Efeitos da administração do óleo essencial de pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) landrum em modelo animal de câncer colorretal induzido por 1,2 dimetilhidrazina (DMH)

• Autor(a) principal: Souza, Alana Serrano Campelo de
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2261
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL; Biotecnologia industrial; Neoplasias intestinais - prevenção e controle; Dianthus

O câncer é uma doença que se caracteriza pela multiplicação desordenada de células, capazes de formar novos vasos sanguíneos e invadir diferentes órgãos e tecidos. O câncer de cólon e reto é uma neoplasia agressiva e com elevado potencial para fazer metástase. Sendo assim, é importante buscar formas alternativas para a prevenção e para o tratamento dessa doença. Na medicina popular, muitos chás e extratos de plantas já são usados de forma empírica, numa tentativa de prevenir a doença. Sabe-se que o óleo essencial da planta Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum é rico em eugenol e limoneno, e que esses dois componentes apresentam potencial antiproliferativo. Este trabalho teve por finalidade (I) revisar potenciais quimiopreventivos para o câncer de cólon e reto, em especial os fitoterápicos e suas propriedades antitumorais (II) revisar os principais modelos animais de carcinogênese colorretal, destacando suas vantagens e desvantagens (III) avaliar o potencial quimiopreventivo do óleo essencial extraído da folha de craveiro, Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum, em modelo animal de câncer colorretal. O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética do uso de Animais da Universidade Positivo (312/2015). Foram utilizados 60 ratos machos da linhagem Wistar, divididos em cinco grupos iguais. Dois grupos receberam um pré tratamento com o óleo essencial da planta, nas concentrações de 5 e 10%, antes da administração subcutânea do indutor tumoral, 1,2 dimetilhidrazina (DMH), outro grupo recebeu somente a indução tumoral, sem o pré tratamento, o quarto grupo não recebeu nem o indutor nem o pré tratamento com óleo essencial, mas recebeu álcool etílico via oral (utilizado para a diluição do óleo); e por fim o quinto grupo, foi definido como sendo o grupo controle, e por isso recebeu somente solução fisiológica 0,9% via oral. Após 8 meses de acompanhamento, os animais foram eutanasiados em câmara de CO2. Foi então calculado o índice de atividade da doença, que variou de 0, nos animais dos grupos controle à 3,33, nos animais que receberam o indutor. Todos os animais que receberam a injeção de DMH apresentaram adenocarcinomas intestinais, em diferentes graus de diferenciação; bem diferenciado, moderadamente diferenciado, indiferenciado e com diferenciação gástrica e células em anel de sinete. O sangue coletado via punção cardíaca foi utilizado para a realização de testes imunoenzimáticos (IL-6), de hemograma e enzimas hepáticas. Observou-se diferença significativa entre os animais do grupo controle e os animais que receberam o indutor, para todas as enzimas hepáticas (p<0,01) e para alguns parâmetros hematológicos como hemoglobina (p<0,01). Além disso, as concentrações de IL-6 mostraram-se significativamente mais elevadas nos animais tratados com o óleo essencial na concentração 10% (p<0,01). O óleo essencial de P. pseudocaryophyllus não foi capaz de impedir o desenvolvimento tumoral induzido por DMH, e pode ter potencializado o efeito carcinogênico promovido pelo indutor.