ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital Unicesumar |
Texto Completo: | http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7551 |
Resumo: | As isoformas I e II da enzima NO-sintase, se encontram na junção neuromuscular distribuídas respectivamente na musculatura esquelética e terminal nervoso motor (TNM) onde o óxido nítrico (NO) aumenta (ação pré-sináptica) e/ou diminui (ação pós-sináptica) a amplitude das contrações musculares de preparações nervo frênico-diafragma indiretamente estimuladas com pulsos de baixas freqüências. O NO através da via guanilato ciclase-GMPc, aumenta a liberação de Acetilcolina (Ac) a partir do TNM que agindo sobre receptores muscarínicos pré-juncionais, induz à Inibição de Wedensky. Através de registros miográficos mostrou-se que o NO é capaz de controlar a transmissão neuromuscular. Estes estudos foram sempre executados e analisados a partir de registros miográficos. Deste modo, tornou-se necessário à utilização de métodos mais sensíveis, como a utilização de radioisótopos para comprovar que os efeitos neuronais do NO dependem de sua interferência sobre a liberação de Ac a partir do TNM e que estes efeitos podem ter relação com a adenosina. Assim, este trabalho buscou através da utilização de doadores endógenos e exógenos de NO, como este gás pode interferir na autoregulação colinérgica e adenosínica do TNM em diferentes freqüências de estimulação. METODOLOGIA: Preparações nervo frênico diafragma obtidas de ratos Wistar de acordo com a metodologia proposta por Wesssler & Kilbinger (1986) e modificada por Correia-de-Sá et al. (1991). A preparação foi infundida com solução de Tyrode, e borbulhamento de mistura carbogênica. O TNM foi marcado com 1 μM [3H]-choline, sob estímulos de 1Hz durante 40 min. As preparações novamente perfundidas porém os estímulos foram interrompidos. Neste instante, hemicholinium-3 10 μM foi adicionado. Em seguida, as amostras da cuba foram capturadas a cada 3 min. Alíquotas das amostras foram adicionadas ao Cintilador Packard Insta Gel II e a radioatividade foi medida. O nervo frênico foi estimulado com pulsos de 5 e 50Hz aos 12 min (S1) e aos 39 min (S2) da interrupção da perfusão. Os antagonistas AF-DX 116 e ZM241385 foram adicionados 25 min antes de S1 e os agonistas aos 16 min de S2. Os efeitos dos agentes foram determinados e expressos pelo cálculo da razão S2/S1 e pela taxa de liberação de [3H]-ACh durante o segundo e primeiro período de estimulação. RESULTADOS: Foi observado que o NO deprime a função contrátil da musculatura esquelética, e que sua ação é potencializada com o aumento da estimulação do TNM. Com a utilização de um bloqueador da via NO-sintase, os efeitos da L-arginina (L-arg) na função contrátil foram revertidos. Sob condições de estímulos de 50Hz, o antagonista muscarínico AF-DX 116, reverteu os efeitos da L-arg. e facilitou a liberação de Ac a partir do TNM. A adenosina desaminase teve uma atividade mais pronunciada sob estímulos de 5Hz, onde preveniu os efeitos da L-arg assim como o antagonista seletivo de receptor de adenosina A1 (DPCPX). Por outro lado, a ativação de receptores A2A parece ser essencial para se observar à inibição da libertação de Ac pelo NO durante estímulos de freqüência mais elevada (50 Hz), já que o efeito inibitório da L-Arg foi significativamente atenuado pelo ZM241385, mas não pela DPCPX. CONCLUSÃO: O NO neuronal inibe a transmissão neuromuscular por diminuir a liberação de Ac a partir do TNM. A ação inibitória do NO é maior com o aumento da freqüência de estimulação do nervo e pode ser mediada pela ativação de autorreceptores muscarínicos M2 e adenosínicos A2A |
id |
UNICESU-1_f43a3a389ce28d8b2acb1a78efa5d892 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/7551 |
network_acronym_str |
UNICESU-1 |
network_name_str |
Repositório Digital Unicesumar |
repository_id_str |
|
spelling |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOSTransmissão neuromuscularMúsculo esqueléticoAdenosinaAs isoformas I e II da enzima NO-sintase, se encontram na junção neuromuscular distribuídas respectivamente na musculatura esquelética e terminal nervoso motor (TNM) onde o óxido nítrico (NO) aumenta (ação pré-sináptica) e/ou diminui (ação pós-sináptica) a amplitude das contrações musculares de preparações nervo frênico-diafragma indiretamente estimuladas com pulsos de baixas freqüências. O NO através da via guanilato ciclase-GMPc, aumenta a liberação de Acetilcolina (Ac) a partir do TNM que agindo sobre receptores muscarínicos pré-juncionais, induz à Inibição de Wedensky. Através de registros miográficos mostrou-se que o NO é capaz de controlar a transmissão neuromuscular. Estes estudos foram sempre executados