Epidemiologia da bronquiolite viral aguda em crianças internadas em um hospital em Curitiba
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3685 |
Resumo: | Esse estudo avaliou a epidemiologia da bronquiolite viral aguda (BVA) em crianças internadas em um hospital de Curitiba-PR, investigando os fatores determinantes para o agravamento da doença, bem como quais os agentes etiológicos identificados. Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo realizado a partir da análise de prontuários de crianças de até dois anos de idade, internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal ou no setor de pediatria do Hospital do Trabalhador em Curitiba-PR, com o diagnóstico de BVA no período de janeiro de 2012 até dezembro 2020. Foram estudados 97 pacientes divididos em dois grupos de idade: menor de 30 dias (n = 50) e maior ou igual a 30 dias (n = 47). Todos os pacientes tiveram seus prontuários revisados, buscando-se informações sobre quadro clínico, alterações radiográficas, tratamento e resultado do exame de polymerase chain reaction (PCR) viral. Evidenciou-se que, independentemente da faixa etária, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus foram os patógenos mais frequentes, não havendo diferença nas suas prevalências entre os grupos. O VSR foi o patógeno mais prevalente, sendo detectado em 70,3% nos menores de 30 dias e em 66,6% nos pacientes com 30 dias de vida ou mais (P = 0,8). Já o rinovírus foi detectado em 24,3% das crianças com menos de 30 dias e em 18,2% daqueles com idade superior (P = 0,64). Observou-se uma mediana de idade de 29 dias, não havendo diferença quando comparando os sexos dos pacientes (P = 0,15) bem como na idade entre os dois grupos (P = 0,87). Em relação aos parâmetros clínicos, observou-se mais comumente esforço respiratório, taquipneia e saturação de oxigênio menor que 95%, apresentando frequência percentual de 70%, 44% e 42%, respectivamente. Nas radiografias de tórax, o achado mais frequente foi o infiltrado intersticial (27%), indicando que não se pode utilizar a ausência dessa alteração como um critério de exclusão para a doença. Constantemente, também foram reportados atelectasias e condensações. No que diz respeito ao manejo da doença, foram encontradas 13 alternativas terapêuticas listadas nos prontuários, sendo comum o uso de fisioterapia respiratória, antibiótico e inalação com beta-2-agonista. Notou-se que não houve uma padronização bem estabelecida para o tratamento da doença, indicando que ainda faltam protocolos para o seu manejo. Já em relação à evolução da doença, observou-se um intervalo interquartil (IIQ) de 6 a 9 dias de internamento, sendo a alta o desfecho mais comum e havendo apenas um óbito. Percebeu-se também que o tempo de internamento entre os pacientes com BVA e pneumonia foi maior do que aqueles apenas com BVA. Concluiu-se que a BVA, dentro da faixa etária de 2 anos, apresenta uma maior predileção por bebês mais novos e que o VSR se comporta como o agente etiológico principal, independente da idade. No entanto, esse dado epidemiológico não exclui a importância da coleta do PCR, uma vez que o rinovírus e a co-infecção também estão presentes. Clinicamente, esforço respiratório, taquipneia e dessaturação associados ao infiltrado intersticial levam a suspeita de bronquiolite. Por fim, destacou-se a necessidade da padronização terapêutica e a importância da criação de um protocolo para tratamento da doença. |
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2022-05-04T19:28:05Z20222022-05-04T19:28:05Z2021https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3685Esse estudo avaliou a epidemiologia da bronquiolite viral aguda (BVA) em crianças internadas em um hospital de Curitiba-PR, investigando os fatores determinantes para o agravamento da doença, bem como quais os agentes etiológicos identificados. Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo realizado a partir da análise de prontuários de crianças de até dois anos de idade, internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal ou no setor de pediatria do Hospital do Trabalhador em Curitiba-PR, com o diagnóstico de BVA no período de janeiro de 2012 até dezembro 2020. Foram estudados 97 pacientes divididos em dois grupos de idade: menor de 30 dias (n = 50) e maior ou igual a 30 dias (n = 47). Todos os pacientes tiveram seus prontuários revisados, buscando-se informações sobre quadro clínico, alterações radiográficas, tratamento e resultado do exame de polymerase chain reaction (PCR) viral. Evidenciou-se que, independentemente da faixa etária, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus foram os patógenos mais frequentes, não havendo diferença nas suas prevalências entre os grupos. O VSR foi o patógeno mais prevalente, sendo detectado em 70,3% nos menores de 30 dias e em 66,6% nos pacientes com 30 dias de vida ou mais (P = 0,8). Já o rinovírus foi detectado em 24,3% das crianças com menos de 30 dias e em 18,2% daqueles com idade superior (P = 0,64). Observou-se uma mediana de idade de 29 dias, não havendo diferença quando comparando os sexos dos pacientes (P = 0,15) bem como na idade entre os dois grupos (P = 0,87). 