Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Henrique, Francisco Victor Cavalcante de Andrade
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1371
Resumo: A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara associada a uma anormalidade citogenética específica, conhecida como cromossomo Philadelphia. O advento dos inibidores da tirosina quinase (ITQ) revolucionou o tratamento destes pacientes no alcançe de remissões citogenéticas e moleculares duráveis e melhora substancialmente da sobrevida na maioria dos pacientes. O nilotinibe é um ITQ de segunda geração compondo a segunda linha de tratamento do quadro. Entretanto, ainda há poucas informações na literatura acerca do manejo da toxicidade destas drogas, e, portanto, ao se avaliar as opções de ITQ na terapêutica de pacientes com LMC, é necessário considerar diversos desfechos clinicamente relevantes. Este projeto teve como objetivo relatar a persistência do uso de nilotinibe diante das manifestações sistêmicas relacionadas ao seu uso em um paciente com LMC. Trata-se de um relato de caso, descritivo e qualitativo, realizado através de consulta em prontuário de um paciente no ambulatório de um serviço em hematologia de João Pessoa (PB). O estudo se caracterizou por um homem de 51 anos, assintomático, que foi encaminhado ao ambulatório de hematologia para avaliação de leucocitose persistente. Em janeiro de 2016, os resultados confirmaram o diagnóstico de LMC, fase crônica, iniciando uso de imatinibe. Após 3 meses, houve resposta subótima e decidiu-se a troca por nilotinibe. Em 30 dias, houve o aparecimento de lesões eritematosas difusas, em placas e pruriginosas, principalmente em troncos e membros superiores, que regrediram após uso de prednisona e retornavam após suspensão dela. Em dezembro de 2017, o paciente apresentou febre, leucocitose, elevação de marcadores inflamatórios e recrudescência das lesões cutâneas. Um ecocardiograma transtorácico sugeriu vegetação em valva mitral, e, após antibioticoterapia por 6 semanas e reintrodução do corticoide, já assintomático, o mesmo exame apontou inalteração da lesão valvar. Em sequência, uma PET-TC afastou atividade inflamatória ou infecciosa na valva, e foi decidido manter o ITQ em associação a prednisona, em dias alternados, e o paciente manteve-se assintomático, seguindo em acompanhamento clínico e laboratorial a cada 3 meses. Isto posto, foi possível concluir que diante da toxicidade encontrada pelo uso do nilotinibe, a continuidade da droga com associação ao corticoide oral proporcionou melhora dos efeitos de atividade inflamatória sistêmica apresentada pelo paciente durante a terapêutica. Logo, o benefício do ITQ superou os riscos da sua retirada no caso em questão e deve ser avaliado individualmente.
id UNICSUL-1_8d7a453ef7a5ea25d3121e74603a31f7
oai_identifier_str oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/1371
network_acronym_str UNICSUL-1
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
repository_id_str
spelling 2021-01-26T15:44:13Z2021-01-272021-01-26T15:44:13Z2020-07-17HENRIQUE, Francisco Victor Cavalcante de Andrade. Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso.2020. 20 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina)-Centro Universitário de João Pessoa -UNIPÊ, João Pessoa,2020.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1371A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara associada a uma anormalidade citogenética específica, conhecida como cromossomo Philadelphia. O advento dos inibidores da tirosina quinase (ITQ) revolucionou o tratamento destes pacientes no alcançe de remissões citogenéticas e moleculares duráveis e melhora substancialmente da sobrevida na maioria dos pacientes. O nilotinibe é um ITQ de segunda geração compondo a segunda linha de tratamento do quadro. Entretanto, ainda há poucas informações na literatura acerca do manejo da toxicidade destas drogas, e, portanto, ao se avaliar as opções de ITQ na terapêutica de pacientes com LMC, é necessário considerar diversos desfechos clinicamente relevantes. Este projeto teve como objetivo relatar a persistência do uso de nilotinibe diante das manifestações sistêmicas relacionadas ao seu uso em um paciente com LMC. Trata-se de um relato de caso, descritivo e qualitativo, realizado através de consulta em prontuário de um paciente no ambulatório de um serviço em hematologia de João Pessoa (PB). O estudo se caracterizou por um homem de 51 anos, assintomático, que foi encaminhado ao ambulatório de hematologia para avaliação de leucocitose persistente. Em janeiro de 2016, os resultados confirmaram o diagnóstico de LMC, fase crônica, iniciando uso de imatinibe. Após 3 meses, houve resposta subótima e decidiu-se a troca por nilotinibe. Em 30 dias, houve o aparecimento de lesões eritematosas difusas, em placas e pruriginosas, principalmente em troncos e membros superiores, que regrediram após uso de prednisona e retornavam após suspensão dela. Em dezembro de 2017, o paciente apresentou febre, leucocitose, elevação de marcadores inflamatórios e recrudescência das lesões cutâneas. Um ecocardiograma transtorácico sugeriu vegetação em