e analisados a partir de registros miográficos. Deste modo, tornou-se necessário à utilização de métodos mais sensíveis, como a utilização de radioisótopos para comprovar que os efeitos neuronais do NO dependem de sua interferência sobre a liberação de Ac a partir do TNM e que estes efeitos podem ter relação com a adenosina. Assim, este trabalho buscou através da utilização de doadores endógenos e exógenos de NO, como este gás pode interferir na autoregulação colinérgica e adenosínica do TNM em diferentes freqüências de estimulação. METODOLOGIA: Preparações nervo frênico diafragma obtidas de ratos Wistar de acordo com a metodologia proposta por Wesssler & Kilbinger (1986) e modificada por Correia-de-Sá et al. (1991). A preparação foi infundida com solução de Tyrode, e borbulhamento de mistura carbogênica. O TNM foi marcado com 1 μM [3H]-choline, sob estímulos de 1Hz durante 40 min. As preparações novamente perfundidas porém os estímulos foram interrompidos. Neste instante, hemicholinium-3 10 μM foi adicionado. Em seguida, as amostras da cuba foram capturadas a cada 3 min. Alíquotas das amostras foram adicionadas ao Cintilador Packard Insta Gel II e a radioatividade foi medida. O nervo frênico foi estimulado com pulsos de 5 e 50Hz aos 12 min (S1) e aos 39 min (S2) da interrupção da perfusão. Os antagonistas AF-DX 116 e ZM241385 foram adicionados 25 min antes de S1 e os agonistas aos 16 min de S2. Os efeitos dos agentes foram determinados e expressos pelo cálculo da razão S2/S1 e pela taxa de liberação de [3H]-ACh durante o segundo e primeiro período de estimulação. RESULTADOS: Foi observado que o NO deprime a função contrátil da musculatura esquelética, e que sua ação é potencializada com o aumento da estimulação do TNM. Com a utilização de um bloqueador da via NO-sintase, os efeitos da L-arginina (L-arg) na função contrátil foram revertidos. Sob condições de estímulos de 50Hz, o antagonista muscarínico AF-DX 116, reverteu os efeitos da L-arg. e facilitou a liberação de Ac a partir do TNM. A adenosina desaminase teve uma atividade mais pronunciada sob estímulos de 5Hz, onde preveniu os efeitos da L-arg assim como o antagonista seletivo de receptor de adenosina A1 (DPCPX). Por outro lado, a ativação de receptores A2A parece ser essencial para se observar à inibição da libertação de Ac pelo NO durante estímulos de freqüência mais elevada (50 Hz), já que o efeito inibitório da L-Arg foi significativamente atenuado pelo ZM241385, mas não pela DPCPX. CONCLUSÃO: O NO neuronal inibe a transmissão neuromuscular por diminuir a liberação de Ac a partir do TNM. A ação inibitória do NO é maior com o aumento da freqüência de estimulação do nervo e pode ser mediada pela ativação de autorreceptores muscarínicos M2 e adenosínicos A2AUNIVERSIDADE CESUMARBrasilUNICESUMAR2021-02-16T12:21:51Z2005-10-192021-02-16T12:21:51Z2005-10-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfPresencialhttp://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7551porGOMES, Maurício FabioSILVA, Mariana Clivati daFURLAN, Aline DanieleMELLA, Eliane Aparecida CampesattoPRADO, Wilson Alves doinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital Unicesumarinstname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)instacron:UniCesumar2021-02-17T06:01:52Zoai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/7551Repositório InstitucionalPRIhttp://rdu.unicesumar.edu.br/oai/requestopendoar:2021-02-17T06:01:52Repositório Digital Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
title |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
spellingShingle |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS GOMES, Maurício Fabio Transmissão neuromuscular Músculo esquelético Adenosina |
title_short |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
title_full |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
title_fullStr |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
title_full_unstemmed |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
title_sort |
ESTUDO DOS EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LIBERAÇÃO EVOCADA DE 3H-ACETILCOLINA NO TERMINAL NERVOSO MOTOR E A POSSÍVEL INTERAÇÃO COM A ADENOSINA E RECEPTORES MUSCARÍNICOS |
author |
GOMES, Maurício Fabio |
author_facet |
GOMES, Maurício Fabio SILVA, Mariana Clivati da FURLAN, Aline Daniele MELLA, Eliane Aparecida Campesatto PRADO, Wilson Alves do |
author_role |
author |
author2 |
SILVA, Mariana Clivati da FURLAN, Aline Daniele MELLA, Eliane Aparecida Campesatto PRADO, Wilson Alves do |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
