DIVERGÊNCIA DE REGISTROS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE INTOXICAÇÕES ENTRE BANCOS DE DADOS: DATASUS E SINITOX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/6203 |
Resumo: | A incidência de intoxicações no Brasil não é bem conhecida. Esses agravos não são considerados de notificação compulsória pelo nosso sistema de saúde; as várias fontes de dados adotam classificações diferentes e nenhuma delas tem abrangência total da população. Os bancos de dados epidemiológicos oferecem um grande interesse social para a realização de pesquisas e representam fontes importantes que podem ser empregadas rotineiramente em estudos epidemiológicos e na vigilância de doenças e agravos à saúde. Entretanto, os registros da maioria dos países não refletem a real magnitude do problema, devido a fatores como a sub-notificação e a tendência de registro apenas dos casos mais agudos, com sinais clínicos mais exuberantes. O presente trabalho trata-se de um estudo de conglomerados cujo levantamento dos dados, referentes ao número de intoxicações registradas no Brasil no ano de 2007, foi obtido através da análise de tabelas disponibilizadas eletronicamente pelo DATASUS e pelo SINITOX em suas páginas oficiais. Os dados foram analisados quantitativamente, avaliando-se os seis principais grupos de agentes responsáveis pelas intoxicações de cada banco, procedendo-se a investigação das causas que determinam as divergências encontradas. A considerável diferença observada numericamente junto aos resultados obtidos pode ser explicada em virtude da forma com que são coletadas as informações por ambos os bancos de dados. Enquanto o DATASUS registra apenas os casos de intoxicações que são atendidos pelo Sistema Único de Saúde, o SINITOX é formado por uma rede muito mais ampla que cobre todo o território nacional. Além disso, o SINITOX trabalha coletando e registrando informações exclusivamente relacionadas aos casos de intoxicações enquanto que o DATASUS armazena e disponibiliza informações sobre diversos outros segmentos referentes à saúde da população. A divergência entre registros epidemiológicos certamente não fica restrita aos dados referentes às intoxicações, o que mostra que ainda há muito que ser feito para atingir um nível de informações seguras no que diz respeito ao perfil epidemiológico das intoxicações no Brasil. O simples intercâmbio de informações entre os bancos de dados e a criação de redes, cada vez mais específicas e focalizadas em aspectos definidos, podem ser apontadas como as principais saídas para que se tenham dados e registros toxicológicos cuja segurança e confiabilidade das informações deixem de ser dotadas de demasiadas variâncias. |
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