PERFIL DOS USUÁRIOS DE DIAZEPAM NO TRATAMENTO DA INSÔNIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Fabio Bahls
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: LAGUNA, Graziela Men, CATARINO, Priscila Giovana Borsato, MELLA JUNIOR, Sidney Edson, MELLA, Eliane Aparecida Campesato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7124
Resumo: A insônia é a dificuldade de iniciar e/ou manter o sono, com sono não reparador, ou seja, insuficiente para manter uma boa qualidade de alerta, bem estar físico e mental durante o dia, comprometendo o desempenho nas atividades diurnas. A prevalência da insônia se eleva notoriamente nos idosos. Os benzodiazepínicos são o grupo mais importante de fármacos utilizados para tratar tanto os estados de ansiedade como de insônia.A primeira droga desta classe a ser sintetizada foi o clordiazepóxido em 1961, seguida pelo diazepam em 1969, que ficou no topo da lista das drogas mais vendidas e prescritas por uma década. Além de hipnóticos, os benzodiazepínicos são indicados como sedativos no pré-operatório, como relaxantes musculares e anticonvulsivantes. Suas principais desvantagens são os efeitos duradouros de ressaca e o surgimento de dependência. Os benzodiazepínicos podem ser classificados quanto à duração do efeito em de ação longa e de ação curta. Os de ação curta são indicados para aqueles pacientes, que demoram para dormir (latência de sono prolongado), mas que uma vez instalado o sono, permanecem dormindo. E os de longa duração naqueles que despertam precocemente e tem dificuldade em voltar a dormir. Avaliar o perfil dos usuários de diazepam 10mg comprimido no Núcleo Integrado de Saúde (NIS II) de São Carlos do Ivaí. Análise dos balanços de psicotrópicos apresentados à vigilância Sanitária do NIS II de São Carlos do Ivaí– Pr no ano de 2003 e 2004. Paralelamente foi aplicado um questionário a 30 pacientes usuários do serviço de saúde municipal. Foi possível observar que o consumo de diazepam 10mg no ano de 2003 foi de 7320 comprimidos na mulheres (71%) e de 2940 nos homens (29%). Já no ano de 2004 o consumo entre as mulheres se manteve estável, 7393 comprimidos (61% do consumo total) enquanto que nos homens o consumo subiu para 4717 (39% do total consumido). Na faixa etária entre 30 a 50 anos no sexo feminino houve uma diminuição do número de usuários de 59 pacientes em 2003 para 40 em 2004. Essa queda equivale a 47,5% dos usuários, podendo ser decorrente tanto do envelhecimento dos usuários, como pela real diminuição do consumo. Já o sexo masculino teve um aumento significativo tanto na faixa etária de mais de 50 anos, quanto na faixa de 30 a 50 anos passando de 15 pacientes em 2003 para 26 pacientes em 2004, correspondendo a um aumento de 73,6% dos usuários entre 30 a 50 anos. A avaliação mostrou que os homens são os responsáveis pelo aumento total no consumo de diazepam 10mg comprimido de 2003 para 2004. De acordo com a pesquisa feita aos usuários, a queixa mais frequente é de insônia, seguida pela ansiedade. Dos 30 entrevistados, 17 estavam tomando o diazepam para insônia, 6 usavam como ansiolítico e hipnótico e os 7 restantes para ansiedade. O principal sintoma relatado na ausência da medicação foi à cefaléia e a irritabilidade apontada por 60% dos pacientes. Apenas 16% dos pacientes apresentaram confusão quando estavam usando o diazepam 10mg comprimido, o restante não apresentou nenhum tipo de sintoma. Através deste estudo pode-se concluir que o consumo de diazepam 10mg comprimidos prevalece nas mulheres, mas que o mesmo vem aumentando nos homens. Tanto no sexo feminino quanto no masculino, há a predominância de utilização nos indivíduos acima de 50 anos.
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