GOMES, Maurício Fabio SILVA, Mariana Clivati da FURLAN, Aline Daniele MELLA, Eliane Aparecida Campesatto PRADO, Wilson Alves do |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transmissão neuromuscular Músculo esquelético Adenosina |
topic |
Transmissão neuromuscular Músculo esquelético Adenosina |
description |
As isoformas I e II da enzima NO-sintase, se encontram na junção neuromuscular distribuídas respectivamente na musculatura esquelética e terminal nervoso motor (TNM) onde o óxido nítrico (NO) aumenta (ação pré-sináptica) e/ou diminui (ação pós-sináptica) a amplitude das contrações musculares de preparações nervo frênico-diafragma indiretamente estimuladas com pulsos de baixas freqüências. O NO através da via guanilato ciclase-GMPc, aumenta a liberação de Acetilcolina (Ac) a partir do TNM que agindo sobre receptores muscarínicos pré-juncionais, induz à Inibição de Wedensky. Através de registros miográficos mostrou-se que o NO é capaz de controlar a transmissão neuromuscular. Estes estudos foram sempre executados e analisados a partir de registros miográficos. Deste modo, tornou-se necessário à utilização de métodos mais sensíveis, como a utilização de radioisótopos para comprovar que os efeitos neuronais do NO dependem de sua interferência sobre a liberação de Ac a partir do TNM e que estes efeitos podem ter relação com a adenosina. Assim, este trabalho buscou através da utilização de doadores endógenos e exógenos de NO, como este gás pode interferir na autoregulação colinérgica e adenosínica do TNM em diferentes freqüências de estimulação. METODOLOGIA: Preparações nervo frênico diafragma obtidas de ratos Wistar de acordo com a metodologia proposta por Wesssler & Kilbinger (1986) e modificada por Correia-de-Sá et al. (1991). A preparação foi infundida com solução de Tyrode, e borbulhamento de mistura carbogênica. O TNM foi marcado com 1 μM [3H]-choline, sob estímulos de 1Hz durante 40 min. As preparações novamente perfundidas porém os estímulos foram interrompidos. Neste instante, hemicholinium-3 10 μM foi adicionado. Em seguida, as amostras da cuba foram capturadas a cada 3 min. Alíquotas das amostras foram adicionadas ao Cintilador Packard Insta Gel II e a radioatividade foi medida. O nervo frênico foi estimulado com pulsos de 5 e 50Hz aos 12 min (S1) e aos 39 min (S2) da interrupção da perfusão. Os antagonistas AF-DX 116 e ZM241385 foram adicionados 25 min antes de S1 e os agonistas aos 16 min de S2. Os efeitos dos agentes foram determinados e expressos pelo cálculo da razão S2/S1 e pela taxa de liberação de [3H]-ACh durante o segundo e primeiro período de estimulação. RESULTADOS: Foi observado que o NO deprime a função contrátil da musculatura esquelética, e que sua ação é potencializada com o aumento da estimulação do TNM. Com a utilização de um bloqueador da via NO-sintase, os efeitos da L-arginina (L-arg) na função contrátil foram revertidos. Sob condições de estímulos de 50Hz, o antagonista muscarínico AF-DX 116, reverteu os efeitos da L-arg. e facilitou a liberação de Ac a partir do TNM. A adenosina desaminase teve uma atividade mais pronunciada sob estímulos de 5Hz, onde preveniu os efeitos da L-arg assim como o antagonista seletivo de receptor de adenosina A1 (DPCPX). Por outro lado, a ativação de receptores A2A parece ser essencial para se observar à inibição da libertação de Ac pelo NO durante estímulos de freqüência mais elevada (50 Hz), já que o efeito inibitório da L-Arg foi significativamente atenuado pelo ZM241385, mas não pela DPCPX. CONCLUSÃO: O NO neuronal inibe a transmissão neuromuscular por diminuir a liberação de Ac a partir do TNM. A ação inibitória do NO é maior com o aumento da freqüência de estimulação do nervo e pode ser mediada pela ativação de autorreceptores muscarínicos M2 e adenosínicos A2A |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-10-19 2005-10-19 2021-02-16T12:21:51Z 2021-02-16T12:21:51Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
Presencial http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7551 |
identifier_str_mv |
Presencial |
url |
http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7551 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE CESUMAR Brasil UNICESUMAR |
publisher.none.fl_str_mv |
UNIVERSIDADE CESUMAR Brasil UNICESUMAR |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Digital Unicesumar instname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) instacron:UniCesumar |
instname_str |
Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) |
instacron_str |
UniCesumar |
institution |
UniCesumar |
reponame_str |
Repositório Digital Unicesumar |
collection |
Repositório Digital Unicesumar |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Digital Unicesumar - Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813098729524166656 |