valva mitral, e, após antibioticoterapia por 6 semanas e reintrodução do corticoide, já assintomático, o mesmo exame apontou inalteração da lesão valvar. Em sequência, uma PET-TC afastou atividade inflamatória ou infecciosa na valva, e foi decidido manter o ITQ em associação a prednisona, em dias alternados, e o paciente manteve-se assintomático, seguindo em acompanhamento clínico e laboratorial a cada 3 meses. Isto posto, foi possível concluir que diante da toxicidade encontrada pelo uso do nilotinibe, a continuidade da droga com associação ao corticoide oral proporcionou melhora dos efeitos de atividade inflamatória sistêmica apresentada pelo paciente durante a terapêutica. Logo, o benefício do ITQ superou os riscos da sua retirada no caso em questão e deve ser avaliado individualmente.Chronic myeloid leukemia (CML) is a rare myeloproliferative neoplasm associated with a specific cytogenetic abnormality known as the Philadelphia chromosome. The advent of tyrosine kinase inhibitors (ITK) revolutionized the treatment of these patients in achieving durable cytogenetic and molecular remissions and substantially improved survival in most patients. Nilotinib is a second-generation ITK composing the second line of treatment of the condition. However, there is still little information in the literature on the management of the toxicity of these drugs, and therefore, when evaluating the options of ITK in the therapy of patients with CML, it is necessary to consider several clinically relevant outcomes. This project aimed to report the persistence of the use of nilotinib in the face of systemic manifestations related to its use in a patient with CML. This is a descriptive and qualitative case report, carried out through the consultation of data from the medical records of a patient in the outpatient clinic of a hematology service in João Pessoa (PB). The study was characterized by a 51-year-old asymptomatic man who was referred to the hematology outpatient clinic for evaluation of persistent leukocytosis. In January 2016, the results confirmed the diagnosis of CML, chronic phase, initiating use of Imatinib. After 3 months, there was a suboptimal response and the exchange for Nilotinib was decided. In 30 days, diffuse erythematous lesions appeared on plaques and pruriginous, mainly in trunks and upper limbs, which regressed after the use of prednisone and returned after discontinuation of it. In December 2017, the patient presented fever, leukocytosis, elevation of inflammatory markers and recrudescence of skin lesions. A transthoracic echocardiogram suggested mitral valve vegetation, and after antibiotic therapy for 6 weeks and reintroduction of corticosteroids, already asymptomatic, the same examination indicated inalteration of the valve lesion. Subsequently, a PET-CT ruled out inflammatory or infectious activity in the valve, and it was decided to keep the ITK in association with prednisone on alternate days, and the patient remained asymptomatic, following clinical and laboratory follow-up every 3 months. That said, it was possible to conclude that, given the toxicity found by the use of nilotinib, the continuity of the drug with association with oral corticosteroids improved the effects of systemic inflammatory activity presented by the patient during therapy. Therefore, the benefit of ITK has outweighed the risks of its withdrawal in the case in question and should be assessed individually.Agência 1porCentro Universitário de João PessoaUNIPÊBrasilCNPQ::CIÊNCIAS DA SAÚDE::MEDICINALeucemia mielóideNilotinibePersistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de casoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBotelho, Luis Fábio Barbosahttp://lattes.cnpq.br/0650264893505816http://lattes.cnpq.br/5052006750241456Henrique, Francisco Victor Cavalcante de Andradeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALFrancisco Victor Cavalcante de A. Henrique_TCC.pdfFrancisco Victor Cavalcante de A. Henrique_TCC.pdfapplication/pdf294290http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1371/1/Francisco%20Victor%20Cavalcante%20de%20A.%20Henrique_TCC.pdf60e665c7f616b84870d597bcc3203fbfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1371/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/13712021-06-03 19:14:30.383oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/1371Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2021-06-03T22:14:30Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
title Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
spellingShingle Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
Henrique, Francisco Victor Cavalcante de Andrade
CNPQ::CIÊNCIAS DA SAÚDE::MEDICINA
Leucemia mielóide
Nilotinibe
title_short Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
title_full Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
title_fullStr Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
title_full_unstemmed Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
title_sort Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso
author Henrique, Francisco Victor Cavalcante de Andrade