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This is a retrospective descriptive study carried out from the analysis of medical records of children up to two years old hospitalized in the neonatal intensive care unit (ICU) or in the pediatric sector of the Hospital do Trabalhador in Curitiba-PR, with the diagnosis of bronchiolitis in the period of January of 2012 until December of 2020. A total of 97 patients were studied, divided into two groups based on their age: younger than 30 days (n = 50) and older than or equal to 30 days (n = 47). All patients had their medical records reviewed, seeking information about the clinical picture, radiographic changes, treatment and viral polymerase chain reaction (PCR) test results. It was evident that, regardless of age, respiratory syncytial virus (RSV) and rhinovirus were the most frequent pathogens, with no difference in their prevalence between groups. RSV was the most prevalent pathogen, being detected in 70.3% in patients younger than 30 days and in 66.6% in patients aged 30 days or more (P = 0,8). Rhinovirus was detected in 24.3% in children under 30 days and in 18.2% in older children (P = 0.64). A median age of 29 days was observed, in addition to a similarity in the number of boys and girls (P = 0,15) and in the age between the two sexes (P = 0,87). Regarding clinical parameters, respiratory effort, tachypnea and oxygen saturation below 95% were most commonly observed, with percentage frequency of 70%, 44% and 42%, respectively. On chest Xrays, the most frequent finding was interstitial infiltrate (27%), indicating that the absence of this alteration cannot be used as an exclusion criteria for the disease. Atelectasis and condensation were also frequently reported. With regard to the management of the disease, 13 therapeutic alternatives listed in the medical records were found, with the use of respiratory physiotherapy, antibiotics and inhalation with beta-2-agonist being common. It was noted that there was no well-established standardization for the treatment of the disease, indicating that protocols for the treatment of bronchiolitis are still lacking. Regarding the evolution of the disease, an interquartile range (IQR) of 6 to 9 days of hospitalization was observed, with discharge being the most common outcome and with only one death. It was also noticed that the length of stay among patients with bronchiolitis and pneumonia was longer than those with bronchiolitis alone. It was concluded that the disease, within the age group of 2 years, has a greater predilection for younger babies and that RSV behaves as the main etiological agent, regardless of age. However, this epidemiological data does not exclude the importance of PCR collection, since rhinovirus and co-infection are also present. Clinically, respiratory effort, tachypnea and desaturation associated with the interstitial infiltrate raise the suspicion of bronchiolitis. Finally, the need for therapeutic standardization and the need to create a protocol for the treatment of the disease were emphasized.porUniversidade PositivoUPBrasilMedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINABronquioliteVírusInfecções respiratóriasPediatriaEpidemiologiaEpidemiologia da bronquiolite viral aguda em crianças internadas em um hospital em Curitibainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisNisihara, Renatohttp://lattes.cnpq.br/9349031397383383Cezar, Eliza de AlmeidaLunardelli, GabrielaBertoli, Luís Eduardo MartinsLinhares, Nayara Gabriela deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINAL09_TCCmed_UP_bronquiolite.pdf09_TCCmed_UP_bronquiolite.pdfTCCapplication/pdf1020305http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3685/1/09_TCCmed_UP_bronquiolite.pdf8dc6755b46ca13f0107c7d3a4fad79e3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3685/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/36852022-05-04 16:29:51.25oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/3685Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2022-05-04T19:29:51Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
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