Avaliação da transferência passiva de anticorpos pela ingestão de colostro em equinos no Distrito Federal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiza Alves Panta Vasconcelos, Ana
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pires Lôbo, Raianny, Henrique Camara Saquetti, Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Programa de Iniciação Científica - PIC/UniCEUB - Relatórios de Pesquisa
Texto Completo: https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pic/article/view/7591
Resumo: No Brasil, o comércio que envolve a criação e utilização do cavalo ocupa uma posição de destaque, contando com um rebanho de 5,8 milhões de cabeças e mobilizando ao ano R$ 16 bilhões (MAPA, 2016). Neste contexto de importância da equideocultura, crescentes estudos científicos alertam para melhorias técnicas na qualidade produtiva da criação dos equinos, em especial da vida fetal até o nascimento. Isso porque 50% das perdas de um criatório e redução de produtividade estão relacionadas às Falhas de Transferência de Imunidade Passiva (FTIP), evento concentrado nas primeiras horas de vida dos neonatos e sua adequada imunização via colostro materno (COHEN, 1994; GOMES et al., 2010). As FTIP elevam a ocorrência de algumas enfermidades como enterites, pneumonias bacterianas, septicemia e artrite séptica, caracterizadas por acometerem esses animais em suas primeiras três semanas de vida, causando diminuição na taxa de crescimento, perda de rendimento, podendo levar a óbito e gerar grandes perdas econômicas ao criador, considerando também os altos gastos com tratamento (NATH, ANDERSON, SAVAGE amp; MCKINNON, 2010). Para realização do experimento, foi coletada uma amostra de sangue de cada égua genitora, totalizando dez éguas, e amostras de seus respectivos potros logo após o nascimento, às 12, 24 horas, 15 e 30 dias de vida e dosados os níveis de Proteína Totais e Frações. Não foram observados casos de FTPI, dos potros analisados no experimento, dois apresentaram níveis elevados de proteínas plasmáticas totais e globulinas logo após o nascimento, indicando exposição intra-uterina a antígenos. Aos 30 dias de vida foi observado um aumento dos níveis de proteínas totais e globulinas nos potros, indicando uma produção endógena de imunoglobulinas maior do que o catabolismo de imunoglobulinas adquiridas. Também não foi observada relação entre os níveis de proteínas plasmáticas totais e globulinas das éguas genitoras e de seus respectivos potros após a ingestão do colostro. Portanto, verificou-se que a oferta de colostro em tempo hábil corrobora para um melhor aproveitamento do neonato, uma vez que este foi suficiente para prover a imunidade necessária, porém, esta imunidade não se prolongou, indicado pela elevação de globulinas endógenas aos 30 dias. Isso pode se dar pela qualidade do colostro, que não foi suficiente para suprimir a imunidade endógena do potro. Dessa forma se faz importante a análise do colostro em estudos futuros, definindo a relação de sua qualidade com os níveis séricos de imunoglobulinas maternas e quantificando quanto dessas imunoglobulinas efetivamente chega ao neonato.
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