A importação de pneus usados aspectos legais e ambientais
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2325 |
Resumo: | O tema abordado neste estudo relaciona-se à legitimidade da proibição de importação de pneus usados imposta pelo governo brasileiro desde 1991, por normas infralegais, contrárias ao clamor das indústrias de reforma de pneus. Essas indústrias necessitam dos pneus usados como insumo e produto intermediário para a obtenção de espécie renovada, viabilizada nesses anos por decisões da justiça federal brasileira, sendo a proteção ao meio ambiente o fundamento das normas do governo e a economia de recursos naturais o fundamento dos reformadores de pneus. As indústrias de reforma alegam que não há quantidade suficiente de pneus usados para atender a demanda do setor; o governo alega que esses produtos trazem implícitas mazelas ambientais e de saúde pública, decorrentes da disposição inadequada dos mesmos ao final de sua vida útil, pois não há critério assegurando que a reforma de pneus não seja um agravante ao aumento do passivo ambiental, já existente no país, oriundo da produção interna e importação de pneus novos. O tema em questão neste estudo, objeto de projetos de lei contra e a favor da importação e de audiências públicas no parlamento brasileiro; de discussões intermináveis em salas de aula, bares ou cafés, possui forte apelo ideológico nos meios de comunicação de massa, sob indisfarçável patrocínio de empresas transnacionais como Goodyear, Firestone, Pirelli e Michelin, que controlam o mercado brasileiro há mais de um século, fomentando, pela ideologia, a atuação do Estado por seus aparelhos repressivos em missão quase jesuítica contra o desenvolvimento tecnológico desse setor que já ocupa lugar de destaque nos países sede destas empresas transnacionais. Nem o estabelecimento do compromisso de responsabilidade ambiental pós-consumo, inserido no ordenamento jurídico brasileiro por conquista das indústrias de reforma junto aos conselheiros do CONAMA, pela Resolução nº 258/99, que obriga os produtores nacionais e importadores de pneus, inclusive de pneus usados sob ordens judiciais, dar destinação final de maneira ambientalmente adequada aos pneus inservíveis, em quantidades proporcionais aos pneus que colocam no mercado, foi forte o suficiente para demover a ideologia que doutrinou alguns setores do governo e autoridades jurisdicionais a se posicionar radicalmente contra a importação de pneus usados na crença fundamentalista de defender o meio ambiente quando na prática defendem interesses econômicos e reserva de mercado das empresas citadas. Procurou-se analisar, sob o ponto de vista jurídico e de gestão ambiental, com grande amplitude política, se as normas proibitivas do Poder Executivo estão alinhadas com o ordenamento jurídico brasileiro, entendido este como um sistema uno e harmônico de leis e regulamentos, como também se essas normas proibitivas não ferem os preceitos constitucionais, pois a intervenção na iniciativa privada e no direito de escolha dos produtores de pneus reformados, sob a bandeira da proteção ambiental, pode estar camuflando interesses econômicos dos fabricantes e importadores de pneus novos, que perderam significativa fatia de mercado para os produtores de pneus reformados, acirrada com a utilização dos pneus usados importados que aditivaram qualidade, durabilidade e segurança ao produto final. |
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As indústrias de reforma alegam que não há quantidade suficiente de pneus usados para atender a demanda do setor; o governo alega que esses produtos trazem implícitas mazelas ambientais e de saúde pública, decorrentes da disposição inadequada dos mesmos ao final de sua vida útil, pois não há critério assegurando que a reforma de pneus não seja um agravante ao aumento do passivo ambiental, já existente no país, oriundo da produção interna e importação de pneus novos. O tema em questão neste estudo, objeto de projetos de lei contra e a favor da importação e de audiências públicas no parlamento brasileiro; de discussões intermináveis em salas de aula, bares ou cafés, possui forte apelo ideológico nos meios de comunicação de massa, sob indisfarçável patrocínio de empresas transnacionais como Goodyear, Firestone, Pirelli e Michelin, que controlam o mercado brasileiro há mais de um século, fomentando, pela ideologia, a atuação do Estado por seus aparelhos repressivos em missão quase jesuítica contra o desenvolvimento tecnológico desse setor que já ocupa lugar de destaque nos países sede destas empresas transnacionais. Nem o estabelecimento do compromisso de responsabilidade ambiental pós-consumo, inserido no ordenamento jurídico brasileiro por conquista das indústrias de reforma junto aos conselheiros do CONAMA, pela Resolução nº 258/99, que obriga os produtores nacionais e importadores de pneus, inclusive de pneus usados sob ordens judiciais, dar destinação final de maneira ambientalmente adequada aos pneus inservíveis, em quantidades proporcionais aos pneus que colocam no mercado, foi forte o suficiente para demover a ideologia que doutrinou alguns setores do governo