DEFINIÇÃO DE FILOSOFIA DA NATUREZA E EPISTEMOLOGIA EM HOBBES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Diogo Norberto Mesti da
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7059
Resumo: Segundo o fundamento do que seja ciência, o limite de um conhecimento demonstrativo das causas de algo em Hobbes está no cálculo privativo das coisas, i.e, nos eventos que tomam lugar internamente nos homens como fruto do seu próprio raciocínio e que se desligam da pretensão de encontrar o que a coisa é. Este abandono, que diz respeito ao esquecimento da essência de uma coisa, é uma divergência essencial entre Aristóteles e Hobbes, já que primeiro concebe como possível o conhecimento de seres cujos primeiros princípios são invariáveis: a ciência pura da essência do ser, daquilo que é; o segundo não, pois tem como base a sua teoria da definição privativa, que excluí este tipo de conhecimento aristotélico, lidando apenas com o cálculo de seres passíveis de variação, que são e não-são. O texto utilizado como um modelo exemplar para o desenvolvimento do nosso estudo é o De Corpore, texto no qual Hobbes explica da definição de filosofia no geral. Contudo, antes de expor a definição de filosofia propriamente dita é preciso reproduzir a fundamentação epistemológica feita por Hobbes, porque além disto ser o que torna possível algum conhecimento filosófico das coisas, ou da aparência delas, esta fundamentação serve para entender a episteme antiga de Aristóteles como sendo o oposto à filosofia moderna que Hobbes está defendendo. Oposição esta que persistirá até o desfecho do seu sistema no De Cive. Portanto, por uma retomada da episteme grega para explicar o que o cálculo de Hobbes está criticando, e como que ocorre uma novidade no assunto da filosofia e no seu universo de estudo como sendo o dos seres passíveis de privação, é necessário voltar para o esclarecimento da própria definição de filosofia em Hobbes como algo que se torna mais facilmente compreensível após esta oposição frente a Aristóteles.
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