Uma análise semiótica do Chanel Nº5 : do objeto embalagem ao discurso institucional

• Autor(a) principal: Malta, Fabrício Coelho
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/978
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA; Embalagem; Semiótica; Chanel; Marca

A presente pesquisa pretende analisar, com base no referencial teórico da semiótica francesa, as embalagens, secundária e primária, do perfume Chanel Nº5 e os discursos sobre o produto no site institucional da marca, a fim de identificar, descrever e analisar os valores da marca. A constituição do corpus se deu pela intrigante razão desta fragrância ser um dos perfumes mais sedutores, talvez o mais conhecido e o mais vendido no mundo. Assim, pretende-se comprovar, como as figuras relacionadas ao requinte, luxo, sedução e inovação, podem ser percebidas nas embalagens, repercutindo na marca. Para tanto, o corpus será composto pelas embalagens e seu discurso verbal, mais especificamente, do vídeo institucional, “Nº5 - Por dentro de Chanel”, delimitado aos trechos que tratam dos valores que o Chanel N° 5 constrói. Pretendemos assim, partindo de uma abordagem teórico-analítica do texto verbal e do texto sincrético, aplicar a metodologia sistematizada por Greimas em seu percurso gerativo do sentido, especialmente, o nível discursivo que abarca o nível das estruturas discursivas, para analisar a tematização e a figurativização. O design do frasco inspirado no estilo Art Déco, traz um visual solene, ultra simples e futurista. A tampa do frasco destaca um formato grande e facetado, um diamante. Verificou-se que a embalagem possui um discurso e uma linguagem própria, que agrega valores à marca, que há uma grande semelhança entre a embalagem e o look Chanel, relacionados pela oposição entre o “preto e o branco” e uma relação entre a liberdade no look Chanel, que transfere para a embalagem, passando do objeto em sua “forma física” a um artefato de desejo. De estilista, Chanel assume o papel temático de perfumista, criando uma nova fragrância, chegando à ascensão pelo reconhecimento de seu trabalho. Por meio das figuras e temas analisados e manifestados nas embalagens do perfume, verificou-se o frasco e a caixa do Chanel Nº5 como uma forte ferramenta de marketing, capaz de transmitir os valores da marca ao público a que se destina. Palavras-chave: embalagem, semiótica, Chanel, marca.