Avaliação da prevalência e severidade da doença periodontal em gestantes de unidades de saúde da família do município de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Brasil

• Autor(a) principal: Soares, Sarah Pimenta
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/601
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA; Gestantes; Doença periodontal; Prevalência; Severidade

Nos últimos anos, pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de avaliar a doença periodontal durante a gestação, pois algumas alterações podem se tornar mais prevalentes. Há várias evidências na literatura científica de que Doenças Periodontais (DP) podem ser fator predisponente para o desenvolvimento ou exacerbação de problemas de saúde, dentre eles, a ocorrência de partos prematuros/bebês de baixo-peso. O objetivo desta pesquisa foi determinar a prevalência e a severidade da doença periodontal e associar a DP com as variáveis de: hábitos de higiene bucal, conhecimentos e orientações prévias em gestantes atendidas nas Unidades de Saúde da Família no município de São Sebastião do Paraíso – MG. Participaram 90 gestantes cadastradas em três Unidades de Saúde da Família, com idade entre 16 a 40 anos. Foi realizada uma entrevista e, posteriormente, um exame para avaliação da condição periodontal utilizando-se de dois índices: os Índices Periodontal Comunitário (CPI) e Perda de Inserção Periodontal (PIP). Analisando-se o CPI, segundo o maior grau de condição periodontal, 100% das gestantes apresentavam algum problema periodontal, dentre esses, 31% apresentaram cálculo, correspondendo a um número médio de 1,87 sextante; 40% com bolsa periodontal de 4 a 5 mm de profundidade, média de 2,40 sextante; 29% com bolsa periodontal de 6 mm ou mais, média de 1,73 sextante. Em relação à Perda de Inserção Periodontal, 71% das gestantes apresentaram perda de inserção até 3 mm, correspondendo a um número médio de 4,28 sextantes; 14,50% com perda de inserção de 6 a 8 mm, média de 0,86 sextantes; 14,50% com perda de inserção de 9 a 11 mm, média de 0,86 sextantes. Portanto a severidade e a prevalência foram significantes, pois de acordo com o CPI, 69% das gestantes apresentaram dois em cada seis sextantes com bolsa maior que 4 mm e com o PIP, 71%, das gestantes apresentaram quatro em cada seis sextantes com perda de inserção de até 3 mm. De acordo com questionário observou-se um desconhecimento das gestantes quanto a importância do atendimento odontológico na gestação e necessitavam de orientações quanto aos cuidados com a saúde bucal. Não foram verificadas associações significativas entre hábitos de higiene bucal, conhecimentos prévios e acesso à assistência odontológica com a doença periodontal, de acordo, com o teste Qui-quadrado. Conclui-se que, existe a necessidade de implementação de um programa de atenção odontológica com ênfase na prevenção da doença periodontal e integração interdisciplinar entre cirurgião-dentista e médicos obstetras visando uma atenção à saúde bucal, com o intuito de promover ações de natureza educativo-preventivas.