Dor lombar crônica: análise dos afastamentos do trabalho e eficácia de tratamento com terapia de fotobiomodulação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2220 |
Resumo: | A dor lombar é considerada um importante problema de saúde pública por sua alta prevalência, além de ser a principal causa de incapacidade no mundo todo. Os custos relacionados com a dor lombar são altos, pois estão associados a utilização frequente dos serviços de saúde e um alto índice de afastamento do trabalho em adultos jovens. Os custos são divididos em custos com cuidados de saúde e em custos com perda de produtividade. Os custos com a perda de produtividade são geralmente relacionados com o absenteísmo e correspondem a maior parcela dos custos, respondendo por cerca de 90% dos custos totais. A dor na coluna está entre as principais condições que mais geraram afastamento do trabalho no Brasil. Em 2017, houve 95,6 mil afastamentos temporários por incapacidade devido dor na coluna e foi a primeira causa de aposentadoria precoce no Brasil. Apesar da Previdencia Social disponibilizar os dados de forma pública, as estatísticas específicas sobre os afastamentos por dor na coluna não estão consolidadas em publicações. Desta forma, no capítulo 2 abordaremos os dados de afastamentos do trabalho pela Previdência Social devido dor na coluna, com o objetivo de descrever o número de benefícios concedidos por dor na coluna entre 2008 e 2017, além de relacionar os dados demográficos e clínicos. Para isso, realizamos uma análise de dados secundários da Previdência Social, no qual foram selecionados os dados de benefícios concedidos por diagnóstico de dor na coluna segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) do grupo de dorsopatias (M40 a M54). Os dados foram obtidos através do Anuário Estatístico da Previdência Social e do Sistema Único de Benefícios. Os benefícios foram estratificados quanto ao tipo de benefício (temporário e permanentes), local de acometimento (cervical, torácica e lombar) e etiologia (inespecífica e específica) nas análises descritivas. Como resultados, encontramos que a dor na coluna foi responsável por 2.150.488 benefícios por incapacidade, correspondendo a 4,5% de todos os benefícios concedidos entre 2008 a 2017. A maioria dos beneficiários era do sexo masculino e estava na faixa etária entre os 30 a 59 anos. Identificamos maior prevalência nos benefícios classificados com CID da região lombar (43,9%) e de região não especificada (46,4%), além disso, foram classificados com etiologia inespecífica da coluna (58,1%). A maioria dos benefícios foram temporários (93,6%) e tiveram duração de até 3 meses de afastamento (59,5%). Desta forma, podemos concluir que os afastamentos do trabalho devido a dor na coluna no Brasil foram altos no período de 2008 a 2017. Grande parte dos benefícios foram temporários e de curta duração. Houve grande prevalência de afastamentos em beneficiários com dor lombar. Este estudo fornece dados importantes sobre os afastamentos do trabalho em países em desenvolvimento e demonstra a necessidade de formulação de políticas públicas de prevenção e promoção de saúde, visando a redução dos afastamentos por dor na coluna. Devido a alta prevalência de dor lombar, cada vez mais é importante buscar medidas de prevenção e tratamento para dor lombar crônica. As diretrizes de prática clínica recomendam intervenções não farmacológicas e endossam o uso de exercícios para melhora da dor e função. De forma semelhante, a maioria das diretrizes não recomendam o uso de terapias passivas, como os agentes eletrofísicos, por serem ineficazes para dor lombar. No entanto, algumas diretrizes consideram essas terapias como uma opção adicional a tratamentos ativos. Assim, a terapia de fotobiomodulação é recomendada para o tratamento da dor lombar crônica pela diretriz do American College of Physicians (ACP), enquanto a diretriz do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) não recomenda o uso da terapia de fotobiomodulação, porém ressalta que não descarta as evidências acerca dos benefícios clínicos. Desta forma, observa-se que as evidências atuais dos efeitos da terapia de fotobiomodulação na dor lombar ainda são conflitantes. Desta forma, no capítulo 3 e 4 abordamos os efeitos da terapia de fotobiomodulação contra o placebo na intensidade da dor, incapacidade geral e específica, e a percepção do efeito global em pacientes com dor lombar crônica inespecífica a curto, médio e longo prazo. Para isso, realizamos um estudo aleatorizado controlado por placebo, com cegamentos de pacientes, terapeutas e avaliadores. O estudo foi realizado no Centro de Excelência em Pesquisa Clínica em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, entre abril de 2017 e maio de 2019. Um total de 148 pacientes com dor lombar crônica foram aleatorizados nos grupos terapia de fotobiomodulação ativa (n = 74) ou placebo (n = 74). Os pacientes receberam 12 sessões de tratamento, 3 vezes por semana, durante 4 semanas. Todos os pacientes receberam um material educacional baseado no 'The Back Book'. As avaliações de acompanhamento foram realizadas no início e final do tratamento (4 semanas), 3, 6 e 12 meses após a randomização. Os desfechos primários foram intensidade da dor e incapacidade mensurada ao final do tratamento (4 semanas). O efeito do tratamento foi estimado com modelos lineares mistos, seguindo os princípios da intenção de tratar a análise. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para intensidade da dor (DM = 0,01 ponto; IC95% = - 0,94 a 0,96) e incapacidade geral (DM = -0,63 pontos; IC95% = -2,23 a 0,97) em 4 semanas. Concluímos que a terapia de fotobiomodulação não foi melhor que o placebo em pacientes com dor lombar crônica inespecífica. |
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2021-05-21T18:28:32Z2021-05-21T18:28:32Z2020-10-23PIMENTA, Layana de Souza Guimarães. Dor lombar crônica: análise dos afastamentos do trabalho e eficácia de tratamento com terapia de fotobiomodulação. Orientadora Dra.: Lucíola da Cunha Menezes Costa. 2020. 182f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Universidade Cidade de São Paulo. 2020.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2220A dor lombar é considerada um importante problema de saúde pública por sua alta prevalência, além de ser a principal causa de incapacidade no mundo todo. Os custos relacionados com a dor lombar são altos, pois estão associados a utilização frequente dos serviços de saúde e um alto índice de afastamento do trabalho em adultos jovens. Os custos são divididos em custos com cuidados de saúde e em custos com perda de produtividade. Os custos com a perda de produtividade são geralmente relacionados com o absenteísmo e correspondem a maior parcela dos custos, respondendo por cerca de 90% dos custos totais. A dor na coluna está entre as principais condições que mais geraram afastamento do trabalho no Brasil. Em 2017, houve 95,6 mil afastamentos temporários por incapacidade devido dor na coluna e foi a primeira causa de aposentadoria precoce no Brasil. Apesar da Previdencia Social disponibilizar os dados de forma pública, as estatísticas específicas sobre os afastamentos por dor na coluna não estão consolidadas em publicações. Desta forma, no capítulo 2 abordaremos os dados de afastamentos do trabalho pela Previdência Social devido dor na coluna, com o objetivo de descrever o número de benefícios concedidos por dor na coluna entre 2008 e 2017, além de relacionar os dados demográficos e clínicos. Para isso, realizamos uma análise de dados secundários da Previdência Social, no qual foram selecionados os dados de benefícios concedidos por diagnóstico de dor na coluna segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) do grupo de dorsopatias (M40 a M54). Os dados foram obtidos através do Anuário Estatístico da Previdência Social e do Sistema Único de Benefícios. Os benefícios foram estratificados quanto ao tipo de benefício (temporário e permanentes), local de acometimento (cervical, torácica e lombar) e etiologia (inespecífica e específica) nas análises descritivas. Como resultados, encontramos que a dor na coluna foi responsável por 2.150.488 benefícios por incapacidade, correspondendo a 4,5% de todos os benefícios concedidos entre 2008 a 2017. A maioria dos beneficiários era do sexo masculino e estava na faixa etária entre os 30 a 59 anos. Identificamos maior prevalência nos benefícios classificados com CID da região lombar (43,9%) e de região não especificada (46,4%), além disso, foram classificados com etiologia inespecífica da coluna (58,1%). A maioria dos benefícios foram temporários (93,6%) e tiveram duração de até 3 meses de afastamento (59,5%). Desta forma, podemos concluir que os afastamentos do trabalho devido a dor na coluna no Brasil foram altos no período de 2008 a 2017. Grande parte dos benefícios foram temporários e de curta duração. Houve grande prevalência de afastamentos em beneficiários com dor lombar. Este estudo fornece dados importantes sobre os afastamentos do trabalho em países em desenvolvimento e demonstra a necessidade de formulação de políticas públicas de prevenção e promoção de saúde, visando a redução dos afastamentos por dor na coluna. Devido a alta prevalência de dor lombar, cada vez mais é importante buscar medidas de prevenção e tratamento para dor lombar crônica. As diretrizes de prática clínica recomendam intervenções não farmacológicas e endossam o uso de exercícios para melhora da dor e função. De forma semelhante, a maioria