author_facet Henrique, Francisco Victor Cavalcante de Andrade
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Botelho, Luis Fábio Barbosa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0650264893505816
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5052006750241456
dc.contributor.author.fl_str_mv Henrique, Francisco Victor Cavalcante de Andrade
contributor_str_mv Botelho, Luis Fábio Barbosa
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIÊNCIAS DA SAÚDE::MEDICINA
topic CNPQ::CIÊNCIAS DA SAÚDE::MEDICINA
Leucemia mielóide
Nilotinibe
dc.subject.por.fl_str_mv Leucemia mielóide
Nilotinibe
description A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara associada a uma anormalidade citogenética específica, conhecida como cromossomo Philadelphia. O advento dos inibidores da tirosina quinase (ITQ) revolucionou o tratamento destes pacientes no alcançe de remissões citogenéticas e moleculares duráveis e melhora substancialmente da sobrevida na maioria dos pacientes. O nilotinibe é um ITQ de segunda geração compondo a segunda linha de tratamento do quadro. Entretanto, ainda há poucas informações na literatura acerca do manejo da toxicidade destas drogas, e, portanto, ao se avaliar as opções de ITQ na terapêutica de pacientes com LMC, é necessário considerar diversos desfechos clinicamente relevantes. Este projeto teve como objetivo relatar a persistência do uso de nilotinibe diante das manifestações sistêmicas relacionadas ao seu uso em um paciente com LMC. Trata-se de um relato de caso, descritivo e qualitativo, realizado através de consulta em prontuário de um paciente no ambulatório de um serviço em hematologia de João Pessoa (PB). O estudo se caracterizou por um homem de 51 anos, assintomático, que foi encaminhado ao ambulatório de hematologia para avaliação de leucocitose persistente. Em janeiro de 2016, os resultados confirmaram o diagnóstico de LMC, fase crônica, iniciando uso de imatinibe. Após 3 meses, houve resposta subótima e decidiu-se a troca por nilotinibe. Em 30 dias, houve o aparecimento de lesões eritematosas difusas, em placas e pruriginosas, principalmente em troncos e membros superiores, que regrediram após uso de prednisona e retornavam após suspensão dela. Em dezembro de 2017, o paciente apresentou febre, leucocitose, elevação de marcadores inflamatórios e recrudescência das lesões cutâneas. Um ecocardiograma transtorácico sugeriu vegetação em valva mitral, e, após antibioticoterapia por 6 semanas e reintrodução do corticoide, já assintomático, o mesmo exame apontou inalteração da lesão valvar. Em sequência, uma PET-TC afastou atividade inflamatória ou infecciosa na valva, e foi decidido manter o ITQ em associação a prednisona, em dias alternados, e o paciente manteve-se assintomático, seguindo em acompanhamento clínico e laboratorial a cada 3 meses. Isto posto, foi possível concluir que diante da toxicidade encontrada pelo uso do nilotinibe, a continuidade da droga com associação ao corticoide oral proporcionou melhora dos efeitos de atividade inflamatória sistêmica apresentada pelo paciente durante a terapêutica. Logo, o benefício do ITQ superou os riscos da sua retirada no caso em questão e deve ser avaliado individualmente.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-07-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-01-26T15:44:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-01-27
2021-01-26T15:44:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv HENRIQUE, Francisco Victor Cavalcante de Andrade. Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso.2020. 20 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina)-Centro Universitário de João Pessoa -UNIPÊ, João Pessoa,2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1371
identifier_str_mv HENRIQUE, Francisco Victor Cavalcante de Andrade. Persistência do uso de nilotinibe frente ao acometimento sistêmico no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica: Um relato de caso.2020. 20 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina)-Centro Universitário de João Pessoa -UNIPÊ, João Pessoa,2020.
url https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1371
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro Universitário de João Pessoa
dc.publisher.initials.fl_str_mv UNIPÊ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Centro Universitário de João Pessoa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
instname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
instacron:UNICSUL
instname_str Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
instacron_str UNICSUL
institution UNICSUL
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
collection Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
bitstream.url.fl_str_mv http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1371/1/Francisco%20Victor%20Cavalcante%20de%20A.%20Henrique_TCC.pdf
http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1371/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 60e665c7f616b84870d597bcc3203fbf
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
repository.mail.fl_str_mv mary.pela@unicid.edu.br
_version_ 1801771125025275904