A PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO DE PACIENTES ASMÁTICOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOSSO, Fabricia Tissei
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7135
Resumo: A asma é uma patologia crônica e de natureza inflamatória que acomete as vias aéreas. Atualmente, é considerado um sério problema de saúde pública devido a sua alta incidência, cerca de 10 % da população mundial, e elevada morbidade. Estima-se que nos Estados Unidos, aproximadamente 5.000 pessoas morrem de asma por ano. No Brasil, dados do Ministério da Saúde demonstram uma incidência entorno de 2.000 mortes por ano. Outro dado importante é o elevado número de internações registradas por pacientes asmáticos. Em 1996, a asma representou a 4º causa de internamento nos hospitais do Sistema de Saúde Pública (SUS) o que representa um grande impacto nos recursos destinados a saúde pública. Apesar disso, as crises agudas passíveis de causarem hospitalizações e/ou óbitos podem ser prevenidos quando os pacientes são informados sobre a fisiopatologia e tratamento da doença. Dessa forma, a implementação de programas de educação destes pacientes tem reduzido, de forma significativa, a morbidade, sintomas e internações hospitalares. Objetivo e metodologia: Considerando que o enfermeiro apresenta um papel importante na educação em saúde e promoção da saúde coletiva, este trabalho teve por objetivo realizar uma breve revisão sobre a participação do enfermeiro em programas de educação destinados à pacientes asmáticos. Resultados: A educação em saúde é uma das principais atribuições do profissional de enfermagem, uma vez que este profissional atua como mediador entre a comunidade e o sistema de saúde local. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (1996) destacam o enfermeiro como importante componente nos programas de educação destinados a pacientes asmáticos. Em tais programas, o enfermeiro tem participado isoladamente ou em conjunto com outros profissionais de saúde como médicos e fisioterapeutas. De Oliveira e colaboradores (1997 e 1999) implementaram um programa de educação a pacientes asmáticos no Hospital de São Paulo. De acordo com este programa, após as consultas, os pacientes assistiam palestras expositivas de 30 minutos de duração ministradas por enfermeiros. Após um ano de realização, foi observada uma sensível redução (53 %) do número de internações e crises agudas dos pacientes envolvidos no programa. Bittencourt e colaboradores (2002) implantaram um sistema de educação onde as palestras e instruções, ministradas pelo enfermeiro, foram realizadas na casa dos pacientes asmáticos cadastrados no programa. Neste estudo, foram envolvidos 26 asmáticos e, após seis meses de programa, houve uma melhora significativa na qualidade de vida, incidência de sintomas graves e hospitalizações destes pacientes. Conclusão: Apesar de a asma ser considerada uma doença grave que afeta profundamente a qualidade de vida do paciente, trata-se de uma doença que pode ser controlada desde que o paciente tenha conhecimentos básicos sobre a doença e seu tratamento. Os estudos acima demonstraram que o enfermeiro pode desempenhar essa importante função na educação de pacientes asmáticos e, dessa forma, mehorar a qualidade de vida destes pacientes reduzindo os gastos em saúde pública com os mesmos.
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