das diretrizes não recomendam o uso de terapias passivas, como os agentes eletrofísicos, por serem ineficazes para dor lombar. No entanto, algumas diretrizes consideram essas terapias como uma opção adicional a tratamentos ativos. Assim, a terapia de fotobiomodulação é recomendada para o tratamento da dor lombar crônica pela diretriz do American College of Physicians (ACP), enquanto a diretriz do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) não recomenda o uso da terapia de fotobiomodulação, porém ressalta que não descarta as evidências acerca dos benefícios clínicos. Desta forma, observa-se que as evidências atuais dos efeitos da terapia de fotobiomodulação na dor lombar ainda são conflitantes. Desta forma, no capítulo 3 e 4 abordamos os efeitos da terapia de fotobiomodulação contra o placebo na intensidade da dor, incapacidade geral e específica, e a percepção do efeito global em pacientes com dor lombar crônica inespecífica a curto, médio e longo prazo. Para isso, realizamos um estudo aleatorizado controlado por placebo, com cegamentos de pacientes, terapeutas e avaliadores. O estudo foi realizado no Centro de Excelência em Pesquisa Clínica em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, entre abril de 2017 e maio de 2019. Um total de 148 pacientes com dor lombar crônica foram aleatorizados nos grupos terapia de fotobiomodulação ativa (n = 74) ou placebo (n = 74). Os pacientes receberam 12 sessões de tratamento, 3 vezes por semana, durante 4 semanas. Todos os pacientes receberam um material educacional baseado no 'The Back Book'. As avaliações de acompanhamento foram realizadas no início e final do tratamento (4 semanas), 3, 6 e 12 meses após a randomização. Os desfechos primários foram intensidade da dor e incapacidade mensurada ao final do tratamento (4 semanas). O efeito do tratamento foi estimado com modelos lineares mistos, seguindo os princípios da intenção de tratar a análise. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para intensidade da dor (DM = 0,01 ponto; IC95% = - 0,94 a 0,96) e incapacidade geral (DM = -0,63 pontos; IC95% = -2,23 a 0,97) em 4 semanas. Concluímos que a terapia de fotobiomodulação não foi melhor que o placebo em pacientes com dor lombar crônica inespecífica.Low back pain is the main cause of disability worldwide and it is an important public health problem due to its high prevalence. The cost related to low back pain is high, as it is associated with the frequent use of health services and a high rate of absence from work in young adults. Costs are divided into costs of healthcare and production loss. Costs for production loss are generally related to absenteeism and account for the largest share of costs, accounting for about 90% of total costs. Spine pain is one of the most prevalent health conditions that generated longer time off work over the last decade. In 2017, there were 95,600 temporary absences due to disability to spinal pain and leading cause of early retirement in Brazil. Even though Brazil’s Social Security makes the data publicly available, the specific statistics on spinal sick leave are not consolidated in publications. Therefore, the chapter 2 will address data on leave from work by Social Security due to spinal pain, in order to describe the number of benefits granted for spinal pain between 2008 and 2017. In addition, this chapter will describe the demographic and clinical data from the studied population. For this, we performed an analysis of data from Brazil Social Security, in which the data of benefits granted for diagnosis of spine pain were selected according to the International Classification of Diseases (ICD-10) of the group of spinal pain (M40 to M54). The data were obtained through the Social Security Statistical Yearbook and the Unique Benefits System. The benefits were stratified in the descriptive analyzes according to the type of benefits (temporary and permanent), spinal pain site (cervical, thoracic and lumbar) and etiology (specific and non-specific). As a result, we found that spinal pain was responsible for 2,150,488 social security benefits, corresponding to 4.5% of all benefits granted between 2008 and 2017. Most of the benefits were granted to patients aged between 30 and 59 years (83.5%) and 88.3% were commercial workers. A higher prevalence in the granting of social security benefits for low back pain (43.9%) and pain in an unspecified region (46.4%) were identified. In addition, we found that most of the benefits granted were classified with non-specific diagnoses of the spine (58.1%) according to the ICD-10. Most of the benefits granted were temporary (93.6%) and lasted up to 3 months (59.5%). Thus, we can conclude that spinal pain is a frequent cause of temporary and permanent