A ÉTICA EM THOMAS HOBBBES SEGUNDO A DEFINIÇÃO DE FILOSOFIA MORAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Diogo Norberto Mesti da
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7058
Resumo: O intuito é compreender a definição de filosofia moral em Thomas Hobbes, a qual auxiliará na compreensão do escopo da sua ética. A ética do homem surge na argumentação de Hobbes como fundamento para a sua política, e como dedução da sua filosofia natural, de modo que é preciso retomar a diferença fundamental entre a análise dos corpos isolados no De Corpore para conseqüentemente analisar estes corpos inclusos nos homens, como sendo a causa do agir humano. É preciso dizer que essa interligação dos temas em Hobbes só ocorre porque ele deduz toda a sua ciência de princípios fundamentais comuns. Assim, então, no De Corpore, ele lida apenas com a exposição de como é a raciocinação do espírito (qualquer relação dentre corpos) sobre algo que calcula e algo que é calculado, ou seja, há nesta definição de filosofia uma fundamentação da possibilidade de se calcular. E isto só poderia ser a representação do objeto que se encontra na nossa mente. Contrariamente, no Do Homem do Leviathan, ele irá tratar dos efeitos destes mesmos objetos no nosso coração e na nossa razão. De modo que, definir a filosofia de um modo “puro” significou, portanto, não incluir os efeitos dos corpos nas faculdades do homem . E, com o intuito de encontrar esses efeitos até as faculdades do homem, a primeira parte do Leviathan, Do Homem, trata da percepção do objeto e suas conseqüências no sentimento, isto é, do mesmo objeto da física, só que, agora, como “origem dos movimentos internos, vulgarmente chamadas paixões.” De modo que, os movimentos que levam os homens a agir serão fundamentalmente dois, um que o faz caminhar em direção à civilidade e o outro que o faz caminhar na direção contrária, contra toda sociedade e em direção da satisfação egoísta do ser humano. Portanto, estas paixões, que, compreendida em direção à civilidade, auxiliarão no estudo da origem do estado por tornar claro qual desejo do homem, ou “movimento interno chamado paixão” o faz formular um acordo político justo, isto é, um contrato social.
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