A necrose hepática e renal induzida pelo uso indiscriminado de paracetamol (acetaminofeno)

• Autor(a) principal: Ribeiro, Giovana Ramos
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Pereira, Heloisa Fernandes, Bechara, Fabiana Moreira Nogueira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1474
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Paracetamol; Intoxicação; Falência hepática; Automedicação

A automedicação tem importante influência nos quadros de intoxicação, tendo em vista que a sua maioria ocorre entre os medicamentos isentos de prescrição, prevalecendo a classe farmacêutica dos analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINES). Dentro dessa classe, o medicamento com maior incidência de automedicação e intoxicação é o paracetamol. Dentro desse contexto, o objetivo do trabalho foi abordar a prática da automedicação, especialmente do medicamento paracetamol, e relacionar suas características farmacoterapêuticas com as intoxicações observadas no uso indiscriminado do medicamento por meio de uma revisão bibliográfica com pesquisa exploratória em livros acadêmicos, artigos e revistas cientificas, além das bases de dados ToxBase® e IBM Micromedex®. O paracetamol entrou no mercado farmacêutico brasileiro em 1974, pela indústria Janssen, sendo amplamente distribuído nas farmácias e drogarias e dispensado como medicamento isento de prescrição (MIP). Desta forma, seu consumo fora das doses recomendadas na literatura, pode desencadear uma intoxicação grave pela formação de um metabólito extremamente tóxico (N-acetil-p-benzoquinonaimina - NAPQI), com falência hepática e renal agudas. Diante da gravidade do quadro, o farmacêutico é imprescindível na orientação da comunidade em relação a automedicação e ao uso correto e seguro dos medicamentos, garantindo a segurança do paciente e a sua qualidade de vida.