leave from work in Brazil. Most of the beneficiaries were both in the productive age range and they were commercial workers. There was a high prevalence of sick leave among beneficiaries with low back pain. Most of the benefits were temporary and have short duration. This study provides important data on sick leave from work in developing countries and demonstrates the need to make public policies to prevent and promote health, aiming to reduce sick leave from work and costs due spine pain. The high prevalence of low back pain, it is increasingly important to seek prevention and treatment measures for chronic low back pain. Clinical practice guidelines recommend non-pharmacological interventions and endorse the use of exercises to improve pain and function. Similarly, most guidelines do not recommend the use of passive therapies, such as electrophysical agents, as they are ineffective for low back pain. However, some guidelines consider these therapies as an additional option to active treatments. Among passive therapies, photobiomodulation therapy is recommended for the treatment of chronic low back pain by the American College of Physicians (ACP) guideline. In contrast, although the National Institute for Health and Care Excellence (NICE) guideline do not recommend the use of photobiomodulation therapy due to conflicting evidence, these guidelines state that evidence of the clinical benefits of PBMT cannot be ruled out. Thus, it is observed that the current evidence of the effects of photobiomodulation therapy on low back pain is still conflicting. Therefore, in chapters 3 and 4 we discuss the effects of photobiomodulation therapy against placebo on pain intensity, general and specific disability, and the global perceived effect in patients with chronic nonspecific low back pain in the short, medium and long term. For this, we conducted a randomized, placebo-controlled study, blinding patients, therapists and evaluators. The study was carried out at the Center of Excellence in Clinical Research in Physiotherapy at Universidade Cidade de São Paulo, between April 2017 and May 2019. A total of 148 patients with chronic low back pain were randomized to either active photobiomodulation therapy (n=74) or placebo (n=74). Patients from both groups received 12 treatment sessions, 3 times a week, for 4 weeks. Patients from both groups also received an educational booklet based on ‘The Back Book’. Clinical outcomes were measured at baseline and at follow-up appointments at 4 weeks, 3, 6 and 12 months after randomization. The primary outcomes were pain intensity and disability measured at 4 weeks. We estimated the treatment effects using linear mixed models following the principles of intention to treat. The results showed that there were no clinical important between-group differences in terms of pain intensity (Mean Difference=0.01 point; 95% CI=-0.94 to 0.96) and disability (Mean Difference=-0.63 points; 95% CI=-2.23 to 0.97) at 4 weeks. Photobiomodulation therapy was not better than placebo in patients with chronic nonspecific low back pain.porUniversidade Cidade de São PauloPrograma de Pós-Graduação Doutorado em FisioterapiaUNICIDBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALDor lombarDor crônicaTerapia com luz de baixa intensidadePlacebosAposentadoriaDor lombar crônica: análise dos afastamentos do trabalho e eficácia de tratamento com terapia de fotobiomodulaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCosta, Lucíola da Cunha Menezeshttps://orcid.org/0000-0003-1859-2799https://publons.com/researcher/2672089/luciola-menezes-costa/http://lattes.cnpq.br/0717085394895015Tomazzoni, ShaianeCosta, Leonardo Oliveira da Penahttps://orcid.org/0000-0003-3946-1894http://lattes.cnpq.br/8187788487216087Pimenta, Layana de Souza Guimarãesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2220/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALLAYANA DE SOUZA.pdfLAYANA DE SOUZA.pdfTeseapplication/pdf2534046http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2220/1/LAYANA%20DE%20SOUZA.pdf21746f7700e80e9d8911808a7064645cMD51123456789/22202021-05-21 15:32:14.686oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/2220Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2021-05-21T18:32:14Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
