico e pélvico) e axial (coluna vertebral, costela e esterno) e das vísceras. Efetuaram-se a enucleação bilateral e a exérese do encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) por meio de curetagem realizada através do forame magno. Aplicaram-se substâncias mumificantes (cloreto de sódio e solução formalina 10%) na cútis, na caixa craniana, na órbita e injetou-se solução formalina (10%) nos pés, na extremidade das asas e na crista e barbela. Executou-se a formação de um arcabouço de esqueletos axial e apendicular com auxílio de três eixos formados por arames duplos. O primeiro eixo crânio-caudal foi constituído por um arame duplo que unia a cabeça à cauda (pigóstilo) e de um suporte que esboçava o esterno. O segundo e terceiro eixos formados por arames dispostos em sentido latero-lateral que foram mantidos unidos aos ossos do esqueleto apendicular e amarrados no eixo crânio-caudal. Após formação do arcabouço de arame, o animal foi preenchido por algodão, sendo realizada sob a cútis incisionada. Foram colocados olhos postiços nas órbitas, e o bico e as garras foram envernizados. Assim, o animal foi fixado em base de madeira e destinado ao Laboratório de Anatomia Veterinária. Foi possível observar a preservação dos componentes anatômicos do sistema tegumentar através da técnica de taxidermia em aves domésticas.