O debate sobre as minorias sexuais e de gênero na graduação em medicina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dantas, Arthur Igor Alves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4146
Resumo: O panorama atual da saúde das minoriassexuais e de gênero na graduação em Medicina mostra-se centrado em um modelo organicista e cisheteronormativo, dotado de uma visão reducionista da sexualidade, que a limita a um viés unicamente reprodutivo e patológico, de forma a produzir e fomentar a naturalização da discriminação contra as pessoas que não pertencem a esse grupo, isto é, às pessoas LGBTQIA+, e a dificultar, por parte dos estudantes e profissionais, o reconhecimento da diversidade humana e o exercício da assistência em saúde universal. Desse modo, esse trabalho tem como objetivo descrever o debate sobre as minorias sexuais e de gênero na graduação em Medicina de uma instituiçãoprivada de ensino da Paraíba. Para isso, foirealizada uma pesquisa de campo observacional transversal, descritiva e de abordagem qualitativa, no período de abrila maiode 2022. A população do estudo éformada pelos estudantes de Medicina do UNIPÊ, regularmente matriculados na disciplina de Atenção Primária em Saúde I (APS I) no semestre 2022.1, selecionados de forma não randômica e por conveniência, até a saturação teórica dos dados. Para a coleta dos dados, a técnica adotada foia de grupos focais, cuja discussão foiorientada por perguntas abertas elaboradas pelos pesquisadores, sendo o diálogo gravado no formato de áudio. Por sua vez, a análise desses dados foifeita por meioda análise de discurso. Esse estudo foisubmetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa (CEP/UNIPÊ)e aprovado em abril de 2022 (CAAE: 56697722.0.0000.5176).Foi observado que o ensino da sexualidade e das questões de gênero está inserido de maneira ampliada no currículo do UNIPÊ, de forma a valorizar a dimensão biopsicossocial da sexualidade, a discussão dos papeis de gênero, homofobia, identidadee cultura, o que promove,para os estudantes,um ambiente favorável para a desconstrução de estereótipos e o desenvolvimento de práticas inclusivas, através da aquisição de conhecimentos e habilidades clínicas, assim, contribuindo para o reconhecimento dadiversidade humana e o exercício da assistência universal em saúde por parte dos futuros profissionais. Dessa forma, conclui-se acerca da importância da inserção do debate sobre as minorias sexuais e de gênero na educação médica, a fim de transformaro atual contexto cisheteronormativo, excludente e discriminatório das universidades, desconstruindo o processo pelo qual alguns sujeitos se tornam normalizados e outros marginalizados.
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spelling 2022-11-17T13:24:07Z2022-11-192022-11-17T13:24:07Z2022-06-18DANTAS, Arthur Igor Alves. O debate sobre as minorias sexuais e de gênero na graduação em medicina. 36 P. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Medicina) - Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, João Pessoa, 2022.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4146O panorama atual da saúde das minoriassexuais e de gênero na graduação em Medicina mostra-se centrado em um modelo organicista e cisheteronormativo, dotado de uma visão reducionista da sexualidade, que a limita a um viés unicamente reprodutivo e patológico, de forma a produzir e fomentar a naturalização da discriminação contra as pessoas que não pertencem a esse grupo, isto é, às pessoas LGBTQIA+, e a dificultar, por parte dos estudantes e profissionais, o reconhecimento da diversidade humana e o exercício da assistência em saúde universal. Desse modo, esse trabalho tem como objetivo descrever o debate sobre as minorias sexuais e de gênero na graduação em Medicina de uma instituiçãoprivada de ensino da Paraíba. Para isso, foirealizada uma pesquisa de campo observacional transversal, descritiva e de abordagem qualitativa, no período de abrila maiode 2022. A população do estudo éformada pelos estudantes de Medicina do UNIPÊ, regularmente matriculados na disciplina de Atenção Primária em Saúde I (APS I) no semestre 2022.1, selecionados de forma não randômica e por conveniência, até a saturação teórica dos dados. Para a coleta dos dados, a técnica adotada foia de grupos focais, cuja discussão foiorientada por perguntas abertas elaboradas pelos pesquisadores, sendo o diálogo gravado no formato de áudio. Por sua vez, a análise desses dados foifeita por meioda análise de discurso. Esse estudo foisubmetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa (CEP/UNIPÊ)e aprovado em abril de 2022 (CAAE: 56697722.0.0000.5176).Foi observado que o ensino da sexualidade e das questões de gênero está inserido de maneira ampliada no currículo do UNIPÊ, de forma a valorizar a dimensão biopsicossocial da sexualidade, a discussão dos papeis de gênero, homofobia, identidadee cultura, o que promove,para os estudantes,um ambiente favorável para a desconstrução de estereótipos e o desenvolvimento de práticas inclusivas, através da aquisição de conhecimentos e habilidades clínicas, assim, contribuindo para o reconhecimento dadiversidade humana e o exercício da assistência universal em saúde por parte dos futuros profissionais. Dessa forma, conclui-se acerca da importância da inserção do debate sobre as minorias sexuais e de gênero na educação médica, a fim de transformaro atual contexto cisheteronormativo, excludente e discriminatório das universidades, desconstruindo o processo pelo qual alguns sujeitos se tornam normalizados e outros marginalizados.The current panorama of the health of sexual and gender minorities in medical degree is centered on an biologicaland cishetero-normative model, endowed with a reductionist view of sexuality, which limits it to a solely reproductive and pathological bias, to produce and to encourage the normalizationof discrimination against people who do not belong to thisgroup, that isLGBTQIA+ people, and to make it difficult forstudents and professionals, to recognize human diversity and the exercise of universal health care. Thus, this work aims to describe the debate on sexual and gender minorities in medical graduation at a private teaching institution in “Paraíba”. For this, a cross-sectional, descriptive and qualitative observational field research wascarried out, from Aprilto May2022. The study population isformed bymedicalstudentsat “UNIPÊ”, regularly enrolled in the disciplineof “Atenção Primária em Saúde I(APS I)”in semester 2022.1, selected non-randomly and for convenience, until theoretical data saturation. For data collection, the technique adopted wasthat focus groups, whose discussion wasguided by open questions prepared by the researchers, with the dialogue recorded in audio format. In turn, the analysis of these data was carried out through discourse analysis. This study wassubmitted for evaluation by the Research Ethics Committee of the “Centro Universitário de João Pessoa (CEP/UNIPÊ)”, and approved in April 2022 (CAAE: 56697722.0.0000.5176). It was observed thatthe teaching of sexuality and gender issues is inserted broadly in curriculumof the “UNIPÊ”, to value the biopsychosocial dimension of sexuality, the discussion of gender roles, homophobia, identity and culture, which promotes, forthestudents, a favorable environment for the deconstruction of stereotypes and the development of inclusive practices, through the acquisition of knowledge and clinical skills, thus,contributing to the recognition of human diversity and the exercise of universal health care by future professionals. In this way, it is concluded about the importance of inserting the debate on sexual and gender minorities in medical education,to transform the current cishetero-normative, excluding and discriminatory context of universities, deconstructing the process by which some individualsbecome normalized and others marginalized.porCentro Universitário de João PessoaUNIPÊBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAeducação médicaLGBTQIA+atenção primária em saúdeO debate sobre as minorias sexuais e de gênero na graduação em medicinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisAguiar, Michelle Salles Barros dehttp://lattes.cnpq.br/3112227481637500http://lattes.cnpq.br/0286569599025521Dantas, Arthur Igor AlvesBENEDETTI, Marcos Renato. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST entre Gays HSH e Travestis. 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Porto Alegre: Artmed, 2017.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALArthur Igor Alves Dantas.pdfArthur Igor Alves Dantas.pdfapplication/pdf707510https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4146/1/Arthur%20Igor%20Alves%20Dantas.pdff52f16068ae68f7b0539a4d1316a4bc8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4146/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/41462022-11-17 10:50:11.626oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/4146Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2022-11-17T13:50:11Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
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