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Apesar da Previdencia Social disponibilizar os dados de forma pública, as estatísticas específicas sobre os afastamentos por dor na coluna não estão consolidadas em publicações. Desta forma, no capítulo 2 abordaremos os dados de afastamentos do trabalho pela Previdência Social devido dor na coluna, com o objetivo de descrever o número de benefícios concedidos por dor na coluna entre 2008 e 2017, além de relacionar os dados demográficos e clínicos. Para isso, realizamos uma análise de dados secundários da Previdência Social, no qual foram selecionados os dados de benefícios concedidos por diagnóstico de dor na coluna segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) do grupo de dorsopatias (M40 a M54). Os dados foram obtidos através do Anuário Estatístico da Previdência Social e do Sistema Único de Benefícios. Os benefícios foram estratificados quanto ao tipo de benefício (temporário e permanentes), local de acometimento (cervical, torácica e lombar) e etiologia (inespecífica e específica) nas análises descritivas. Como resultados, encontramos que a dor na coluna foi responsável por 2.150.488 benefícios por incapacidade, correspondendo a 4,5% de todos os benefícios concedidos entre 2008 a 2017. A maioria dos beneficiários era do sexo masculino e estava na faixa etária entre os 30 a 59 anos. Identificamos maior prevalência nos benefícios classificados com CID da região lombar (43,9%) e de região não especificada (46,4%), além disso, foram classificados com etiologia inespecífica da coluna (58,1%). A maioria dos benefícios foram temporários (93,6%) e tiveram duração de até 3 meses de afastamento (59,5%). Desta forma, podemos concluir que os afastamentos do trabalho devido a dor na coluna no Brasil foram altos no período de 2008 a 2017. Grande parte dos benefícios foram temporários e de curta duração. Houve grande prevalência de afastamentos em beneficiários com dor lombar. Este estudo fornece dados importantes sobre os afastamentos do trabalho em países em desenvolvimento e demonstra a necessidade de formulação de políticas públicas de prevenção e promoção de saúde, visando a redução dos afastamentos por dor na coluna. Devido a alta prevalência de dor lombar, cada vez mais é importante buscar medidas de prevenção e tratamento para dor lombar crônica. As diretrizes de prática clínica recomendam intervenções não farmacológicas e endossam o uso de exercícios para melhora da dor e função. De forma semelhante, a maioria das diretrizes não recomendam o uso de terapias passivas, como os agentes eletrofísicos, por serem ineficazes para dor lombar. No entanto, algumas diretrizes consideram essas terapias como uma opção adicional a tratamentos ativos. Assim, a terapia de fotobiomodulação é recomendada para o tratamento da dor lombar crônica pela diretriz do American College of Physicians (ACP), enquanto a diretriz do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) não recomenda o uso da terapia de fotobiomodulação, porém ressalta que não descarta as evidências acerca dos benefícios clínicos. Desta forma, observa-se que as evidências atuais dos efeitos da terapia de fotobiomodulação na dor lombar ainda são conflitantes. Desta forma, no capítulo 3 e 4 abordamos os efeitos da terapia de fotobiomodulação contra o placebo na intensidade da dor, incapacidade geral e específica, e a percepção do efeito global em pacientes com dor lombar crônica inespecífica a curto, médio e longo prazo. Para isso, realizamos um estudo aleatorizado controlado por placebo, com cegamentos de pacientes, terapeutas e avaliadores. O estudo foi realizado no Centro de Excelência em Pesquisa Clínica em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, entre abril de 2017 e maio de 2019. Um total de 148 pacientes com dor lombar crônica foram aleatorizados nos grupos terapia de fotobiomodulação ativa (n = 74) ou placebo (n = 74). Os pacientes receberam 12 sessões de tratamento, 3 vezes por semana, durante 4 semanas. Todos os pacientes receberam um material educacional baseado no 'The Back Book'. As avaliações de acompanhamento foram realizadas no início e final do tratamento (4 semanas), 3, 6 e 12 meses após a randomização. Os desfechos primários foram intensidade da dor e incapacidade mensurada ao final do tratamento (4 semanas). O efeito do tratamento foi estimado com modelos lineares mistos, seguindo os princípios da intenção de tratar a análise. Os resultados mostraram que não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para intensidade da dor (DM = 0,01 ponto; IC95% = - 0,94 a 0,96) e incapacidade geral (DM = -0,63 pontos; IC95% = -2,23 a 0,97) em 4 semanas. Concluímos que a terapia de fotobiomodulação não foi melhor que o placebo em pacientes com dor lombar crônica inespecífica. |
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PIMENTA, Layana de Souza Guimarães. Dor lombar crônica: análise dos afastamentos do trabalho e eficácia de tratamento com terapia de fotobiomodulação. Orientadora Dra.: Lucíola da Cunha Menezes Costa. 2020. 182f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Universidade Cidade de São Paulo. 2020. |
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