e autoridades jurisdicionais a se posicionar radicalmente contra a importação de pneus usados na crença fundamentalista de defender o meio ambiente quando na prática defendem interesses econômicos e reserva de mercado das empresas citadas. Procurou-se analisar, sob o ponto de vista jurídico e de gestão ambiental, com grande amplitude política, se as normas proibitivas do Poder Executivo estão alinhadas com o ordenamento jurídico brasileiro, entendido este como um sistema uno e harmônico de leis e regulamentos, como também se essas normas proibitivas não ferem os preceitos constitucionais, pois a intervenção na iniciativa privada e no direito de escolha dos produtores de pneus reformados, sob a bandeira da proteção ambiental, pode estar camuflando interesses econômicos dos fabricantes e importadores de pneus novos, que perderam significativa fatia de mercado para os produtores de pneus reformados, acirrada com a utilização dos pneus usados importados que aditivaram qualidade, durabilidade e segurança ao produto final.The subject presented in this study refers to legal aspects of import prohibition of used tires and casings used as raw material by reprocessing industries, imposed since 1991 by the Brazilian Government by means of infra-legal directives. These imports have been possible during many years through legal decisions at Federal Court while the government claims environmental protection and tire reprocessing industries claim management of natural resources. Tire reprocessing companies claim that there is not enough quantity of used tires to meet market demand, while the government claims that these goods cause great deal of damage to environment and public health due to their inadequate disposal because there are no safe criteria proving that tires reprocessing does not increase the country’s existing environmental liability derived from domestic new tire production and new tires import. This theme has been subject of bills in favor and against importing used tires, as well as public hearings in Brazilian Congress, endless discussions in classrooms, bars and coffeeshops, and it has a strong ideological appeal in mass media, under the unconcealable sponsorship of multinational giants such as Goodyear, Firestone, Pirelli and Michelin, which have controlled Brazilian market for almost a century, thus promoting, by ideology, influence on government and its repressive devices against the technological development of the area that has reached notability in countries where these multinational companies had originated. Despite the commitment of post consumption environmental responsibility act introduced in Brazilian legal system by merit of reprocessing industries before CONAMA’s counselors, through Resolution 258/99, which obliges domestic new tire producers and tire importers, including those importing used tires by means of licenses obtained through court decisions, to dispose scrap tires in an environmentally friendly way and in amounts proportional to the amount of tires placed in the market, was not strong enough to dissuade the ideology that has indoctrinated some sectors in government and legal authorities to position themselves radically against importing used tires being aware that this would protect the environment when, in practice, it defends economical interests and market share of those multinational companies. We aimed to analyze, under legal and environmental points of view, with great political extension, if prohibitive directives of Executive Power are in accordance with Brazilian legal system, as a whole and harmonious system of laws and regulations, as well as if these prohibitive directives are not against mentioned constitutional precepts due to intervention in private enterprises and in tire reprocessing companies’ right of choice, based on environmental protection reasons, may camouflage economical interests of new tires manufacturers and importers, who have lost a significant market share to reprocessing industries, incited by the use of used imported tires adding quality, durability and safety to the final product.porUniversidade PositivoPrograma de Pós-Graduação em Gestão AmbientalUPBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIAPneus – Gestão ambientalPneus – ReaproveitamentoA importação de pneus usados aspectos legais e ambientaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisBittencourt, André Virmond Limahttp://lattes.cnpq.br/2304114776847879http://lattes.cnpq.br/0887777392530279Costa, Ricardo Alípio dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALRicardo Alipio.pdfRicardo Alipio.pdfDissertaçãoapplication/pdf1067086http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2325/1/Ricardo%20Alipio.pdf1b7c5e5950552379e3c509cc7d5a4648MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2325/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/23252021-08-04 10:40:24.864oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/2325Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2021-08-04T13:40:24Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
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